L L L L L inguagem e cultura: subsídios para uma inguagem e cultura: subsídios para uma inguagem e cultura: subsídios para uma inguagem e cultura: subsídios para uma inguagem e cultura: subsídios para uma reflexão sobre a educação do corpo reflexão sobre a educação do corpo reflexão sobre a educação do corpo reflexão sobre a educação do corpo reflexão sobre a educação do corpo Resumo: O corpo, aqui compreendido como construto cultural, tem padecido diante da intensa divulgação de mensagens e práticas que pretendem moldá-lo sob à ótica da cultura hegemônica. Dentre as inúmeras formas de comunicação e expressão, as diferenças culturais manifestam-se, também, nos "textos" produzidos e reproduzidos pelo corpo. Nem sempre, o repertório de gestos e práticas corporais cultivados pelas comunidades desfavorecidas é reconhecido e aceito pelo discurso hegemônico. Tal quadro ocasiona a fixação distorcida de signos de classe, etnia e gênero presentes nas práticas corporais da cultura dominante. Este ensaio, ao conceber o movimento humano como linguagem que veicula significados, estabelece um debate entre a pedagogia da cultura corporal, a Semiótica e o processo de constituição de identidades. Considerando o atual contexto multicultural, propõe como alternativa para a educação corporal, uma ação didática pautada na análise crítica, ressignificação e valorização das formas de expressão corporal presentes na sociedade..
RESUMOEnquanto terreno de disputas, o currículo da Educação Física tem enfrentado questionamentos quanto aos seus objetivos, métodos de ensino e formas de avaliação. Após as críticas desferidas às intenções de melhoria da aptidão física que marcaram a inserção do componente nas instituições educativas, surgiram propostas fundamentadas na psicobiologia que se mostravam comprometidas com o desenvolvimento cognitivo, afetivo-social e motor. Na última década do século XX, em sincronia com a democratização da sociedade, o ensino da Educação Física experimentou uma mudança de paradigmas: inspirando-se na pedagogia crítica, passou a adotar as ciências humanas como referencial, substituiu o exercício físico e o movimento enquanto objetos de estudo pela cultura corporal de movimento. Mais recentemente, no esforço de responder aos dilemas enfrentados por uma escola cada vez mais plural e democrática, ampliou seu aporte teórico com as contribuições dos estudos culturais e do multiculturalismo crítico, redimensionou sua função social, o objeto de estudo e renovou o seu fazer pedagógico. O presente artigo situa o contexto e os pressupostos dessa proposta curricular denominada "cultural", explicita os campos conceituais que lhe dão sustentação e, a partir de investigações sobre as experiências realizadas, abstrai os princípios que norteiam as ações docentes e teoriza sobre os procedimentos didáticos que a caracterizam.Palavras-chave: Educação Física. Currículo. Cultura.
Neste artigo procurou-se analisar os efeitos do currículo cultural de Educação Física nas representações culturais dos estudantes sobre as práticas corporais e seus representantes. Para tanto, utilizou-se a bricolagem com modo de investigação, adotando a autoetnografia e a etnografia das aulas em três escolas públicas situadas na periferia paulistana. O material produzido foi submetido à análise cultural mediante o confronto com os Estudos Culturais. Os resultados permitem afirmar que a Educação Física culturalmente orientada exerce uma influência nas significações proferidas pelos estudantes acerca das práticas corporais tematizadas e os sujeitos que delas participam. Observou-se que o processo de ressignificação acontece desde o mapeamento, perpassa as vivências e se fortalece, de maneira especial, naquelas atividades de aprofundamento em que são desenvolvidas situações didáticas voltadas para a desconstrução de representações pejorativas. Também se concluiu que os professores exercem um papel fundamental nesse processo.
Neste artigo, foram analisadas as políticas de formação contínua de professores da rede estadual paulista entre 1983 e 2006. Esse recorte histórico justifica-se pela retomada de governos eleitos democraticamente e pela suspeita de que as ações formativas implementadas nesse período seguem influenciando as iniciativas atuais. As propostas de formação docente, por mais que sejam isoladas, inserem-se no bojo de uma política maior, ou seja, são dotadas de uma determinada intencionalidade. A compilação e análise crítica dos estudos que se debruçaram sobre as políticas de formação contínua de professores implementadas pela Secretaria Estadual da Educação de São Paulo (SEE/SP) permitiram a divisão do período em dois ciclos. O primeiro (1983-1994) foi marcado pela busca de alternativas para democratização e descentralização do processo de formação. E o segundo (1995-2006) foi caracterizado pela prevalência de políticas alinhadas ao ideário neoliberal, consubstanciadas na pulverização de iniciativas e em convênios e parcerias com instituições diversas.
Exercendo uma influência cada vez maior nas análises da escolarização, os Estudos Culturais questionam que sujeito o projeto educativo hegemônico está formando, tendo em vista a atual sociedade multicultural e democrática. O presente artigo confronta esse campo teórico com o debate curricular da Educação Física, discute as formas pelas quais a cultura, permeada pelas relações de poder, concretiza políticas de identidade e interfere na prática pedagógica do componente. Evitando qualquer resposta definitiva, são apresentadas algumas contribuições para que se possa repensar a pedagogia da cultura corporal.
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