O presente estudo objetivou verificar se a aceitação entre pares está relacionada a traços de personalidade. Foram estudados 411 alunos do ensino fundamental de uma escola pública, por meio da Escala de Traços de Personalidade para Crianças e o Teste Sociométrico. Dos resultados das análises de correlação e discriminação de grupos extremos ressaltaram, principalmente, três informações. Uma delas foi que as meninas tiveram uma pontuação média mais baixa em neuroticismo, mas sua presença produziu aceitação na escolha entre pares, enquanto que nos meninos, com média mais alta, não produziu esse efeito. A outra, que as meninas tiveram uma pontuação mais alta em psicoticismo e sociabilidade, não produzindo rejeição para as meninas, mas sim para os meninos. E, finalmente, as correlações foram baixas, apesar de significativas, tal como era esperado, pois a aceitação-rejeição deve ser apenas um dos componentes da personalidade. Nesse contexto, os dados desta pesquisa podem ser considerados evidência de validade para o Escala de Traços de Personalidade para Crianças. Palavras-chave: traços de personalidade; evidência de validade; teste sociométrico.
Esta pesquisa trata da construção e estudo fatorial de um instrumento para avaliar o autoconceito para crianças e jovens nos contextos social, escolar, familiar e pessoal. Foram analisadas as respostas de 555 estudantes, com idades entre 8-16 anos. Deles, 281 (50,6%) eram do gênero masculino e 274 (49,4%) do gênero feminino, freqüentando de segunda a oitava séries do ensino fundamental. Os itens foram eliminados com base na saturação fatorial e na consistência interna e selecionados 20 itens, distribuídos nos quatro fatores pretendidos, explicando 41,09% da variância. Os coeficientes de consistência interna de Cronbach variaram de 0,59 a 0,62 para os fatores e para a pontuação total foi de 0,78. Assim, foram identificados itens que caracterizam os quatro contextos. Esses dados corroboram a perspectiva da multidimensionalidade do self defendida primeiramente por Mead e James.Palavras-chave: análise fatorial; crianças; jovens.
Resumo O autoconceito vem sendo considerado na literatura como um constructo multidimensional e um dos aspectos afetivo-emocionais relacionados às dificuldades de aprendizagem. Considerando a importância desse constructo, o objetivo deste estudo foi verificar se haveria diferenças significativas entre os níveis de dificuldade de aprendizagem na escrita e o autoconceito geral, escolar, social, familiar e pessoal de crianças do Ensino fundamental. Utilizou-se uma escala para avaliar a dificuldade de aprendizagem na escrita e outra para avaliação do autoconceito. A amostra foi composta por 277 estudantes, de ambos os sexos, com idade entre 9 e 10 anos, da 3 a série do Ensino fundamental. Os resultados evidenciaram que a dificuldade de aprendizagem na escrita está significativamente relacionada com o autoconceito geral e com o escolar, verificando-se que conforme aumenta o nível de dificuldade de aprendizagem na escrita diminui o autoconceito. Palavras-chave: Dificuldades de aprendizagem; autoconceito; escrita.
ResumoEste trabalho teve como objetivo investigar a compreensão da leitura de crianças com dificuldade de aprendizagem escrita, em relação ao gênero e idade. Os participantes foram 194 alunos de 2ª e 3ª séries de uma escola pública de periferia de Poços de Caldas. Os alunos foram categorizados por níveis de dificuldade de aprendizagem em escrita segundo o instrumento Adape. A compreensão da leitura foi avaliada por dois textos em cloze, com diferentes quantidades de omissões. Os resultados mostraram que na segunda e terceira séries os erros na compreensão da leitura aumentavam em razão da dificuldade de aprendizagem da escrita e que os mais velhos apresentavam mais erros do que os mais novos, sendo que o gênero não indicou relações significativas. As tendências dos alunos de 2ª e 3ª séries foram similares, com a diferença de que na terceira série eles podem estar apresentando automatismo dos erros. Palavras-chave: dificuldade de aprendizagem na escrita; compreensão de leitura; séries iniciais do ensino fundamental. Abstract Learning disabilities in writing and reading comprehensionThis study aimed to investigate the difficulties of reading comprehension faced by some children in learning the written language. 194 second and third grade students from a public school in the suburbs of Poços de Caldas were studied. The students were ranked according to the learning difficulties they had in written language by the ADAPE test. The reading comprehension was evaluated in two texts in cloze procedure, which presented different numbers of blanks. The results showed that in the second and third grades the mistakes in reading comprehension increased according to the written learning difficulties, and that older students made more mistakes than the younger ones. Besides, the genre did not present statistically significant relations. The tendencies of both second and third grades were similar, although the third grade students are making a habit of repeating the errors. Keywords: learning disabilities in writing; reading comprehension; initial school grades. INTRODUÇÃOMuitas crianças aprenderão a ler e escrever e não encontrarão nenhuma dificuldade, e outras necessitarão de alguma ajuda especial para conseguir sucesso na mesma atividade. O fracasso escolar nas primeiras séries do ensino fundamental tem sido estudado pelos mais diversos profissionais preocupados com a escola, na busca de se explicitar os fatores que interferem no sucesso escolar e melhorar o ensino público no Brasil. As pesquisas se apóiam em fatores sociais, culturais, econômicos, cognitivos emocionais, institucionais ou orgânicos para explicar o fracasso escolar (Schiefelbein & Simmons, 1990;Cardoso-Martins, 1991;Brandão, 1992;Oliveira, Sisto, Souza, Brenelli & Fini, 1994;Vieira, 1998;Leffa, 1999; Capellini & Ciasca, 2000, entre outros); outras na metodologia de ensino e avaliação (Nunes, 1990).Não existe uma definição comum sobre o que vem a ser uma dificuldade de aprendizagem, como e por que ela se manifesta. As dificuldades de aprendizagem formam um gru...
RESUMO. Foram estudadas as relações entre agressividade e aceitação-rejeição em 1281 estudantes de quatro escolas de ensino fundamental. A medida sociométrica baseou-se em três escolhas positivas e três negativas em situação de estudo. As escalas de agressividade forneceram três medidas: em situação familiar, em situação escolar e geral. Nas medidas sociométrica e de agressividade em situação familiar as diferenças entre as escolas foram atribuídas ao acaso. As escalas de agressividade escolar e geral formaram dois subgrupos, sendo duas escolas com menor e outras duas com maior agressividade. Foram encontradas correlações significativas entre as medidas sociométrica e de agressividade escolar nas quatro escolas e com agressividade geral em uma delas, indicando que quanto maior a aceitação social, menor a agressividade. Como as correlações foram baixas, estudaram-se grupos extremos em termos de aceitação-rejeição e apenas em uma escola as escalas de agressividade escolar e geral diferenciaram esses grupos. Palavras-chave: agressividade, aceitação-rejeição de pares, escola.
ResumoA dificuldade de um item deveria ser uma propriedade independentemente de uma população em particular, da mesma forma que a habilidade de uma pessoa deveria ser uma característica sem referência a qualquer conjunto particular de itens. Nesse contexto, a análise do funcionamento diferencial dos itens (DIF) busca detectar os itens cuja probabilidade de acertos difere entre distintos grupos, cujas pessoas possuem o mesmo nível de habilidade na variá-vel medida. Para a análise dessa questão são discutidos principalmente, os tipos de abordagem para sua detecção e as propostas de procedimentos para identificação de DIF. Além disso, é comentado que o modelo de Rasch fornece uma estrutura que permite a comparação dos resultados observados com os previstos, avaliando a probabilidade do resultado observado, equacionando problemas não solucionados pelos outros modelos. Palavras-chave: Viés; Modelo Rasch; Habilidade; Item. Differential item functioning AbstractThe item difficulty should be a property irrespective of a particular population, as well as the ability of a person should be a characteristic without relation to any particular set of items. In this context, the analysis of the differential item functioning (DIF) searches for detecting items whose probability of correctness differs between distinct groups, whose people possess the same level of ability in the variable measured. For the analysis of this question, the types of approaching for its detention and the procedures for DIF identification are mainly argued. Moreover, it is argued that the Rasch model supplies a structure that allows the comparison of the observed results with the predict ones, evaluating the probability of the observed result, equating problems not solved by the other models. Keywords: Bias; Rasch Model; Ability; Item.No processo de medição de características ou habilidades psicológicas pelo menos três elementos estão presentes. Um deles se refere à variável que se pretende medir (por exemplo, habilidade mecânica); o outro está consubstanciado no instrumento construído para medi-la (teste), que nada mais é que um conjunto variável de elementos (itens do teste); e, o último, as respostas que as pessoas dão a esses itens.Um teste proporcionará medidas de pessoas com uma margem de erro pequena quando atender aos requisitos psicométricos de precisão e validade. No contexto das evidências de validade das medidas é possível avaliá-las considerando o teste, ou cada um de seus itens.Numa avaliação sempre se deseja obter medidas para qualquer pessoa em algum traço ou habilidade (tal como a compreensão da leitura). Mais especificamente, deseja-se conhecer a posição da pessoa em algum traço ou habilidade. Essa circunstância simples tem, pelo menos, uma implicação importante.Significa que se considera teste apenas quando os itens formam um conjunto homogêneo. Isso exclui, por exemplo, os testes que combinam itens de matemática e leitura em uma única pontuação, porque uma pontuação 12 pode ser produto de seis pontos obtidos nos itens de matemática e...
Este estudo teve como objetivo construir um instrumento para avaliação da ansiedade na escola. Foram sujeitos da pesquisa 221 estudantes, sendo 104 homens e 117 mulheres, com idades entre 9 e 12 anos, regularmente matriculados em terceiras e quartas séries do ensino fundamental. O instrumento foi composto por 53 frases em forma de escala e, em um primeiro estudo, a análise fatorial agrupou os itens em 18 fatores. Um segundo estudo, por meio de análise fatorial, corroborou a organização das subescalas em quatro fatores. Algumas frases, com saturação menor que 0,40, foram eliminadas e a escala final ficou composta por 38 frases. O fator 1 refere-se a medo genérico, o fator 2 refere-se à satisfação, o fator 3 refere-se à evitação e o fator 4 refere-se a situações avaliativas. Das quatro subescalas, a que apresentou menor precisão por alfa foi a do fator 2 com um coeficiente de 0,66, e a que apresentou maior precisão foi a do fator 1, com um coeficiente alfa de 0,87. A consistência interna da escala geral foi igual a 0,83, indicando um nível bastante bom.
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