L L L L L inguagem e cultura: subsídios para uma inguagem e cultura: subsídios para uma inguagem e cultura: subsídios para uma inguagem e cultura: subsídios para uma inguagem e cultura: subsídios para uma reflexão sobre a educação do corpo reflexão sobre a educação do corpo reflexão sobre a educação do corpo reflexão sobre a educação do corpo reflexão sobre a educação do corpo Resumo: O corpo, aqui compreendido como construto cultural, tem padecido diante da intensa divulgação de mensagens e práticas que pretendem moldá-lo sob à ótica da cultura hegemônica. Dentre as inúmeras formas de comunicação e expressão, as diferenças culturais manifestam-se, também, nos "textos" produzidos e reproduzidos pelo corpo. Nem sempre, o repertório de gestos e práticas corporais cultivados pelas comunidades desfavorecidas é reconhecido e aceito pelo discurso hegemônico. Tal quadro ocasiona a fixação distorcida de signos de classe, etnia e gênero presentes nas práticas corporais da cultura dominante. Este ensaio, ao conceber o movimento humano como linguagem que veicula significados, estabelece um debate entre a pedagogia da cultura corporal, a Semiótica e o processo de constituição de identidades. Considerando o atual contexto multicultural, propõe como alternativa para a educação corporal, uma ação didática pautada na análise crítica, ressignificação e valorização das formas de expressão corporal presentes na sociedade..
Em tempos de globalização e neoliberalismo, as relações entre o global e o local e entre o capital especulativo e o Estado têm gerado alterações no setor público e nas formas de regulação da conduta da vida privada. Esse jogo tem influenciado diretamente os cursos de Licenciatura e traz consequências para a educação. Se, por um lado, ela está presa aos ditames da grade econômica, por outro ela pode promover uma formação engajada com a afirmação da diferença e com a superação da desigualdade social. Essa luta acena para a necessidade de abordar a universidade e o currículo como formas de política cultural que incidem na constituição de identidades e marcação da diferença. Afinal, o que está em jogo é a identidade do sujeito-docente que formará as futuras gerações do país. Esta pesquisa problematiza como a maquinaria discursiva e a não discursiva presentes em um currículo de Licenciatura em Educação Física, pode subjetivar sujeitos e operar representações em meio aos discursos da cultura empresarial, como eficiência, flexibilidade, mérito, e caros à educação, como justiça social, reconhecimento e cidadania. Como referência, utilizo as contribuições que os Estudos Culturais têm proporcionado às investigações acerca do currículo e a escrita contundente de Stuart Hall a respeito da centralidade da cultura. A esse quadro discursivo acrescento a noção de governamentalidade formulada por Michel Foucault e as análises de Stephen Ball acerca das políticas curriculares, entre outros. Realizei um estudo de cunho etnográfico em uma IES privada no transcorrer de dois anos em tempos e espaços diferenciados: no âmbito da sala de aula, interessou-me a posição de sujeito assumida pelos discentes frente às situações didáticas e os conflitos decorrentes; com base no projeto pedagógico do curso de Educação Física, extraí os regimes de verdade das disciplinas e suas estratégias de negociação; e a partir do cotidiano da instituição inferi os modos de regulação da educação pelo mercado, que tencionam governar os sujeitos para adequarem-se à ordem econômica mundial. O resultado dessa maquinaria tem sido a formulação do Frankenstein (o currículo-criador) e a de suas criaturas (os alunos monstros-heróis), futuros docentes. Por objetivar os diferentes sentidos da intervenção do egresso em campos tão diversos quanto distintos, o currículo-criador hibridiza os discursos oficiais, as tendências pedagógicas, a história do componente, as transformações da educação e as do setor público. Por conta disso, seus sujeitos tornamse múltiplos, fragmentados e contraditórios que, ora ajustam-se à ordem do empreendimento pessoal e transformam-se em commodities a fim de atuarem em acordo com as normas do mercado, ora são perturbações da máquina que os criou, promovendo simultaneamente a crítica à formação docente inicial e novas estratégias para a sua captura.Palavras-chave: currículo, formação de professor, educação física, identidade e diferença, centralidade da cultura, governamentalidade. In times of globalization and neoliberalism, the relationship b...
Exercendo uma influência cada vez maior nas análises da escolarização, os Estudos Culturais questionam que sujeito o projeto educativo hegemônico está formando, tendo em vista a atual sociedade multicultural e democrática. O presente artigo confronta esse campo teórico com o debate curricular da Educação Física, discute as formas pelas quais a cultura, permeada pelas relações de poder, concretiza políticas de identidade e interfere na prática pedagógica do componente. Evitando qualquer resposta definitiva, são apresentadas algumas contribuições para que se possa repensar a pedagogia da cultura corporal.
As pressões locais e globais por melhora nas formas de organização social incidiram em políticas públicas que visam garantir o acesso ao ensino superior de parcela da população, outrora desprivilegiada. Este artigo trata dos efeitos que esses processos de inclusão podem gerar. Os dados coletados através de uma etnografia em uma Instituição de Ensino Superior privado foram analisados mediante as noções de identidade e diferença produzidas pelos Estudos Culturais. Considera que os processos de inclusão reforçam e validam as identidades que se adéquam às imposições de consumo e performatividade, características do neoliberalismo, e marcam a diferença por meio de processos sutis de exclusão para aqueles que não se inserem na lógica social vigente.
RESUMO São apresentados os resultados de uma etnografia que objetivou compreender como o currículo de licenciatura em educação física (EF) de uma instituição de ensino superior privada (IESp) promove modos de subjetivação, a fim de produzir a identidade do futuro professor em tempos de lutas por mudanças sociais e por imposições neoliberais de modos de ser produtivos e eficientes. Os estudos culturais na sua perspectiva pós-estruturalista foram adotados como aporte teórico e a arquegenealogia foucaultiana inspirou a forma de análise de documentos e práticas. Dentre os sujeitos projetados pelo currículo em xeque, o esforço recaiu na análise da produção do sujeito-cliente, tomando por referência a noção de governamentalidade compreendida como a arte de governo de si e dos outros. Enquanto objeto e objetivo do ensino superior (ES) privado, a produção do sujeito-cliente exige a reformulação contínua do currículo e naturaliza estratégias de regulação que visam à submissão total da vida às regras do mercado.
Resumo A hegemonia da racionalidade neoliberal tem produzido novas formas de controle e regulação das populações. Enquanto instituição inserida nesse contexto, a universidade vem sendo capitulada pelas leis do mercado e chamada a operar a construção de certo tipo de sujeito afeito a um novo ethos de vida. A partir da noção de currículo como prática de significação que projeta e governa identidades, e compreendida como modalidade de investimento, como qualquer outra mercadoria ou bem de consumo, a formação superior não apenas determina em grande parte o que as pessoas devem fazer, mas, principalmente, quem são ou podem ser. Por conseguinte, especifica, também, o que elas não devem ser e os problemas que isso pode acarretar para quem não se alinhe aos seus ditames. Com base nesses pressupostos, neste artigo se examinam algumas das atividades presentes em um curso de formação inicial em Educação Física de uma Instituição de Ensino Superior privada que visam subjetivar seus sujeitos de modo a atender as referidas demandas. Para tanto, foram submetidos à análise cultural os textos escritos e orais coletados mediante observações seguidas de registros em diário de campo e compilação de mensagens eletrônicas encaminhadas à comunidade universitária, além das campanhas publicitárias e informações disponíveis no site institucional. Os resultados apontam que o modo de subjetivação colocado em circulação pelo currículo projeta a identidade do sujeito EU S/A.
A globalização e a hegemonia neoliberal incidem na criação de estratégias que visam a governar as populações face às novas configurações do Estado. Isso se acirra ao expormos a formação do docente, pois ele é responsável pelas novas gerações. Neste quadro, este trabalho examinou os regimes discursivos presentes no currículo da Licenciatura em Educação Física, que produzem a sua identidade, a do docente e a da prática pedagógica. Realizamos entrevistas narrativas com docentes em atuação. Analisamos o material empírico produzido a partir da noção de governamentalidade, formulada por Michel Foucault. Os resultados indicam que o dispositivo currículo não oferece condições para que o docente perceba que é formado por ordens discursivas diversas e consolida formas de pensar e fazer a docência em Educação Física que favorecem a governamentalidade neoliberal.
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