Este artigo tematiza o trabalho docente dos professores de Educação Física no âmbito da escola pública. Trata-se de uma pesquisa realizada em quatro escolas da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre, onde se investigou como os professores desta rede construíam seu trabalho docente e como articulavam suas ações frente às singularidades do projeto político-administrativo- pedagógico da mesma. Constitui-se em um estudo com orientação predominantemente etnográfica que, elaborado a partir do diálogo entre os referenciais bibliográficos e as interpretações que os professores colaboradores fazem do fenômeno em que estavam inseridos, traz à tona algumas reflexões e contribuições acerca dos dilemas, expectativas e concepções presentes no trabalho docente destes professores.
Este artigo registra a recente experiência dos(as) autores(as) num exercício de formação através da construção narrativa. Os objetivos, nesse exercício, foram o de aprender e o de interrogar-se sobre até que ponto os estudos que utilizam a perspectiva narrativa podem ser, concomitantemente, processos de formação e processos de investigação. A oportunidade de fazer essa aprendizagem, construída no interior do grupo, exigiu aprender a trabalhar nos limites do tensionamento da relação dialética entre o individual e o coletivo. Apresentamos, aqui, aprendizagens efetuadas com o exercício narrativo, suas possibilidades para o campo de estudos da formação de professores(as) e as limitações teórico-metodológicas encontradas.
Neste ensaio buscamos discutir a conjuntura que leva às recentes reestruturações no Ensino Médio brasileiro, assim como as tensões que historicamente estiveram em jogo nas disputas pelas finalidades desta etapa da escolarização e suas implicações para a Educação Física. Concluímos encaminhando argumentos para pensarmos a Educação Física que temos e a que queremos.
Este estudo tem como objetivo compreender como a organização escolar, articulada ao trabalho docente, influencia a prática educativa e as condições de trabalho dos professores de Educação Física iniciantes. Investigamos a prática educativa e as condições de trabalho de seis professores de Educação Física iniciantes que atuam em escolas municipais. O instrumento escolhido foi uma entrevista semiestruturada. Compreendemos que a organização escolar possui papel fundamental no contexto escolar quando articulada ao trabalho docente proporcionando a socialização entre os pares, e que as condições de trabalho oferecidas aos professores podem influenciar no tanto no desinvestimento como no processo de descoberta na docência.
Este texto é fruto de uma dissertação e busca comunicar os achados referentes aos seguintes objetivos específicos: a) compreender que saberes integram a Educação Física (EFI) nos anos finais do ensino fundamental e que lugares ela ocupa na construção curricular; b) compreender as tensões envolvidas no processo de construção curricular da escola e da EFI. A construção curricular da escola e da EFI é constituída por movimentos de retorno, contorno e desvio. Os saberes que integram essa construção são de duas ordens, de formação pessoal e de formação acadêmica, e são desenvolvidos através de práticas tradicionais/reprodutoras, mas também através de práticas que rompem essa lógica. Essa presença concomitante de diferentes práticas e orientações se dá em decorrência dos conflitos de ideias/perspectivas que permeiam a escola, mas estes conflitos também são produtores desta construção curricular, assim como o tempo, que se apresenta como elemento significativo neste processo.
O presente estudo tratou de identificar quais mudanças sociais influenciam o trabalho docente do professorado de Educação Física na escola e, assim, compreender como esses professores experimentam tais mudanças, produzindo respostas e enfrentamentos às demandas sociais, culturais e educacionais na comunidade escolar em que atuam. Metodologicamente, utilizamos histórias de vida de seis docentes de Educação Física da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre/RS, de modo a construir com estes professores, compreensões e relações entre seus percursos pessoais e profissionais e o processo de mudanças sociais que vivemos.
IntroduçãoO presente artigo trata do trabalho docente coletivo dos professo res de educação física da Rede de Ensino de Porto Alegre/RS a partir de uma investigação que aproximou as informações de uma et nografia e uma autoetnografia (BOSSLE, 2008). Nesta Rede de Ensi no, assim como em outras tantas, o trabalho coletivo é pensado como a possibilidade de viabilizar o projeto político e pedagógico através do diálogo entre professores, equipes diretivas, supervisão pedagógica, funcionários, estudantes, pais e comunidade no entorno da escola e materializar procedimentos metodológicos que acolham à coletivida de. Contudo, talvez as práticas educativas no contexto macro social e
ResumoEste artigo trata do trabalho coletivo dos professores de educação física de duas escolas do Município de Porto Alegre/RS. O problema de pesquisa formulado foi: Como os professores de educação física concebem e constroem o trabalho docente coletivo e quais os limites e possibilidades para essa construção no cotidiano de duas escolas desta Rede Municipal de Ensino? Realizamos uma etnografia em uma das escolas e uma autoetnografia em outra. Compreendemos que, independente das normativas da administração educativa, as condições para a construção de um tra balho coletivo, entre outras, estão relacionadas à configuração do contexto local de cada escola, das relações que a escola estabelece com estas comunidades e a von tade política das direções das escolas e dos coletivos docentes.
Este estudo objetiva apresentar uma configuração da produção científica resultante de teses e dissertações da Educação Física (EF) brasileira nos programas de pós-graduação (PPG) da Área 21 entre os anos 2013/2017. Para tal, foi realizada uma busca no Catálogo de Teses e Dissertações da Capes, na Plataforma Sucupira e uma análise do Relatório de Avaliação Quadrienal da Área 21. Foram identificadas 2.969 produções, sendo 2.371 dissertações de mestrado e 598 teses de doutorado. Olhando para as produções, foi possível destacar a pluralidade e a polissemia do conhecimento na Área. Identificou-se, porém, também uma hegemonia que demonstra uma certa visão sobre uma forma específica de produzir/construir conhecimento, que é regido por aqueles que dominam o campo da EF com um maior capital científico, a subárea biodinâmica.
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