O presente texto pretende refletir sobre o tema planejamento de ensino na educação física, inicialmente situando-o no contexto da educação - didática, na acepção de um uso mais abrangente, para então deslocar o olhar especificamente sobre o âmbito da educação física e da particularidade desta como área de conhecimento e disciplina na escola. Minhas considerações ao longo do trabalho apontam no sentido de valorizar o estudo e a pesquisa, de questões didáticas/pedagógicas, como o planejamento de ensino enquanto elemento constitutivo e a ação de planejar como indispensável ao trabalho docente coerente e comprometido com a educação.
Este artigo registra a recente experiência dos(as) autores(as) num exercício de formação através da construção narrativa. Os objetivos, nesse exercício, foram o de aprender e o de interrogar-se sobre até que ponto os estudos que utilizam a perspectiva narrativa podem ser, concomitantemente, processos de formação e processos de investigação. A oportunidade de fazer essa aprendizagem, construída no interior do grupo, exigiu aprender a trabalhar nos limites do tensionamento da relação dialética entre o individual e o coletivo. Apresentamos, aqui, aprendizagens efetuadas com o exercício narrativo, suas possibilidades para o campo de estudos da formação de professores(as) e as limitações teórico-metodológicas encontradas.
A partir de uma etnografia onde visamos compreender o processo de seleção dos conteúdos de três professores de Educação Física de uma escola pública gaúcha, emergem de maneira significativa o fenômeno do esporte na escola. A etnografia foi realizada em um ano letivo inteiro, de intensificada observação participante, registros em diário de campo, diálogos, entrevistas e análise de documentos. Identificamos a hegemonia de um modelo esportivista que privilegia o acesso de determinados grupos, destacando-se a formação de equipes e a representatividade da escola em eventos e a manifestação monocultural do futsal. Trata-se de uma seleção onde os estudantes, de forma arbitrária definem uma modalidade, a partir de seu gosto, e que é legitimada pelos professores, escola e comunidade.
IntroduçãoO presente artigo trata do trabalho docente coletivo dos professo res de educação física da Rede de Ensino de Porto Alegre/RS a partir de uma investigação que aproximou as informações de uma et nografia e uma autoetnografia (BOSSLE, 2008). Nesta Rede de Ensi no, assim como em outras tantas, o trabalho coletivo é pensado como a possibilidade de viabilizar o projeto político e pedagógico através do diálogo entre professores, equipes diretivas, supervisão pedagógica, funcionários, estudantes, pais e comunidade no entorno da escola e materializar procedimentos metodológicos que acolham à coletivida de. Contudo, talvez as práticas educativas no contexto macro social e ResumoEste artigo trata do trabalho coletivo dos professores de educação física de duas escolas do Município de Porto Alegre/RS. O problema de pesquisa formulado foi: Como os professores de educação física concebem e constroem o trabalho docente coletivo e quais os limites e possibilidades para essa construção no cotidiano de duas escolas desta Rede Municipal de Ensino? Realizamos uma etnografia em uma das escolas e uma autoetnografia em outra. Compreendemos que, independente das normativas da administração educativa, as condições para a construção de um tra balho coletivo, entre outras, estão relacionadas à configuração do contexto local de cada escola, das relações que a escola estabelece com estas comunidades e a von tade política das direções das escolas e dos coletivos docentes.
O presente estudo tratou de identificar quais mudanças sociais influenciam o trabalho docente do professorado de Educação Física na escola e, assim, compreender como esses professores experimentam tais mudanças, produzindo respostas e enfrentamentos às demandas sociais, culturais e educacionais na comunidade escolar em que atuam. Metodologicamente, utilizamos histórias de vida de seis docentes de Educação Física da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre/RS, de modo a construir com estes professores, compreensões e relações entre seus percursos pessoais e profissionais e o processo de mudanças sociais que vivemos.
INTRODUÇÃO: Este relato apresenta uma experiência pedagógica de ensino do badminton sustentada nas perspectivas de uma pedagogia crítica freiriana, visando superar limitações de ensino dos esportes em contextos escolares pautadas exclusivamente no aprimoramento técnico e na aptidão física, assim como potencializar a experimentação corporal dessa modalidade esportiva e a problematização de aspectos sociais, culturais e econômicos.OBJETIVO: Apresentar uma prática pedagógicas de Badminton para discutir uma proposta pedagógica crítica da educação física escolar. MÉTODOS: A realização desta prática pedagógica ocorreu com 68 estudantes de turmas de 8º e 9º ano do Ensino Fundamental de duas escolas públicas, uma da área rural e outra urbana, do município de Guarani das Missões (RS), no ano de 2019, tendo como duração um trimestre letivo com 20 aulas.RESULTADOS: Os estudantes vivenciaram a prática da modalidade de badminton, tendo nas rodas de conversa um excelente espaço de diálogos e reflexões críticas sobre aspectos históricos, econômicos e sociais que envolvem o badminton, políticas públicas de esporte e lazer do município e a cultura esportiva da região, marcada pela hegemonia do futsal e presença de uma monocultura esportiva na escola.CONCLUSÃO: A prática do badminton potencializou a reflexão crítica sobre a cultura esportiva local e permitiu que os estudantes se colocassem no centro do processo educativo por meio do diálogo e reconhecessem a problematização do contexto social como possibilidade de “ser mais”.ABSTRACT. Teaching Badminton at school: reports from a public school’s pedagogical experience.BACKGROUND: This report deals with a pedagogical experience of teaching sports - Badminton - in order to overcome the limitations of teaching sports in school contexts based on performance and aptitude, but that this can be a central element for the experience of the modality and also for the knowledge production that allows contextualization of the phenomenon with social, cultural and economic aspects, based on the perspective freed by Paulo Freire.OBJECTIVE: Present a Badminton pedagogical practice to discuss a criticized pedagogical proposal School Physical Education.METHODS: His pedagogical practice took place with 68 students from the 8th and 9th grades of elementary school in two public schools, one in the rural and the other in the city of Guarani das Missões (RS, Brazil), in 2019, with a duration of one academic quarter with 20 lessons. RESULTS: The students experienced the practice of the badminton modality, having in the conversation circles an excellent space for dialogues and critical reflections on historical, economic and social aspects involving badminton, public policies of sport and leisure in the municipality and the sports culture of the region, marked by the hegemony of futsal and the presence of a sports monoculture at school.CONCLUSION: The practice of badminton allowed students to place themselves at the center of the educational process through dialogue, which led to critical debates regarding the sports practices that circulate in the community, and also allowed students to recognize themselves as having the possibility of “being more”.
Este artigo é uma revisão bibliográfica sobre o trabalho coletivo na educação física escolar brasileira. O objetivo é revisar nas produções da Área de Conhecimento da Educação Física e Ciências do Esporte as abordagens sobre o trabalho coletivo. Foram analisados os anais de três congressos da área de conhecimento da educação física e ciências do esporte nos anos de 2006 e 2007, livros e teses e dissertações. Foi possível identificar o contexto em que emerge as discussões sobre trabalho coletivo na educação física escolar brasileira e o espaço que esta temática tem ocupado na produção desta Área de Conhecimento nos dias de hoje, bem como, uma “simbiose” entre trabalho coletivo na educação física e propostas político-pedagógicas fundamentadas na horizontalização das relações na escola.
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