Resumo O presente artigo descreve como os quatro conceitos-chave da Teoria Bioecológica do Desenvolvimeno Humano (processo, pessoa, contexto e tempo) se fazem presentes na metodologia denominada Inserção Ecológica. Tem o objetivo de proporcionar algumas linhas de ação que podem auxiliar equipes de pesquisa na utilização desta proposta em seus projetos de pesquisa. Para isso, foi realizada uma breve comparação entre a Inserção Ecológica e outras metodologias que valorizam o contexto da investigação, e que partem de referenciais teóricos diferentes. Além disso, são apresentados e discutidos estudos que utilizaram a Inserção Ecológia a fim de estabelecer alguns pontos em comum e definir aspectos que possam ser considerados características fundamentais a essa proposta metodológica. Palavras-chave: Método; desenvolvimento humano; modelo teórico-metodológico. AbstractThis article describes how the four key concepts of the Bioecological Theory of Human Development (process, person, context and time) are present in the Ecological Engagement methodology. The goal is to provide some lines of action that may guide research teams to use this proposal in their projects. A brief comparison is performed between the Ecological Engagement and other methodologies, which value the concept of investigation and have distinct theoretical references. Moreover, other studies that used the Ecological Engagement are presented and discussed in order to establish some common points and to define aspects that may be considered as fundamental characteristics of this methodological proposal.
A definição fornecida pela WHO é ampla, abrangendo também a ESCCA. De fato, há entre a situação de abuso sexual (intra ou extra familiar) e a situação de exploração sexual comercial, muitos elementos em comum, sobretudo a questão do abuso de poder de um adulto sobre uma criança e/ ou adolescente. No entanto, no caso específico da ESCCA, o caráter comercial é fundamental na sua ocorrência e definição, fato que implica outras peculiaridades à situação do abuso. Algumas dessas particularidades, por exemplo, são percebidas A exploração sexual comercial de crianças e adolescentes (ESCCA) é um fenômeno que tem sido descrito em várias partes do mundo. A ESCCA é definida como uma relação de mercantilização e abuso do corpo de crianças e adolescentes por exploradores sexuais, sejam as grandes redes de comercialização local e global, pais/responsáveis ou os consumidores de serviços sexuais pagos (Faleiros, 2000(Faleiros, , 2004 RESUMO -Este artigo busca compreender os condicionantes da exploração sexual de crianças e adolescentes (ESCCA), a partir da percepção de caminhoneiros brasileiros, clientes ou não da ESCCA. Entrevistou-se 239 caminhoneiros em diferentes regiões brasileiras, através de um questionário. As respostas foram categorizadas e analisadas através de estatísticas descritivas (freqüência e média). Os principais condicionantes ressaltados foram a desigualdade social e econômica, a forte cultura de gênero machista e adultocêntrica dos caminhoneiros, assim como a tendência à desresponsabilização pelas crianças e adolescentes abusadas, o seu pouco conhecimento e consideração dos direitos e características desenvolvimentais dessa população. Concluise, ressaltando a relevância de estudos que enfatizam a perspectiva do abusador. Estes podem contribuir para o desvelamento das realidades econômicas, sociais, culturais e políticas envolvidas tanto na formação da demanda quanto da oferta do comércio sexual e, assim, permitir a elaboração de perspectivas de enfrentamento da ESCCA mais eficazes.Palavras-chave:exploração sexual comercial; crianças; adolescentes; caminhoneiros. Children and Adolescents Commercial Sexual Exploitation: A Study with Brazilian Truck DriversABSTRACT -This article aims at understanding the reasons for children and adolescents' commercial sexual exploitation by the perception of brazilian truck drivers, both clients and non clients of this service. Based on a questionnaire, interviews were made with 239 truck drivers in different regions in Brazil. The answers were categorized and analyzed using descriptive statistics (frequency and mean). The main reasons stressed were the social and economic inequality, the strong male chauvinist culture and the drivers' ideas about adulthood as well as the tendency to feel not responsible for the children and adolescents abused and the poor knowledge and consideration for the rights and development characteristics of this population. We may conclude emphasizing the importance of studies which stress the abuser perspective. They may contribute to better underst...
O presente estudo investigou a visão que homens acusados de abuso sexual infantil possuem sobre a criança e como concebem que deveria ser uma relação ideal entre crianças e adultos. As distorções cognitivas são examinadas no conteúdo do que é expresso e na possibilidade de contextualização da resposta dada. Participaram cinco homens, com idades entre 37 e 73 anos, acusados de abuso sexual contra crianças de até 13 anos de idade. Um participou espontaneamente e quatro foram compulsoriamente encaminhados pela justiça ao serviço. Uma ficha biossociodemográfica e uma entrevista semi-estruturada foram utilizadas. Uma análise do conteúdo revelou a visão estereotipada e politicamente correta desses homens com relação às crianças.
ResumoO objetivo desse estudo foi analisar comparativamente dois grupos de caminhoneiros, classificados respectivamente como "clientes" e "não clientes" da exploração sexual de crianças e adolescentes nas estradas (ESCA) sobre seu envolvimento com esta atividade. Entrevistou-se 239 caminhoneiros em diferentes regiões brasileiras. As respostas foram categorizadas e os dados passaram por tratamento estatístico descritivo e inferencial. Aqueles que se auto-declararam como clientes (n = 85) da ESCA diferem do outro grupo (n = 154), porque informam passar mais tempo esperando a carga, costumar sair com prostitutas adultas mais que os não-clientes e ter menos conhecimentos sobre os direitos das crianças. No entanto, o perfil dos dois grupos para as variáveis demográficas e sobre a profissão são bastante semelhantes. O estudo destaca o caráter circunstancial do envolvimento destes caminhoneiros com a ESCA e a necessidade de se considerar as variáveis relacionadas ao comportamento sexual e ao conhecimento dos direitos da criança e do adolescente nas ações de enfrentamento da ESCA. Palavras-chave: Exploração sexual; crianças e adolescentes; caminhoneiros. AbstractThis study aims at comparing two groups of truck drivers, clients and non-clients of children and adolescents' commercial sexual exploitation (ESCA). Interviews were conducted with 239 truck drivers in different areas of Brazil. The data were analyzed statistically by inferential and descriptive analyses. The comparison between the groups showed that those who said they were clients of ESCA (n = 85) use to have a higher loading time than the ones in the other group (n = 154). Moreover, the clients use to utilize more prostitutes' services and have less knowledge of children's rights. However, the profiles of both groups were very similar, according to demographic and professional data. This study highlighted the circumstantial feature of the relationship between the truck drivers and the children and adolescents' commercial sexual exploitation. Keywords: Commercial sexual exploitation; children and adolescents; truck drivers. Nas avenidas das grandes cidades ou em lugares escondidos das pequenas cidades, a cena de homens adultos abordando crianças e adolescentes para fins sexuais é conhecida de todos há muito tempo. Ocorre "desde que o mundo é mundo", conforme expressa o ditado popular. Cena semelhante é facilmente observada na viagem pelas estradas do país e na parada em postos de gasolina, onde se concentram caminhoneiros, assim como crianças e adolescentes.No entanto, sobretudo a partir da década de 90 e da vigência do Estatuto da Criança e do Adolescente -ECA (1990) tem havido por parte do governo e da sociedade civil organizada um movimento de enfrentamento e combate a essa prática social. Destaca-se em especial a realização da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Prostituição Infantil em 1993, que deu maior visibilidade a esse fenômeno no Brasil, após investigar as denúncias do comércio sexual envolvendo menores de 18 anos de idade (E. T. S. Faleiros...
RO objetivo deste artigo foi levantar informações sobre o atendimento psicológico prestado às mães de crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual, bem como aos autores dessa violência. A literatura mostra a importância de incluir familiares não abusivos no tratamento da vítima, tendo em vista seu envolvimento na situação. Além disso, aponta que a discussão sobre o atendimento psicológico aos perpetradores também é necessário para que se possa intervir no ciclo da violência, prevenindo novas vítimas. Por fim, são discutidos os sentimentos de mães e perpetradores frente à revelação do abuso, objetivos do tratamento em cada caso e os aspectos psicológicos relacionados. São também apresentados alguns estudos nacionais e internacionais sobre experiências de tratamentos e algumas dificuldades práticas para o andamento dos tratamentos e para se realizar estudos sobre essa temática, sobretudo no Brasil.Palavras-chave: abuso sexual infantil; violência; atendimento psicossocial.
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