Resumo Discute-se a paralisação das atividades de Ensino nas universidades federais brasileiras quando da eclosão da pandemia da Covid-19 e em que medida a falta de acesso à internet interditaria a retomada dessas atividades de forma remota. Abordam-se estratégias político-educacionais de enfrentamento à pandemia confluentes às recomendações da OMS. Analisam-se as respostas imediatas das universidades quando as atividades presenciais precisaram ser suspensas. Apresentam-se dados da Pnad-Contínua, do IBGE, que dimensionam o tamanho do problema de acesso à internet entre estudantes da Educação Superior. Dado que 98% estão conectados, urge viabilizar internet e letramento digital aos 2% sem acesso. Não transparecem, todavia, justificativas consistentes para prolongar a interrupção das atividades de Ensino-aprendizagem. O Ensino remoto emergencial surge como caminho imediato em meio à pandemia, mas são as metodologias de Ensino híbrido que tendem a se consolidar no mundo pós-pandemia – o que, cedo ou tarde, exigirá das universidades federais brasileiras novas atitudes e estratégias.
Resumo Este texto contempla uma discussão sobre o processo de distribuição das Bolsas de Produtividade em Pesquisa do CNPq e se sustenta em uma descrição sobre a evolução dos programas de pós-graduação no país, em particular, na área de educação. Com isso, problematiza a contribuição desses programas para a educação básica e identifica que uma das formas de estimular essa relação é o sistema de Bolsas de Produtividade. No entanto, a escassa transparência sobre o processo de distribuição dessas bolsas e sua excessiva concentração em determinadas regiões do país corroboram para a defesa de reforçar o papel dos grupos de pesquisa e a redefinição de novos critérios de seleção dessas bolsas, considerando as demandas do novo Plano Nacional de Educação.
Investiga como as universidades brasileiras, espanholas e italianas mais bem situadas no ranking da Times Higher Education 2020, têm conduzido suas atividades durante a pandemia da Covid-19. A partir de pesquisa junto aos endereços eletrônicos das respectivas instituições e apoiados na literatura que analisa as mudanças que vêm ocorrendo no ensino superior, em perspectiva comparada, traça-se um panorama de como as universidades reagiram às restrições impostas pela pandemia. Um traço geral é que as universidades estrangeiras rapidamente migraram suas atividades de ensino para o modo remoto e no Brasil somente as estaduais paulistas o fizeram, enquanto as universidades federais paralisaram suas atividades de ensino no início da pandemia da COVID-19.
Although the challenges of Technical and Vocational Education and Training (TVET) have become apparent in middle-income countries, the making of these systems has not been systematically theorised and compared. This article discusses such processes in Brazil -a recognised emerging economy, and Chile-one of the last economies to join the high income group. The former has built a standardised TVET system dominated by both the state and companies. In the latter, the standardisation of TVET is low and neither the state nor companies are very active. Drawing on international and the national literatures, the article points at two important factors that have significantly shaped TVET systems in these countries. Firstly, the international agenda has contributed to expanding these systems within the wider framework of lifelong learning policies. Secondly, endogenous sequences of political change and institutional consolidation have configured particular arrangements in each country. Currently, Brazil and Chile face major challenges in integrating sub-sectors of TVET and overcoming inequalities.
Este trabalho discute o impacto das mudanças introduzidas no marco legal da educação profissional, particularmente com o advento do Decreto nº 5.154/2004, em termos de oferta de vagas pelas redes federal, estadual e particular. O objetivo é seguir o comportamento dos dados do Censo Escolar e analisar se estaria havendo um aumento na oferta dessa modalidade de ensino ou se isso é mero efeito de acomodação das redes, em observância ao que preceitua o marco legal. Infere-se também que uma possível ampliação de ofertas pode estar ocorrendo por mero efeito estatístico por conta da melhor remuneração das matrículas do ensino médio integrado à educação profissional na conta do Fundeb – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. Por fim, se discutem os rumos do ensino médio, elo frágil entre o final do ensino fundamental e o ensino superior.
O Plano Nacional de Educação: PNE 2014-2024 prevê, como Meta 11, triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio e que, pelo menos, 50% da expansão da oferta seja no segmento público. No entanto, além de a proposta original do plano prever a duplicação das matrículas no período, o ano de 2013, estabelecido como Linha de Base do PNE, apresentou expressivo aumento de matrículas decorrentes do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – Pronatec, o que levou a um aumento de 76% entre a meta proposta e a aprovação, de fato, da meta. O presente trabalho analisa o contexto de definição da meta 11 pelo Congresso Nacional, e o posicionamento apresentado pelo MEC frente à alteração realizada pelo Parlamento.
Resumen El presente artículo se propone analizar la ampliación del tiempo escolar en la educación básica; y evidencia que el tema viene ocupando un gran espacio en la literatura internacional. En Brasil, el mismo pasa a ganar relevancia con la nueva reorganización de la enseñanza secundaria. Por tratarse de un estudio comparado, el artículo se centra en la experiencia de organización del tiempo escolar del Distrito Federal (Brasil) en comparación con Cataluña (España); y debido a diferentes términos y conceptos el estudio se centra en el análisis del tiempo diario de los estudiantes. Así presenta como resultado las diferencias en la organización de la jornada escolar diaria, en la autonomía y en la infraestructura de los centros educativos de los dos contextos. Una conclusión, entre otras, es que la referida ampliación exige la valoración de la opinión de diferentes interlocutores y del contexto donde se desarrollará la propuesta.
A educação profissional nos governos petistas assumiu importância singular, apresentada pelo presidente Lula a partir da sua própria experiência, uma vez que o único título que possuía na época era o de torneiro mecânico do SENAI. A expansão e interiorização da educação profissional, a partir do MEC, atravessou os 13 anos de governos petistas nos governos Lula e Dilma tendo sido, inclusive, objeto de debate nacional durante a campanha presidencial com o Pronatec. A ênfase na educação profissional fez com que, em menos de 10 anos, os governos petistas construíssem mais escolas federais de educação profissional do que em 120 anos de República. É uma coincidência histórica que o próprio criador das primeiras escolas federais em 1909, Nilo Peçanha, também foi um presidente com características próximas às origens de Lula. Neste texto, explicita-se a marca desenvolvimentista que traz em seu bojo a aposta na educação profissional, através da análise no âmbito do governo federal das disputas políticas e da definição e implementação de programas para a área, com especial atenção para os Institutos Federais, suas virtudes e vicissitudes.
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