RESUMOVerificar a relação entre autoestima e presença de depressão em idosos praticantes de exercícios físicos (EF). A amostra constituiu-se de 174 idosos do Grupo de Estudos da Terceira Idade (GETI). Avaliaram-se os dados sociodemográficos, a presença de depressão e a autoestima através da Escala de Rosenberg. Utilizou-se estatística descritiva e inferencial (p≤0,05). A prevalência de depressão foi 9,2%. A autoestima média foi 34,86 pontos. Ao comparar a média da autoestima entre idosos com (32,69±4,65) e sem depressão (35,06±3,72), verificou-se diferença significativa (p=0,04). Deve-se incentivar a pratica de EF, pois auxiliam na autoestima dos idosos e, consequentemente, reduzem os sintomas depressivos. Palavras-chaves: Autoestima. Depressão. Idoso. Atividade Física. INTRODUÇÃOA depressão é um dos maiores problemas de saúde pública do mundo (STRAWBRIDGE et al., 2002) e, na população mundial, a prevalência de depressão varia de 0,9% a 9,4% em idosos vivendo na comunidadee de 14 a 42% em idosos institucionalizados (DJERNES, 2006). No Brasil, mais de 10% dos idosos apresentam quadros depressivos (SNOWDON, 2002).Com o envelhecimento populacional, verifica-se o aumento da freqüência de doenças psiquiátricas, as quais contribuem para o aumento da incapacidade funcional dos idosos, acarretando perda da independência e de autonomia (GORDILHO et al., 2000).A Organização Mundial da Saúde (2006) destaca que idosos fisicamente ativos apresentam menor prevalência de doenças mentais que aqueles pouco ativos, sendo que, uma vida ativa melhora a saúde mental, podendo contribuir na gerência de algumas desordens, tais como a depressão e a demência. 189Pesquisas internacionais e nacionais apontam os benefícios da atividade física em relação à manutenção e/ou melhora da aptidão funcional, redução do risco de demência e de depressão, auxiliar no tratamento da depressão na população idosa (COLEY et al., 2008;LAUTENSCHLAGER et al., 2008;BENEDETTI et al., 2008; BLUMENTHAL et al., 2007;BRENES et al., 2007; STRAWBRIDGE et al., 2002;). Além disso, o bem-estar físico que se consegue obter pela prática de atividade física é fundamental para o enfrentamento dos problemas crônicos e da própria velhice, afastando os indicadores depressivos, como tristeza, solidão, dentre outros, bem como melhora do convívio e das relações sociais. Nesta perspectiva, a prática de atividade física tem um papel importante em relação à redução e/ou prevenção de sintomas depressivos (MORAES et al., 2007).Diante do referencial exposto acima, torna-se importante investigar a autoestima de idosos praticantes de exercícios físicos, bem como se há diferença entre aqueles com e sem sintomas depressivos. Com base nesta análise, possíveis intervenções no planejamento dos programas podem ser implementadas, e assim fortalecer os benefícios que a atividade física tem sobre a autoestima da população idosa. Assim, o objetivo deste estudo consiste em comparar a autoestima de idosos praticantes de exercícios físicos, segundo a presença de diagnóstico clínico de depressão....
The article seeks to describe male participation on a physical activity program for the elderly in the south of Brazil over a ten-year period (2003-2013). The data of the study were extracted from a database and assessed using descriptive and inferential statistics and assessment of the thematic content. The first phase of the study was longitudinal (from 2003 to 2013) with 163 elderly participants, while the second phase was cross-sectional for the year of 2013 with 45 elderly individuals. Male participation was, on average, 3.5 times lower than female participation for all years assessed, and the activity most practiced was swimming. In the year 2013, the average age of the elderly men was 68 ± 7.8 years. Most of them are married, have tertiary education, good acquisitive power, positive self perception of health, one or more diagnosed diseases, and do not participate in any other physical activity outside the program. According to the elderly, the reasons for participating most cited was the search for quality of life and health and, for continuing to exercise, acquiring the taste for the physical activity. Understanding the profile of these individuals and of the reasons that motivate them are important tools to comprehend the issue and help to define public politics directed at this population group.
Objetivo Comparar o desempenho cognitivo de idosos praticantes e não praticantes de exercícios físicos. Métodos Este estudo transversal foi realizado com 104 idosos, sendo 64 pertencentes ao Grupo Praticantes de exercícios físicos (G1) e 40 pertencentes ao Grupo não Praticantes (G2), cadastrados em Centros de Saúde. Foram aplicados o Miniexame de Estado Mental (MEEM) para avaliar o estado cognitivo e uma ficha para caracterização da amostra. Posteriormente, aplicou-se a Bateria de Avaliação Cognitiva Computadorizada (CogState) para avaliação do desempenho cognitivo dos idosos. Utilizaram-se o teste U Mann-Whitney para comparação dos grupos e o cálculo da medida de efeito d de Cohen, para verificar se a prática de exercício físico influencia no desempenho cognitivo. Para análise descritiva, utilizaram-se dados expressos em média, desvio-padrão, mediana e percentil. Admitiu-se nível de significância de 5%. Resultados A pontuação no MEEM apresentou diferença estatisticamente significativa entre grupos. Quanto ao desempenho cognitivo, medido pelo CogState, os grupos diferiram significativamente para todas as variáveis analisadas, apresentando o G1 o melhor desempenho nos testes de tempo de reação simples, de escolha e de atenção assistida; já o G2 obteve melhor desempenho nos testes de memória de curto prazo e de trabalho. Conclusões Idosos praticantes de exercícios físicos demonstram possuir melhor desempenho para o tempo de reação simples, tempo de reação de escolha e atenção assistida, quando comparados aos idosos não praticantes.
RESUMO: O objetivo desse estudo é analisar o lazer nas diferentes fases da vida de centenários. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa e teve como participantes seis centenários (102,83±1,6) e seus respectivos cuidadores. O grupo foi selecionado a partir dos critérios de inclusão: ter idade igual ou superior a cem anos comprovada por documento, ter condições cognitivas preservadas e residir nos municípios da mesorregião Grande Florianópolis (SC). O instrumento utilizado foi o Protocolo de Avaliação Multidimensional do Idoso Centenário, sendo utilizados os Blocos 1, 3, 4 e 5. Os dados foram analisados por meio da análise de conteúdo. Com relação às atividades realizadas no lazer, na infância as mais citadas envolviam movimento e na adolescência, destacaram-se as atividades sociais. Na fase adulta foram citadas atividades das categorias artística, social e turística, e, por sua vez, na velhice e na fase atual, observou-se a manutenção das atividades turísticas, ressaltando que, no decorrer da vida, observou-se uma diminuição considerável no lazer em todas as categorias. ABSTRACT:The aim of this study is to analyze the leisure in the different stages of life of centenarians. This is a qualitative study and the participants were six centenarians (102,83 ± 1,6) and their caregivers. The group was selected from the inclusion criteria: age over than one hundred years attested by a document, have preserved cognitive conditions and reside in the municipalities of mesoregion Florianopolis (SC). The instrument used was the Multidimensional Assessment Protocol Elderly Centenarian, being used Blocks 1, 3, 4 and 5. The data were analyzed using content analysis. Regarding the activities at leisure in the most cited infancy and adolescence involved movement, stood out social activities. In adulthood were mentioned activities of artistic categories, social and tourism, and, in turn, in old age and in the current phase, there was the maintenance of tourist activities, emphasizing that in the course of life, we observed a considerable decrease leisure in all categories.
Background Knowing what facilitates and hinders physical activity behaviour across domains (leisure, travel, work or education, and household) is central for the development of actions for more active lifestyles. Thus, the aim of this systematic review of reviews was to summarize the evidence on barriers and facilitators of domain-specific physical activity. Methods We included systematic reviews with or without meta-analysis that investigated the association between modifiable barriers and facilitators and levels of domain-specific physical activity. Reviews published until September 2020 were retrieved from PubMed, ISI Web of Science, Scopus, Regional Library of Medicine (BIREME), and PsycNET, and from the reference list of selected articles. Each review was screened by two independent reviewers for eligibility. Data extracted from selected papers included methodological aspects (number of primary studies, study designs, and age groups); physical activity domains and barriers and facilitators investigated; and direction of association. For each pair of barrier/facilitator and domain-specific physical activity, we recorded the number of positive, negative, and null associations reported across reviews. Quality assessment of each systematic review was performed using the AMSTAR-2 tool. Results Forty-four systematic reviews were selected. The evidence base was largest for leisure-time followed by travel-related physical activity. A very small number of reviews included physical activity in work, educational and domestic settings. Across all physical activity domains, factors related to the built environment were more abundant in the reviews than intra and interpersonal factors. Very consistent positive associations were observed between a range of intrapersonal factors and leisure-time physical activity, as well as moderately consistent evidence of positive association for general social support and support from family members. Evidence of moderate consistency was found for the positive association between transport-related physical activity and positive beliefs about consequences, walkability, and existence of facilities that support active travel. Evidence on barriers and facilitators for physical activity at work, educational, and domestic settings was limited in volume and consistency. Conclusions Efforts and resources are required to diversify and strength the evidence base on barriers and facilitators of domain-specific physical activity, as it is still limited and biased towards the leisure domain and built environment factors. Trial registration PROSPERO CRD42020209710.
Este estudo buscou verificar os motivos de ingresso de idosos em um programa de atividades aquáticas e comparar com os motivos de permanência com o decorrer dos anos. A amostra foi constituída por 62 idosos praticantes de atividades aquáticas. Os dados foram extraídos de um banco de dados e analisados por estatística descritiva e inferencial (Teste Mc Nemar), com nível de significância p≤0,05. Os motivos de ingresso dos idosos no programa foram, principalmente, a busca de "qualidade de vida e saúde" e a "indicação médica", seguido pela "Indicação em geral". Ao comparar os motivos de permanência verificou-se que com o decorrer do tempo de prática estes se modificaram, de "saúde", "atividade física" e "qualidade no atendimento", para um expressivo aumento na "qualidade de vida". A partir do conhecimento desses motivos pode-se avaliar o programa e planejar ações que mantenham os idosos nesta prática por longo período, obtendo um envelhecimento saudável.
Introdução: as investigações com centenários no Brasil são escassas e pontuais, sendo que pouco se sabe sobre o perfil desta população e os fatores que interferem na longevidade. Objetivo: descrever as pesquisas com centenários em Santa Catarina voltado a temática atividade física, estilo de vida e longevidade, de acordo com o protocolo de avaliação e resultados encontrados. Método: o estudo é de cunho descritivo documental relacionado ao Projeto SC100: estudo Multidimensional dos Centenários de Santa Catarina, desenvolvido no Laboratório de Gerontologia (LAGER) do Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Resultados: para o projeto SC100 foi elaborado o Protocolo de Avaliação Multidimensional do Idoso Centenário (PAMIC) que ao longo do tempo foi sendo reestruturado, tendo em vista as especificidades desta população. Também foi elaborado o protocolo de avalição do cuidador do idoso, visto a necessidade de compreender a sobrecarga do cuidado. Quanto aos resultados das pesquisas relacionadas ao projeto, foi possível observar que na população centenária, há uma predominância de mulheres, viúvas, escolaridade inferior a sete anos, a caminhada surge como a principal atividade física realizada, caracterizando-as como pouco ativas. Além disso, entre os principais hábitos de lazer estão: assistir TV e dormir. Em relação as atividades de lazer em diferentes fases da vida, há uma tendência natural em se tornarem sedentários, ou seja, iniciam a vida com a prática regular de atividades mais ativas e durante o processo de envelhecimento passam a inatividade. Conclusão: Neste estudo, durante a caracterização dos centenários, foi possível identificar uma tendência de um estivo de vida passivo e da inatividade física, ressaltando a necessidade de intervenções domiciliares com esta população tão longeva. Também protocolos de avaliação podem contribuir para conhecer melhor essa população.
Nosso objetivo foi avaliar a validade e a clareza dos conceitos e terminologias adotados na elaboração do Guia de Atividade Física para a População Brasileira (Guia). O Grupo de Trabalho Domínios da Atividade Física (GT Domínios) conduziu a avaliação da validade e da clareza dos conceitos e terminologias relacionados a atividade física (AF), comportamento sedentário, domínios (tempo livre, deslocamento, trabalho ou estudo e tarefas domésticas) e intensidades da AF (leve, moderada e vigorosa), em três etapas: 1- Proposição dos conceitos; 2- Escuta com pesquisadores (dois momentos); 3- Consulta pública. Os conceitos propostos pelo GT Domínios foram baseados em guias internacionais, artigos científicos, relatórios nacionais e conhecimentos técnico-científicos-acadêmicos dos integrantes do GT Domínios, discutidos em reuniões (etapa 1). Na escuta com pesquisadores (etapa 2) foram testadas a validade e a clareza dos conceitos em dois momentos. Participaram 70 e 40 pesquisadores vinculados aos outros GT do Guia no primeiro e segundo momentos, respectivamente. Em ambas as escutas, todos os conceitos apresentaram índice de concordância para validade e clareza igual ou superior a 80%. As sugestões convergentes indicadas na etapa 2 foram incluídas e novas versões dos conceitos foram disponibilizadas para a terceira etapa (consulta pública), realizada pelo Ministério da Saúde. Foram realizadas 14 sugestões relacionadas aos conceitos que foram aceitas e incorporadas ao texto do Guia, quando pertinentes. Conclui-se que os conceitos e terminologias relacionados a AF propostos pelo GT Domínios para compor o Guia, após a avaliação de pesquisadores especialistas e da população consultada, são válidos e claros.
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