Resumo: A populaçãoLGBT -lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros -é vulnerável quanto ao atendimento de seus direitos humanos, incluindo o acesso aos serviços públicos de saúde. A partir da eminente necessidade de formação dos agentes da saúde no tema LGBT, assim como da elaboração de ações voltadas para as demandas específicas dessa população, é nossa intenção contribuir para a reflexão sobre alguns dos fatores que podem interferir de maneira substancial no processo de saúde da população LGBT. Aprofundamo-nos sobre algumas das questões próprias a cada segmento, sublinhando a importância da atenção dos profissionais da saúde frente às reações em cadeia que implicam o processo de vulnerabilidade e que conduzem ao adoecimento dessa população. Palavras-chave: Identidade sexual. Homossexualidade. Lesbianismo. Vulnerabilidade. Abstract: TheLGBT community -lesbians, gays, bisexuals and transgenders -is vulnerable to achieve the fulfillment of their human rights including the access to public health. Assuming the imminent need for the formation of health workers in LGBT theme, as well as for the development of actions to respond to the specific demands of this population, it is our intention to contribute to the reflection on some of the factors that may interfere substantially in the LGBT process of health. We discuss some of the specific issues to each segment, highlighting the importance of attention of health professionals about the chain reactions that involve the process of vulnerability and that lead to illness in this population. Resumen: La poblaciónLGBT -lésbicas, gays, bisexuales y transexuales -es vulnerable en relación al atendimiento de sus derechos humanos, incluyendo el acceso a los servicios públicos de salud. A partir de la eminente necesidad de formación de los agentes de la salud en el tema LGBT, así como de la elaboración de acciones destinadas para las demandas específicas de esa población, es nuestra intención contribuir para la reflexión sobre algunos de los factores que pueden interferir de manera substancial en el proceso de salud de la población LGBT. Profundizamos sobre algunas de las cuestiones propias a cada segmento, subrayando la importancia de la atención de los profesionales de la salud frente a las reacciones en cadena que implican el proceso de vulnerabilidad y que conducen a que esa población enferme. Palabras clave: Identidad sexual. Homosexualidad. Lesbianismo. Vulnerabilidad.
Resumo: A diretriz do controle social tem marco legislativo, com a elaboração da Constituição de 1988. Embora previsto para proporcionar, à população-controle, fiscalização e planejamento conjunto das ações públicas, o controle social ainda apresenta fragilidades em sua aplicação pragmática. A área da saúde, no contexto brasileiro, ainda que pioneira na construção de corpo legislativo para subsidiar as práticas do controle social, não se distancia destas dificuldades. A partir da intenção do enfrentamento desta problemática, foi composto, em 2010, um curso presencial em Curitiba-PR, atualmente em sua décima turma, para proporcionar formação popular para o exercício do controle social das ações públicas em saúde, foco dado ao campo da saúde mental. O artigo que se apresenta procura realizar relato desta experiência por meio da apresentação da estrutura do curso, de seu conteúdo e das estratégias aplicadas durante seu processo maturacional. Pretende-se proporcionar campo crítico-reflexivo para a composição de ações Possibilities of actions to strengthen social control in mental health: strategies and possibilitiesAbstract: The Social Control guidelines for public policy obtained legislative framework with the drafting of the 1988 Brazilian Constitution. Although expected to provide control, supervision, and joint planning of public actions, Social Control still shows weaknesses in its pragmatic application. In the Brazilian context, the health sector presents similar difficulties in spite of its pioneering role in the construction of a legislative body to support the practice of social control. Aiming to confront this issue, a classroom course it was developed to provide popular education for the exercise of Social Control of public health actions, with focus on mental health. This course started in 2010 in the municipality of Curitiba, and it is currently in its tenth class. This article seeks to report this experience through the presentation of the course structure, content, and strategies applied during its maturation process. It is intended to provide a critical and reflective field for the composition of actions related to the Social Control theme that enable the strengthening of vulnerable populations and the collective construction of the "Sistema Único de Saúde" (Brazilian National Health System).
Tendo como pano de fundo o quadro da reforma psiquiátrica no Brasil, o presente artigo procura situar e diferenciar dois conceitos que considera mister para a transformação do modelo manicomial de assistência à saúde mental: desospitalização e desinstitucionalização. A partir do aprofundamento da discussão desses conceitos, ressalta a necessidade da desinstitucionalização da assistência à saúde mental, abrangendo tanto práticas terapêuticas quanto o desmonte dos hospitais psiquiátricos. Em proposta pragmática, procura reposicionar o papel e a atuação dos agentes da saúde vinculados ao hospital psiquiátrico, discutindo a possibilidade de desinstitucionalização de suas práticas terapêuticas pela proposição de um trabalho territorial. A estruturação e a aplicação prática desse trabalho visariam à montagem e ao fortalecimento de uma rede concisa de serviços e encaminhamentos que poderiam subsidiar a necessária transformação do paradigma da saúde mental e auxiliar a implantação dos serviços substitutivos, resgatando o débito da exclusão social contraída pela saúde mental junto à loucura e investindo na inclusão social e na cidadania da população atendida em situação asilar. O hospital psiquiátrico, ainda necessário para a garantia da assistência à saúde mental dado o atual quadro brasileiro de composição e estruturação dos serviços substitutivos, apresenta-se aqui como catalisador de sua própria reforma.
Resumo: O reposicionamento da atenção em Saúde Mental no Brasil propõe suporte ao usuário em diversos equipamentos territoriais. A inclusão no trabalho vem sendo discutida na política pública de saúde mental, sendo notável a proliferação de grupos de geração de trabalho e renda (GGTR) e cooperativas. Buscou-se aqui explorar potencialidades e dificuldades de um GGTR que produz bolsas a partir de banners, fundamentado nos pressupostos da Economia Solidária (ES), fruto de parceria entre o Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Paraná e a Associação Arnaldo Gilberti. Como método, realizaram-se reflexões advindas do relato crítico da experiência própria de participação por três anos junto a um GGTR, apoiadas em argumentações que tomam como base a realização de pesquisa de campo exploratória, qualitativa. A coleta de dados utilizou entrevistas não estruturadas focalizadas, com participação de oito sujeitos frequentadores do GGTR há pelo menos seis meses. A análise de dados constituiu-se de exame, categorização, tabulação e recombinação das evidências, utilizando-se análise hermenêutica dialética. A partir daí compuseram-se quatro categorias: Economia Solidária, inclusão social e autogestão: Aberturas na percepção dos usuários; Pragmática do GGTR em Saúde Mental: Estratégias para o fortalecimento da iniciativa; Geração de trabalho e renda: Entre encaminhamentos e a estruturação concisa de Projetos Terapêuticos Singulares; Economia Solidária e o GGTR: Entre fortalecimento e ideologia. Os resultados desta investigação apontam a necessidade de ações de diversas ordens para fazer de conceitos como inclusão social e solidariedade pragmáticas cotidianas.
A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (EPS) regulamentou a formação de recursos humanos para o SUS, apresentando entre suas diretrizes a adoção de metodologias ativas (MAs) para promover aprendizagens significativas e críticas. O presente estudo, pautado na revisão sistemática integrativa, teve como objetivo aprofundar e sistematizar conhecimentos sobre a utilização de estratégias de MAs em processos de EPS. A busca de literatura envolveu as bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde e obteve 18 trabalhos. Para a análise dos dados, foi utilizada a Matriz de Síntese, possibilitando a categorização em núcleos temáticos. Observa-se que todos os trabalhos apresentaram princípios acerca das MAs, afirmando sua potência como método alternativo ao modelo tradicional de ensino. Dentre as estratégias para a implementação das MAs em processos de EPS, foram destacados os trabalhos em grupos, equipes e ações em redes; a experimentação e problematização da realidade; os seminários, diálogos, dinâmicas e oficinas. No tocante às avaliações, ressalta-se a necessidade de práticas inclusivas e processuais. A bibliografia ainda destaca a importância da constituição de currículos integrados, que promovam coesão entre conhecimentos e alinhamento da teoria à prática, articulando ações entre formação na graduação e práticas de EPS. Para além, os trabalhos ressaltam a importância do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação enquanto estratégia para proporcionar novas formas de aplicação da educação a distância e das MAs. Por fim, sugere-se estudos que delimitem com maior profundidade o conceito acerca das MAs, elucidando estratégias inovadoras que sejam aplicáveis, replicáveis e transformadoras da realidade.
Resumo: Introdução: Os últimos 20 anos têm sido profícuos na regulamentação legislativa do processo da Reforma Psiquiátrica, proporcionando a edificação de equipamentos voltados a aliar acompanhamento clínico comunitário a propostas de inclusão social de sua população alvo. Para tanto, a prerrogativa do trabalho em rede torna-se imprescindível. Nesse panorama, o Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Paraná, em parceria com uma associação de Curitiba, vem desenvolvendo um Grupo de Convivência enquanto dispositivo de atendimento para pessoas com transtorno mental. Objetivos: É intenção do artigo analisar alguns dos desafios para a prática do trabalho em rede, tendo como fundo argumentativo a experiência de condução do grupo e relatos de seus participantes. Métodos: Para alcançar os objetivos propostos, apresenta-se aqui o resultado da congregação de duas aproximações metodológicas: relato de experiência de três anos de condução do grupo e pesquisa qualitativa de caráter exploratório. Utilizaram-se, como técnica de coleta de dados, entrevistas não estruturadas focalizadas com 11 usuários do grupo e a análise dos dados foi efetuada por meio da análise hermenêutico-dialética. Resultados e conclusão: Pôde-se observar a necessidade de trabalho conciso e contínuo junto aos usuários, tecido em parceria com serviços envolvidos em seu encaminhamento e acompanhamento. A garantia dos direitos sociais básicos mostra-se imprescindível para a efetividade da inclusão social desses indivíduos.
luis FeliPe FeRRo milTon CaRlos maRioTTi adRiano FuRTado holanda miRian aPaReCida nimTz resumo: O campo da Saúde Mental experiencia atualmente uma intensa revisão teórico-prática e, como desdobramentos, novos equipamentos e propostas terapêuticas vêm tomando corpo pragmático. O Acompanhamento Terapêutico (AT) insere-se neste contexto destinando ações das mais diversas ordens para proporcionar acompanhamento às diferentes demandas dos indivíduos com transtorno mental e ao resgate de sua subjetividade. Como fruto analítico da experiência de cinco anos de estruturação de uma proposta de AT junto ao estágio de saúde mental do curso de Terapia Ocupacional de uma Universidade pública Brasileira e das reflexões decorrentes de experiências na Psicologia, o trabalho que se apresenta intenciona subsidiar a estruturação do AT junto ao campo da saúde mental, especificidade dada aos serviços vinculados ao SUS. Formas estratégicas para a captação de recursos humanos, possibilidades organizativas para sua prática e elucidações quanto à potência do AT tornam-se, logo, vigas mestras da contribuição aqui pretendida.
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