Educação ambiental crítica:

Abstract

O artigo se propõe refletir sobre a institucionalização das políticas “progressistas” e, mais especificamente, da educação ambiental junto ao Estado brasileiro e as contradições resultantes desse processo. Compreende-se que a crise vivida pela educação ambiental crítica (isolada no espaço acadêmico), está relacionada a uma postura colonialista que aposta na disseminação de perspectivas produzidas “desde cima”, ou seja, desde os espaços dos poderes instituídos. A participação da educação ambiental nos governos progressistas, terminou por restringir sua ação contra-hegemônica, deixando-a sem espaço para as perspectivas e resistências autônomas e autogestionárias que emergem da sociedade. Por fim, nos propomos tecer uma breve e introdutória reflexão sobre outros caminhos para inserção da educação ambiental na sociedade, caminhos mais abertos à diversidade de lutas e perspectivas socioambientais que existem na vida cotidiana. Uma educação múltipla e marginal que, nascida “desde baixo”, desafia os limites impostos pela modernidade capitalista, sem a necessidade de criar uma nova verdade a ser reproduzida.

El cuestionario en una investigación cualitativa: reflexiones teórico-metodológicas

“…En el contexto brasileño, especialmente en los años noventa y en la primera década de este siglo, se ha constatado una gran producción de tesis, disertaciones, y artículos en Educación Ambiental, como resultado de su asociación a múltiples áreas del saber (SILVA, HENNING, 2018;MACHADO, MORAES, 2019;MAGACHO;CAVALARI, 2019;MOTIN et al, 2019). Entre tales áreas se encuentra la Psicología Social, más concretamente, la Teoría de las Representaciones Sociales, la cual ha logrado poner de manifiesto nuevas concepciones y saberes sobre el modo de pensar y actuar de los colectivos humanos (MOSCOVICI, 2010).…”

Desenvolvimento sustentável na Amazônia brasileira: Significados e conceitos

“…Sob a argumentativa de eficiência econômica e enxugamento das atribuições do Ministério do Meio Ambiente (MMA), os caminhos adotados na atual política ambiental brasileira deixam fortes evidências do desmonte dos avanços conquistados nas últimas décadas. Especialmente, quando a Medida Provisória 870 reduziu a autonomia do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e, assim, retirou algumas das suas atribuições na gestão de questões complexas (Bourscheit, 2019;Machado & Moraes, 2019). Entre essas questões Andrade (2019, p. 211) ressalta as "políticas públicas ambientais nucleares; ... competência para combater o desmatamento, queimadas e desertificação".…”

“…Um processo de transição ideológica e econômica que tenta, paulatinamente, silenciar a Educação Ambiental nas suas concepções mais críticas e, ao tempo, dar ênfase aos princípios estabelecidos no projeto da DEDS, enquanto tentativa de silenciar os princípios de preservação ambiental (Diniz, 2016). Em paralelo a isso, outras concepções de Educação Ambiental começaram a ganhar força no cenário nacional, para, então, fixar suas bases nos imaginários sociais (Machado & Moraes, 2019). Entre essas concepções destacamos que a ideologia 'desenvolvimentista' defendida desde o Relatório de Brundtland, publicado em 1987, atravessou mais de três décadas e permanece presente nos diálogos divulgados em diversas fontes de informação e de comunicação social; assim como nas políticas públicas educativas, inclusive na Amazônia (Andrade, 2017;Sampaio & Guimarães, 2012).…”

Mídia e Educação Ambiental na formação continuada de professores: mobilizando saberes docentes e a consciência crítica

“…... Tendo sido pontuada a atual conjuntura, cabe voltar um pouco no tempo e contar, brevemente, como a Educação Ambiental foi institucionalizada no Brasil. Diversos autores, dentre eles: Loureiro (2004), Silva (2007), Carvalho (2012) É de extrema importância rememorar que durante este período, o Brasil passava por uma ditadura civil-militar (CARVALHO et al, 2018;MACHADO;MORAES, 2019) portanto, foi marcado por muitos movimentos sociais com características libertárias e contestatórias. Além disso, foi também nestes anos que os meios de comunicação expandiram e uma nova classe média urbana foi constituída, juntamente com segmentos de formadores de opinião (CARVALHO, 2012).…”