A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (EPS) regulamentou a formação de recursos humanos para o SUS, apresentando entre suas diretrizes a adoção de metodologias ativas (MAs) para promover aprendizagens significativas e críticas. O presente estudo, pautado na revisão sistemática integrativa, teve como objetivo aprofundar e sistematizar conhecimentos sobre a utilização de estratégias de MAs em processos de EPS. A busca de literatura envolveu as bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde e obteve 18 trabalhos. Para a análise dos dados, foi utilizada a Matriz de Síntese, possibilitando a categorização em núcleos temáticos. Observa-se que todos os trabalhos apresentaram princípios acerca das MAs, afirmando sua potência como método alternativo ao modelo tradicional de ensino. Dentre as estratégias para a implementação das MAs em processos de EPS, foram destacados os trabalhos em grupos, equipes e ações em redes; a experimentação e problematização da realidade; os seminários, diálogos, dinâmicas e oficinas. No tocante às avaliações, ressalta-se a necessidade de práticas inclusivas e processuais. A bibliografia ainda destaca a importância da constituição de currículos integrados, que promovam coesão entre conhecimentos e alinhamento da teoria à prática, articulando ações entre formação na graduação e práticas de EPS. Para além, os trabalhos ressaltam a importância do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação enquanto estratégia para proporcionar novas formas de aplicação da educação a distância e das MAs. Por fim, sugere-se estudos que delimitem com maior profundidade o conceito acerca das MAs, elucidando estratégias inovadoras que sejam aplicáveis, replicáveis e transformadoras da realidade.
Introdução: a partir da edificação do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, pautado em uma concepção de saúde ampliada, emergiu a necessidade da formação de profissionais críticos na área, de maneira a intervirem em diferentes condicionantes do processo saúde-doença de indivíduos e coletividades. Dessa forma, no decorrer histórico de várias iniciativas voltadas ao fortalecimento de recursos humanos para o SUS, a criação do Programa de Educação pelo Trabalho em Saúde (PET-Saúde) se configura como um elo importante entre universidades, o SUS e a população. Objetivo: a presente pesquisa tem por objetivo descrever e discutir a estrutura organizacional, a dinâmica de funcionamento e as ações desenvolvidas pela edição do PET-Saúde Interprofissionalidade, executado entre 2019 e 2021, na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Método: trata-se de um estudo qualitativo, exploratório e descritivo, mediante a realização de 18 entrevistas semiestruturadas coletadas com participantes do projeto. Resultados: foram constituídas quatro categorias de sentido que versam sobre a trajetória do programa na UFPR, as estruturas e parcerias firmadas no PET-Saúde Interprofissionalidade, a dinâmica operacional do projeto e o desenvolvimento de ações em meio à pandemia. Ademais, evidenciou-se a potência do programa como estratégia para a formação de profissionais humanos, reflexivos, competentes ao trabalho interprofissional e colaborativo, além do fortalecimento da tríade ensino-serviço-comunidade para atender as necessidades do SUS e orientar a construção de políticas púbicas de desenvolvimento em recursos humanos para a saúde. Conclusão: os resultados apontam para a necessidade de aprofundar temas que fomentem modos inovadores de ensino-aprendizado na área, visando à superação do modelo hegemônico de se fazer, ensinar e aprender saúde e maior integração entre práticas e profissões no contexto do SUS. Palavras-chave: política pública de Saúde; educação em saúde; interprofissionalidade; sistema único de saúde; metodologias ativas. ABSTRACT Introduction: from the construction of the Unified Health System (SUS) in Brazil, based on an expanded and universal health concept, the need emerged for the training of critical and humanized professionals in the area, in order to promote the interventions in different conditioning factors of the health care process. health-disease of individuals and collectivities. Thus, in the course of the historical trajectory of various initiatives aimed at strengthening human resources within the scope of the SUS, the creation of the Education Program for Work in Health (PET-Health) is configured as an integration link between Universities and public services of health, aligning theory with reality, while introducing students to the world of work in different SUS scenarios. Objective: the present research has the objective of describing and discussing the organizational structure, the dynamics of operation and the actions developed by the edition of PET-Saúde Interprofessionalidade, carried out between 2019 and 2021 at the Federal University of Paraná (UFPR). Method: this is a qualitative, exploratory and descriptive study, through 18 semi-structured interviews collected with project participants. Results: the potential of the program as a strategy for training critical, humane, reflective professionals, competent in interprofessional and collaborative work was evident, in addition to strengthening the related three points between teaching, service and community to meet the needs of SUS in the context of the Brazilian population. Conclusion: the results point to the need to deepen the theme of policies that encourage innovative ways of teaching and learning in the area of health, linked to the improvement of education, health realities and services provided in the context of the SUS. Keywords: public health policies; education in eealth; interprofessionality; single health system; active methodologies
Introdução: Com o advento da epidemia global de Covid-19, ocorreu a necessidade de uma rápida reorganização dos fluxos, rotinas e estrutura dos serviços de saúde para conter a disseminação da doença, conferir proteção à população e zelo ao exercício profissional dos trabalhadores da saúde. Pelo menos metade desses profissionais pertence à enfermagem, profissão que possui um papel de suma relevância na agenda global para o acesso, cobertura universal e qualidade da assistência em saúde em face às mudanças epidemiológicas vivenciadas. Objetivo: Relatar a experiência de profissionais de enfermagem frente à reestruturação dos processos de trabalho, decorrentes da pandemia, em uma Unidade de Pronto Atendimento no município de Curitiba-PR. Método: Trata-se de um relato de experiência oriundo da vivência de uma equipe de enfermagem atuante no ambiente pré-hospitalar e do embasamento de documentos oficiais do Ministério da Saúde, coletados no período de fevereiro a abril de 2021, durante o período pandêmico. Resultados: Observou-se no equipamento de saúde em questão a reorganização do serviço por meio de fluxos operacionais, de recursos humanos e estruturais, conforme protocolos orientativos oficiais, e o aumento do potencial de atendimento, sem o colapso local e sem a falta de insumos básicos. No entanto, pode ser evidenciada na unidade uma estrutura física restrita, a oferta de EPIs de baixa qualidade aos profissionais e a subutilização da força de trabalho da enfermagem. Conclusão: A ausência de reconhecimento da enfermagem foi algo marcante para a classe durante a pandemia na instituição estudada, especialmente pela falta de incentivos financeiros e pela subutilização de suas tarefas. Recomenda-se que gestores municipais invistam em políticas de valorização da profissão mencionada.
O presente artigo procura analisar a institucionalidade do sistema avaliação e monitoramento de políticas públicas (AMPP) nos países do MERCOSUL (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai). Especificamente, interessa descrever a estrutura institucional vigente para detectar a possível convergência, heterogeneidade e limitações dos distintos arranjos institucionais de AMPP nos países analisados. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que utiliza o procedimento de análise de conteúdo para estimar um indicador de institucionalização. O estudo utiliza como fonte de dados as principais legislações nacionais, normativas, planos e diretrizes de política pública vigentes, assim como dados secundários e relatórios de organizações internacionais. Considera-se que, um sistema nacional de avaliação e monitoramento consolidado e unificado, pode impactar positivamente na performance das políticas públicas. Os principais resultados da análise mostram que existe heterogeneidade na institucionalidade de AMPP dos países, e quando comparados, o sistema nacional do Brasil apresenta o maior nível (alto), seguido da Argentina e Uruguai (médio) e por último Paraguai (baixo). Por fim, os países coincidem na ausência de uma política nacional de avaliação e monitoramento ampla e unificada, assim como na falta de uma agência nacional/federal que coordene o sistema nacional de AMPP.
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