educação profissional na agenda do Lulismo

Abstract

A educação profissional nos governos petistas assumiu importância singular, apresentada pelo presidente Lula a partir da sua própria experiência, uma vez que o único título que possuía na época era o de torneiro mecânico do SENAI. A expansão e interiorização da educação profissional, a partir do MEC, atravessou os 13 anos de governos petistas nos governos Lula e Dilma tendo sido, inclusive, objeto de debate nacional durante a campanha presidencial com o Pronatec. A ênfase na educação profissional fez com que, em menos de 10 anos, os governos petistas construíssem mais escolas federais de educação profissional do que em 120 anos de República. É uma coincidência histórica que o próprio criador das primeiras escolas federais em 1909, Nilo Peçanha, também foi um presidente com características próximas às origens de Lula. Neste texto, explicita-se a marca desenvolvimentista que traz em seu bojo a aposta na educação profissional, através da análise no âmbito do governo federal das disputas políticas e da definição e implementação de programas para a área, com especial atenção para os Institutos Federais, suas virtudes e vicissitudes.

Políticas e programas para a educação profissional no Brasil no contexto de mundialização do capital

“…O que nos impulsiona a concluir que qualquer ação que nasça como política de governo para a Educação Profissional é baseada em modelo, que conforme Castioni (2015), Cunha (2005) A Educação Profissional e Tecnológica esteve apenas em programas focais de modo a fundamentalmente atender às necessidades do setor produtivo. Com foco na população em situação de vulnerabilidade social, mascara-se na promessa de progresso econômico, desenvolvimento local, melhoraria da qualidade de vida e obtenção de emprego: uma ideologização da educação que busca obter "o consentimento ativo dos governados" (GRAMSCI, 1995).…”