“…O modelo da Reabilitação Psicossocial, conforme proposto por Saraceno (2001), ao afirmar como uma das pedras fundamentais da Saúde Mental a investidura na garantia do trabalho, possibilitaria a dissolução da dicotomia, apontada pelos autores estudados, entre "viés terapêutico" e as práticas tangentes à Economia Solidária em sua interface Saúde Mental Cardoso & Loureiro, 2015;Kinker, 2014;Lussi & Morato, 2012;Santiago & Yasui, 2015). Para o autor, ao assumir vertiginosamente, como trabalho da Saúde Mental, a necessidade da criação conjunta e parceira de possibilidades concretas de inclusão pelo trabalho, a clínica se tornaria indissociável do processo da construção de vivências produtivas, afirmando o papel e a importância do agente da saúde no apoio às situações de sofrimento reais, fenomenicamente ancoradas, procurando a todo instante ampliar a contratualidade social, a circulação comunitária e as possibilidades de vida dos usuários, agora trabalhadores (Saraceno, 2001).…”