A Agroecologia e a Educação Ambiental transformadora: Uma leitura para além das mudanças nas técnicas de produção agrícola

Abstract

Resumo: O presente artigo é fruto de estudos realizados no Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental da Universidade Federal do Rio Grande (PPGEA/FURG) e aborda a aproximação entre a Educação Ambiental Transformadora e a Agroecologia. Essa última é entendida para além de mudanças na forma como a agricultura se constitui, posto que envolva uma transformação paradigmática, o que implica a consolidação de alterações na relação que os produtores rurais estabelecem entre si e com o meio em que estão inseridos e a forma como percebem a vida em sua totalidade. Por meio de pesquisa bibliográfica, o artigo visa contribuir nessa discussão, problematizando concepções e definindo o entendimento acerca da Agroecologia. Understanding the latter goes beyond changes in the ways agriculture constitutes itself since it involves a paradigmatic transformation which implies the consolidation of changes not only in the relation that farmers develop among themselves and with the environment they live in but also in the way they perceive life as a whole. Based on a literature review, this paper aims at contributing to this discussion by problematizing conceptions and defining how Agroecology has been understood. Palavras

Environmental Education as an Instrument for the Sustainability of the Paleoagroecosystems

“…Therefore, what brings this perspective closer to agricultural practices and interests related to the Green Revolution and groups that want to maintain a model of conventional and exploratory agriculture of natural resources (Silva and Machado, 2015), is the interest to privilege profits over quality and equality of life and production systems. This privilege comes from the current, unequal, and selfish capitalism system.…”

horta escolar como caminho para a agroecologia escolar

“…Tal constatação corrobora com estudos, como os de Silva et al (2015), que indicam maior aproximação dos conteúdos relacionados à horta escolar com os conteúdos de Ciências, sendo os/as professores/as de Ciências os/as principais profissionais dedicados a educação alimentar e nutricional ou aqueles/as que são procurados/as para parcerias e apoio para o trabalho com a horta. Isso pode sinalizar a fragmentação entre ciências naturais e humanas e o enfraquecimento das atividades pedagógicas interdisciplinares na horta.…”

“…Defendemos que complexificar o debate em torno das práticas pedagógicas relativas à horta escolar pode evidenciar possibilidades educativas e favorecer políticas públicas, envolvendo, em termos mais conjunturais, o anúncio de modos de vida mais sustentáveis e a denúncia de modelos predatórios, relacionados ao agronegócio e aos descuidos com o meio ambiente e a saúde. Para Silva et al (2015), as práticas agrícolas na escola podem tanto problematizar como reforçar os elementos do modelo hegemônico da produção de alimentos. De tal modo que as discussões que permeiam as hortas escolares devem, de acordo com Silva e Fonseca (2011), ser fundamentadas nas críticas feitas ao modelo agroalimentar instalado no Brasil e abrir espaço para se trabalhar modelos alternativos de produção construídos historicamente pelos camponeses e sua relação com o entorno.…”

“…Com base em Silva e Fonseca (2011) e Silva et al (2015), acreditamos que quando a abordagem agroecológica, substanciada em uma Educação Ambiental Crítica, adentra a escola, uma educabilidade emancipatória se faz possível, já que sua prática propicia a problematização de conflitos e injustiças socioambientais. Isso porque os/as os atores escolares conseguem experenciar os processos da natureza e assim começam a se entender como parte do ambiente.…”