Resumo: O presente artigo é fruto de estudos realizados no Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental da Universidade Federal do Rio Grande (PPGEA/FURG) e aborda a aproximação entre a Educação Ambiental Transformadora e a Agroecologia. Essa última é entendida para além de mudanças na forma como a agricultura se constitui, posto que envolva uma transformação paradigmática, o que implica a consolidação de alterações na relação que os produtores rurais estabelecem entre si e com o meio em que estão inseridos e a forma como percebem a vida em sua totalidade. Por meio de pesquisa bibliográfica, o artigo visa contribuir nessa discussão, problematizando concepções e definindo o entendimento acerca da Agroecologia. Understanding the latter goes beyond changes in the ways agriculture constitutes itself since it involves a paradigmatic transformation which implies the consolidation of changes not only in the relation that farmers develop among themselves and with the environment they live in but also in the way they perceive life as a whole. Based on a literature review, this paper aims at contributing to this discussion by problematizing conceptions and defining how Agroecology has been understood. Palavras
O artigo se propõe refletir sobre a institucionalização das políticas “progressistas” e, mais especificamente, da educação ambiental junto ao Estado brasileiro e as contradições resultantes desse processo. Compreende-se que a crise vivida pela educação ambiental crítica (isolada no espaço acadêmico), está relacionada a uma postura colonialista que aposta na disseminação de perspectivas produzidas “desde cima”, ou seja, desde os espaços dos poderes instituídos. A participação da educação ambiental nos governos progressistas, terminou por restringir sua ação contra-hegemônica, deixando-a sem espaço para as perspectivas e resistências autônomas e autogestionárias que emergem da sociedade. Por fim, nos propomos tecer uma breve e introdutória reflexão sobre outros caminhos para inserção da educação ambiental na sociedade, caminhos mais abertos à diversidade de lutas e perspectivas socioambientais que existem na vida cotidiana. Uma educação múltipla e marginal que, nascida “desde baixo”, desafia os limites impostos pela modernidade capitalista, sem a necessidade de criar uma nova verdade a ser reproduzida.
A avaliação de políticas públicas, como as de educação, precisa identificar que tipo de Estado as implementa e a que fins esse Estado se propõe. Buscamos, aqui, uma definição entre políticas de Estado ou de Governo e até onde este consegue alcançar e agir e em favor de que ou de quem ele age. Este trabalho se propõe apresentar tais definições como base para reflexão sobre a implementação das políticas públicas, especialmente educacionais, no atual modelo de Estado. E conclui-se pelo papel da educação em reproduzir o modelo social vigente em favor de quem domina o Estado.
In this article, we analyze the problem of removal of dwellings Neighborhood Getúlio Vargas between the years 1971 and 1973, driven by the expansion of port activities in the city of Rio Grande, in order to understand how different actors have spoken about these events. We seek to apprehend the immediate consequences of this process for displaced residents to new or newly created districts of the city. We show that removal of the BGV houses in the early 1970s consisted of a process marked by contradictions that set up a scenario of spatial segregation, cultural uprooting and precarious socio-environmental conditions of those residents. Thus, we point to a change in the way educators and environmental managers can devise and practice possible future removal processes homes in port areas, in order to consider the residents as having the right to enjoy their territories. This is because, in the light of a critical environmental education and manufacturing, design and practice life in its various social and environmental contexts is the same as respect and ensure the right of peoples freely develop their potential in a perspective of participation and full citizenship that contributes to the gradual emergence a new model of civilization.
DEDICATÓRIA À minha cidade, seus cidadãos Grândola vila morena Terra da fraternidade O povo é quem mais ordena Dentro de ti, ó cidade [...] Em cada esquina um amigo Em cada rosto igualdade (José Afonso, versos e música, Grândola Vila Morena).À Gladys, Companheira, de muitos e múltiplos significados... que, no cotidiano (no vivido) de nossas relações e discussões foi a 'outra' permanente e base fundamental na geração das reflexões desta tese.Ela é cúmplice de muitas idéias, mas inocente dos erros e desatinos que somente a mim podem serem atribuídos. À Tainara, a u-topia nesta tese: de um 'outro mundo possível' em que 'caibam todos' (e seja melhor do que o que vivemos!). Ela é uma das motivações principais das minhas forças, a de pai! 6 AGRADECIMENTO À Maria Beatriz Luce, Minha professora, mestra e amiga! Foi ela a grande responsável; nestes 10 anos de relações me fez ascender a 'senderos más altos'. Foi ela quem me levou dos rascunhos mal escritos (em 1994) e sem saber 'mexer' no computador ao pesquisar, ao raciocinar articulando políticas, leis e prática educativa democrática e autonomamente, pois praticante efetiva deste fazer educativo.A ela ofereço esta tese! Ao Steve Stoer, que por 12 meses me orientou em Portugal, e que marcará minha produção educativa para toda a vida.Sua vida, a qualidade e o compromisso intelectual ampliaram meus horizontes teóricos, na luta por relações humanas mais solidárias. É exemplo avançado de reflexão crítica na produção de um paradigma emergente em educação. Aos professores/as, aos funcionários/as, às/os bibliotecárias/os daUniversidade Federal do Rio grande do Sul, Da Faculdade de Educação Do Programa de Pós Graduação, pois constituíram as condições possibilitadoras da produção desta tese. À CAPES, que financiou os estudos em Portugal, sem os quais não teria tido condições de fazer esta tese. Aos colegas e alunos/as da Fundação Universidade do Rio Grande (FURG)que fazem parte do futuro melhor que estamos construindo juntos. 8 RESUMO Esta tese fundamenta-se na descrição e interpretação das políticas e da gestão do ensino público desenvolvido em Porto Alegre durante os 16 anos (1989)(1990)(1991)(1992)(1993)(1994)(1995)(1996)(1997)(1998)(1999)(2000)(2001)(2002)(2003)(2004) em que o PT-Partido dos Trabalhadores, através da Administração Popular, governou a cidade, tendo como problemática os avanços, os limites e as contribuições dessa experiência na produção de um "outro mundo possível".O referencial teórico, fundamentado em autores do campo da política, sociologia, da educação e de teorias críticas de outros campos do conhecimento, como Karl Marx, Henri Lefebvre, Immanuel Wallerstein, Boaventura de Sousa Santos e Stephen Stoer, é apresentado nos 3 primeiros capítulos. O mesmo desloca-se do mais global e abstrato, da globalização econômica, política e social, inserindo nela a discussão dos conceitos Estado, de gestão (gerir, surfar e pilotar), de política (polity, politics e policy) e as reconfigurações dos sistemas de ensino (STOER, 2004) na transição paradigmática (SANTOS, 1999)...
RESUMOO trabalho desenvolve a hipótese de que os conflitos sociais, políticos e ambientais possibilitam um momento de ruptura tendo como apoio de sustentação à reflexão as pesquisas sobre as lutas socioambientais que mapeamos no extremo sul do Brasil e leste do Uruguai desde 2011 e dados da desigualdade na apropriação da renda na região. Disso afirmaria a tese de que aqueles que vivem e se beneficiam do status quo e do sistema capitalista desenvolvem ações e políticas (em tempos de ditadura de mercado), ou ainda, quando predomina a coerção (através de estados de exceção ou ditaduras civis-militares) tem como pressupostoexplícitos ou nãoa ideia de que seu ponto de vista (de militares, empresários, jornalistas liberais e seus funcionários) é o verdadeiro e correto, o normal e o natural no pensar e no viver, e portanto, os conflitos são uma ameaça. Mas, tal discurso entra em contradição com as relações sociais quando diferentes grupos, classes, coletivos entram com confronto, pugna, conflito já que isso seria um indicador (diz Acselrad, 2004) da desigual apropriação, uso e significação da riqueza, das terras/territórios e/ou com as diretivas/ações e políticas dos/nos "espaços de poder" em favor de um dos lados antes homogêneo, agora diverso e em luta. Na primeira parte apresentamos as referências teóricas sustentadoras da reflexão (da tese) a partir de Henri Lefebvre, Pierre Bourdieu, dentre outros; depois a partir de 3 (três) exemplos apresentamos e discutimos a narrativa sobre a educação na ditadura militar (a moral e cívica); depois, de entusiastas do mercado, sejam empresários, intelectuais, e outros; por fim, uma reflexão mais de fundo sobre a mídia e a produção do consenso em conluio com o Estado e os empresários (as elites). Finalmente, dados empíricos de nossas pesquisas no trabalho do observatório dos conflitos visando fundamentar a hipótese que deu origem a tese referida. Esperamos contribuir com as reflexões à produção de "outra" sociologia e a "outra" educação/educação ambiental.
O presente trabalho propõe uma discussão sobre os discursos feitos em torno das crianças como “projetos de futuro”, àquelas que a sociedade, a família e demais instituições teriam o intuito e o dever de preparar para tempos posteriores, sendo lembrados, portanto, como promessas e dependendo para isso, de “investimentos” programados. Junto a isso, trazemos as concepções também de natureza como um lugar que precisaria ser “preservado”, onde construiríamos “relações harmoniosas e equilibradas”, para o bem de todos e todas. Nossa hipótese de trabalho é de que o conteúdo e os processos de algumas produções e discursos, ao se colocarem como servindo a todos, em nome das futuras gerações e tendo a natureza/meio ambiente como sendo únicos e de responsabilidade partilhada, serviriam de um lado para produzir a ideia da existência de uma única perspectiva e visão, assim sem conflitos ou divergências de interesses; Por outro lado, ao se realizar isso – enquanto produção simbólica – se estaria produzindo na prática a defesa e os interesses de uns poucos, isto quer dizer, daqueles que falam (emitem o discurso) e que, ao desconsiderarem as diferenças relacionadas às crianças no presente, contextualizadas e pertencentes a uma determinada classe, deixariam obscuras as raízes das desigualdades que geram disparidades sociais e econômicas, reproduzindo assim, através do discurso hegemônico e também, em alguns casos, adultocêntrico , as relações desiguais que sustentam a injustiça social e ambiental existentes na atualidade, tanto no Brasil, quanto na cidade de Rio Grande.
Este estudo apresenta o pensamento de Boaventura Santos e suas contribuições para a pesquisa em educação, com foco na sustentabilidade socioambiental em universidades públicas do sul da América Latina. Assim, trazemos as ideias do autor sobre a transição entre a Regulação e a Emancipação social, pilares do paradigma da ciência moderna; as Epistemologias do Sul e a Ecologia dos Saberes, como proposta para a superação da crise desse paradigma, a partir das demandas do capitalismo e do colonialismo. Da mesma forma sua visão sobre a universidade do século XXI buscando uma aproximação com a temática de nossa tese de doutorado em Educação Ambiental.
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