Este estudo apresenta uma integração de aspectos protetivos e de risco para o desenvolvimento humano em contextos ecológicos diversos, tais como a família, a instituição e a escola, colhidos na literatura, e os relaciona à promoção de resiliência. Define conceitos de processo de resiliência, fator de proteção e de risco, e faz considerações sobre crianças em situação de risco. A teoria bioecológica do desenvolvimento humano de Urie Bronfenbrenner foi utilizada como base teórico-metodológica para analisar esses contextos, fatores de risco e/ou proteção. Esta teoria contempla o estudo do desenvolvimento integrando a compreensão dos aspectos da vida da pessoa, seja o tempo em que vive, os ambientes dos quais participa e as relações que estabelece. Independentemente do contexto (família, instituição ou escola), as diversas influências e eventos de vida podem configurar-se como risco ou proteção. No entanto, isto dependerá da qualidade e existência de relações emocionais e sociais, da presença de afetividade e da reciprocidade que tais ambientes propiciarem.
Resumo O presente artigo descreve como os quatro conceitos-chave da Teoria Bioecológica do Desenvolvimeno Humano (processo, pessoa, contexto e tempo) se fazem presentes na metodologia denominada Inserção Ecológica. Tem o objetivo de proporcionar algumas linhas de ação que podem auxiliar equipes de pesquisa na utilização desta proposta em seus projetos de pesquisa. Para isso, foi realizada uma breve comparação entre a Inserção Ecológica e outras metodologias que valorizam o contexto da investigação, e que partem de referenciais teóricos diferentes. Além disso, são apresentados e discutidos estudos que utilizaram a Inserção Ecológia a fim de estabelecer alguns pontos em comum e definir aspectos que possam ser considerados características fundamentais a essa proposta metodológica. Palavras-chave: Método; desenvolvimento humano; modelo teórico-metodológico. AbstractThis article describes how the four key concepts of the Bioecological Theory of Human Development (process, person, context and time) are present in the Ecological Engagement methodology. The goal is to provide some lines of action that may guide research teams to use this proposal in their projects. A brief comparison is performed between the Ecological Engagement and other methodologies, which value the concept of investigation and have distinct theoretical references. Moreover, other studies that used the Ecological Engagement are presented and discussed in order to establish some common points and to define aspects that may be considered as fundamental characteristics of this methodological proposal.
Resumo O presente artigo investigou a ocorrência e o impacto de eventos estressores para 297 crianças/ adolescentes em situação de vulnerabilidade social de Porto Alegre (ambos os sexos;[7][8][9][10][11][12][13][14][15][16] M = 11,22; SD = 2,13 (M = 26,79; SD = 8,67) que G1 (M = 19,16; SD = 9,37
RESUMO -O presente estudo teve como objetivo investigar como meninas em situação de risco estão lidando com a situação de risco de se responsabilizar por irmãos menores e pelos cuidados da casa. Quatro meninas com idades entre oito e 12 anos foram entrevistadas. As informações coletadas foram submetidas ao método de análise qualitativa lefevriano. Os resultados revelaram que as situações e os riscos a que as meninas estão submetidas defl agram o uso da capacidade de resiliência, demonstrando que conseguem utilizar diferentes recursos de modo a enfrentar e superar seus problemas e difi culdades.Palavras-chave: resiliência; desenvolvimento infantil; fator de proteção; fator de risco. Resilience and Child Development of Children who Take Care of Children: A Vision in PerspectiveABSTRACT -The present study aimed to investigate how girls at risk are dealing with the responsibility of taking care of their younger siblings and home tasks. Four girls, eight to 12 year-old were interviewed. The data were analyzed by lefevrian qualitative method. The results revealed that the situations and the risks that the girls are submitted defl agrate resilience, demonstrating that they can use different ways and resources to face and to overcome their problems and diffi culties.Key words: resilience; child development; risk factor; protective factor. que: "Assim como bem-estar signifi ca mais do que riqueza, que: "Assim como bem-estar signifi ca mais do que riqueza, que: " pobreza signifi ca mais do que renda insufi ciente para cobrir as necessidades mínimas de uma fam ínimas de uma fam í ília ília í " (p. 27). Embora a literatura seja crescente, ainda existem poucos estudos que relacionam a capacidade de resiliência e o desenvolvimento infantil e apresentem conclusões claras. Novas informações têm surgido recentemente e demonstram que nem sempre a criança que cresce em situações desfavoráveis terá uma vida infeliz. O estudo desenvolvido por Alvaréz, Moraes e Rabinovich (1998) pode ser tomado como exemplo. Os autores constataram que crianças, que tiveram longa permanência em orfanatos, apontaram a instituição como norteadora e mediadora de situações de risco na infância. Atribuíram a ela, auxílio na formação de seus comportamentos, podendo representar a função de parentagem, ou seja, o exercício educativo de responsabilizar, dirigir e mostrar o caminho. Esta representação positiva da instituição foi possível, porque favoreceu a essas crianças que utilizassem sua capacidade de resiliência.
RESUMO -Este estudo objetivou conhecer a experiência de adolescentes em processo de inserção laboral. Participaram 10 adolescentes, de ambos os sexos, com idades entre 15 e 16 anos, em contrato de aprendizagem em empresa pública. Foi utilizada uma abordagem qualitativa, com aplicação de questionário biosociodemográfico e grupos focais. Criaram-se quatro categorias temáticas: ser adolescente, aprendiz versus trabalhador, significado do trabalho e futuro profissional. Constatouse indiferenciação entre os papéis de trabalhador e aprendiz. A experiência de aprendizagem foi percebida como situação privilegiada para a formação profissional. Expectativas acerca do futuro laboral revelaram insegurança e desinformação quanto ao mercado de trabalho. Evidenciou-se a importância da experiência para a construção da identidade de trabalhador e da realização de programas de acompanhamento junto a adolescentes aprendizes.Palavras-chave: adolescente aprendiz; trabalho e juventude; inserção laboral. Apprentice versus Worker: Adolescents in Apprenticeship ProcessABSTRACT -This study aimed to know the experience of adolescents in labor insertion process. The participants were 10 adolescents of both sexes, aged 15 and 16 years old, with an apprenticeship contract at a public enterprise. It was used a qualitative approach, with the application of a biosociodemographic questionnaire and focal groups. Four thematic categories were created: being adolescent, apprentice versus worker, meaning of work and professional future. The results revealed fusion between the worker and apprentice roles. The experience of apprenticeship was perceived as a privileged practice for professional training. Expectancies about the professional future revealed insecurity and lack of information related to labor market. This study showed the importance of the experience of apprenticeship to build worker identities and of counseling programs for adolescents.Keywords: apprentice adolescent; work and youth; labor insertion. O trabalho infanto-juvenil é um tema de relevância social, que abrange aspectos econômicos, culturais e psicológicos, entre outros. Cada vez mais, o trabalho precoce de crianças tem chamado a atenção da sociedade para sua necessária erradicação, especialmente daquelas atividades insalubres e degradantes. Por outro lado, o trabalho dos adolescentestema central deste artigo -continua a ser visto, em diversas instâncias, como algo naturalizado e necessário para as famílias de nível socioeconômico baixo. Essa visão desconsidera as implicações do trabalho na saúde, na constituição da identidade e na vida acadêmica dos jovens. Diante disso, nota-se a importância de medidas legais e políticas públicas que visem a proteger o trabalhador adolescente.O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece importantes diretrizes para a proteção da atividade laboral na adolescência. Segundo o ECA (Brasil, 1990), é proibido o trabalho a menores de 14 anos, exceto na condição de aprendiz. Por sua vez, a contratação de aprendizes, regulamentada pelo Decret...
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