A visita domiciliar, além de ser uma ferramenta de trabalho para o cuidado das pessoas, pode ser utilizada como estratégia de ensino na área da saúde. Desenvolveu-se um estudo exploratório, descritivo, de natureza qualitativa com oito estagiários de fisioterapia que realizaram visitas domiciliares em uma unidade da Estratégia Saúde da Família com o objetivo de compreender os significados atribuídos a essa atividade de cuidado em saúde no processo de aprendizagem. Utilizou-se a técnica do grupo focal, que foi gravado e transcrito para posterior análise e interpretação dos dados por meio da análise temática, a qual originou três eixos orientadores: a vivência da visita domiciliar em atenção básica e a reorientação da formação profissional do fisioterapeuta; a atenção básica e a visita domiciliar na perspectiva da humanização do fazer fisioterapêutico; e a ressignificação da visita domiciliar na construção do aprendizado. Conclui-se que a visita domiciliar torna-se uma ferramenta pedagógica importante na aprendizagem dos acadêmicos de fisioterapia, porém precisa estar associada a outras atividades na rede de cuidados, tais como desenvolvimento de atividades grupais, participação em campanhas e mutirões da saúde, conselho local de saúde, entre outras, para efetivamente trazer mudanças aos modelos de formação e de atenção à saúde.
The article seeks to describe male participation on a physical activity program for the elderly in the south of Brazil over a ten-year period (2003-2013). The data of the study were extracted from a database and assessed using descriptive and inferential statistics and assessment of the thematic content. The first phase of the study was longitudinal (from 2003 to 2013) with 163 elderly participants, while the second phase was cross-sectional for the year of 2013 with 45 elderly individuals. Male participation was, on average, 3.5 times lower than female participation for all years assessed, and the activity most practiced was swimming. In the year 2013, the average age of the elderly men was 68 ± 7.8 years. Most of them are married, have tertiary education, good acquisitive power, positive self perception of health, one or more diagnosed diseases, and do not participate in any other physical activity outside the program. According to the elderly, the reasons for participating most cited was the search for quality of life and health and, for continuing to exercise, acquiring the taste for the physical activity. Understanding the profile of these individuals and of the reasons that motivate them are important tools to comprehend the issue and help to define public politics directed at this population group.
ObjectiveThe aim of this study was to examine the associations between sedentary behavior and different intensities of physical activity with cardiometabolic risk, and to analyze the simultaneous effect of excess sedentary behavior and recommended levels of physical activity on cardiometabolic risk markers in older adults.MethodsWe conducted a population-based cross-sectional study on a sample of older adults (60+) living in Florianopolis, Brazil. The objectively measured predictors were sedentary time, light physical activity and moderate to vigorous physical activity, and the outcomes were markers of cardiometabolic risk. Data were considered valid when the participant had used the accelerometer for at least four days per week.ResultsThe sample included 425 older adults (59.8% women), with a mean age of 73.9 years (95%CI: 73.5–74.4). Sedentary behavior was associated with lower systolic blood pressure levels (β = -0.03; 95%CI: -0.05; -0.01) and lower HDL cholesterol (β = -0.02; 95%CI: -0.02; -0.01). Light physical activity was not associated with any cardiovascular risk markers after adjustment. Each minute spent in moderate to vigorous physical activity was associated with lower waist circumference (β = -0.15; 95%CI: -0.24; -0.05), systolic blood pressure (β = -0.18; 95%CI: -0.32; -0.04) and plasma glucose (β = -0.18; 95%CI: -0.33;-0.02), and with higher HDL cholesterol (β = 0.10; 95%CI: 0.01; 0.18). Moreover, physically inactive and sedentary individuals had a greater mean waist circumference and lower HDL cholesterol than physically active and non-sedentary subjects.ConclusionThe results suggest that moderate to vigorous physical activity have a positive impact on cardiometabolic risk markers in older adults. Light physical activity does not appear to have a beneficial effect on the cardiometabolic markers, and despite the benefits provided by the different intensities of physical activity, the simultaneous presence of sedentary behavior and low physical activity level was associated with poor cardiometabolic risk markers.
Instrumentos desenvolvidos para o gerenciamento e cuidado de idosos em instituições de longa permanência: uma revisão sistemáticaInstruments developed for the management and care of the elderly in long-stay care institutions: a systematic review
RESUMO: Objetivo: Investigar a prevalência da simultaneidade de fatores de risco cardiovasculares e sua associação com características sociodemográficas em idosos no sul do Brasil. Metodologia: Estudo transversal com 1.553 idosos participantes do Estudo Epidemiológico das Condições de Saúde dos Idosos de Florianópolis (EpiFloripa Idoso), Santa Catarina. Os fatores de risco foram: insuficiência no consumo de frutas, legumes e vegetais (FLV), insuficiência de atividade física no lazer, consumo abusivo de álcool e tabagismo. Construiu-se a variável desfecho através da combinação de todos os fatores, categorizada em nenhum, um, dois, três e quatro fatores de risco. Foram realizadas análises bivariadas e multivariadas empregando-se a regressão de Poisson. Resultados: Constatou-se que 57,6% dos idosos convivem com a simultaneidade de fatores de risco para doenças cardiovasculares. A maior prevalência observada tanto nas mulheres quanto nos homens foi da insuficiência de atividade física com a insuficiência no consumo de FLV, sendo de 46,4 e 28,1%, respectivamente. A prevalência observada dos quatro fatores simultâneos foi maior entre os homens (2,5%) em comparação às mulheres (0,3%). O sexo masculino apresentou 11,0% mais probabilidade de acumular fatores de risco comparado ao sexo feminino. E cada ano a mais de escolaridade representa 4,0% a menos de probabilidade de acumular fatores de risco cardiovasculares. Conclusões: As diferenças entre a simultaneidade de fatores de risco e aspectos sociodemográficos devem ser consideradas na abordagem do idoso tanto em nível individual quanto na construção de políticas públicas.
Este estudo buscou verificar os motivos de ingresso de idosos em um programa de atividades aquáticas e comparar com os motivos de permanência com o decorrer dos anos. A amostra foi constituída por 62 idosos praticantes de atividades aquáticas. Os dados foram extraídos de um banco de dados e analisados por estatística descritiva e inferencial (Teste Mc Nemar), com nível de significância p≤0,05. Os motivos de ingresso dos idosos no programa foram, principalmente, a busca de "qualidade de vida e saúde" e a "indicação médica", seguido pela "Indicação em geral". Ao comparar os motivos de permanência verificou-se que com o decorrer do tempo de prática estes se modificaram, de "saúde", "atividade física" e "qualidade no atendimento", para um expressivo aumento na "qualidade de vida". A partir do conhecimento desses motivos pode-se avaliar o programa e planejar ações que mantenham os idosos nesta prática por longo período, obtendo um envelhecimento saudável.
RESUMOO objetivo deste estudo foi analisar o nível de resiliência de idosas praticantes (GP) e não praticantes de exercício físico (GNP), conforme os aspectos sociodemográficos, condições de saúde e eventos estressantes. Participaram 164 idosas, sendo 85 do GP e 79 do GNP. Utilizou-se uma ficha diagnóstica para coletar dados sociodemográficos, as condições de saúde, o Inventário de Eventos Estressantes e a Escala de Resiliência. Empregou-se a estatística descritiva e inferencial. Não houve diferença significante no nível de resiliência entre os grupos (p= 0,404). As idosas do GP com maior nível de resiliência apresentaram escolaridade mais elevada e menor intensidade de eventos estressantes. Nos dois grupos, o maior nível de resiliência associouse a menor intensidade dos eventos estressantes. O nível de resiliência não está relacionado à prática de exercício físico, porém as idosas que realizam exercício e que apresentam maior nível de resiliência têm menor intensidade de eventos estressantes. Palavras-chave: idoso, resiliência psicológica, exercício. ABSTRACTThe aim of this study was to analyze the level of resilience of older practitioners (GP) and non-exercising (GNP) as their sociodemographic characteristics, health conditions and stressful events. The study included 164 elderlies, being 85 GP and 79 GNP. We used a diagnostic plug to collect sociodemographic data, health conditions, the Inventory of Stressful Events and Resilience Scale. We used the descriptive and inferential statistics. No significant difference in the level of resilience between the groups (p= 0.404). The old GP with higher education had higher resilience and lower intensity of stressful events. In both groups, the highest level of resilience was associated with lower intensity of stressful events. The level of resilience is not related to physical exercise, but older women who regularly exercise and have a higher level of resilience have lower intensity of stressful events.
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