Este texto versa sobre a inserção da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) na política nacional e seus efeitos nos campos religioso e polí-tico. 1 Meus argumentos são os seguintes: em primeiro lugar, o sucesso eleitoral alcançado por essa igreja, até o presente momento, relaciona-se fundamentalmente com o seu carisma institucional, associado ao uso extensivo e intensivo da mídia e de um discurso que traz para o campo político importantes elementos simbólicos do campo religioso; e, em segundo, o sucesso político da Universal repercute tanto no campo religioso -produzindo um efeito mimético em outras igrejas e religiões que procuram, como ela, também expressar o seu capital político e poder institucional -como no campo político, provocando um interesse de alianças por parte dos partidos políticos.
Resumo: Este texto versa sobre as religiões afro-brasileiras cultuadas no Rio Grande do Sul, a saber: o Batuque, a Umbanda e a Linha Cruzada. Após apresentar os números disponíveis sobre essas religiões, discorre separadamente sobre as principais características de cada uma delas, inscrevendo-as na própria história do Rio Grande do Sul. Enfim, são apresentadas algumas pistas explicativas do "sucesso relativo" dessas religiões neste Estado, se comparado ao que se passa no resto do país.
ResumoO tex to di vi de-se em duas par tes. A pri me i ra apre sen ta da dos sobre o pe río do es cra vo cra ta no Rio Gran de do Sul, a es tru tu ra ção das re ligiões afro-brasileiras (Ba tu que, Umban da e Li nha Cru za da) nes te es ta do e o his tó ri co e con tro ver ti do pa pel de sem pe nha do no Rio Gran de do Sul por um prín ci pe afri ca no que aqui vi veu do fi nal do sé cu lo XIX até 1935. A se gun da par te ana li sa três as pec tos par ti cu lar men te im por tan tes na atu a li da de des sas re li giões nes te es ta do: a pre sen ça de não-negros nas mes mas, a sua ex pan são trans na ci o nal para a Argen ti na e o Uru guai, e o es tre i ta men to de re la ções com o po der po lí ti co lo cal.. Pa la vras-chave : Ba tu que, ne gro, re la ções ra ci a is, Rio Gran de do Sul, Bra sil, re li giões afro-brasileiras. * Este tex to foi ori gi nal men te apre sen ta do na 53 ª Re u nião Anu al da So ci e da de Bra si le i ra para o Pro gres so da Ciên cia (SBPC), re a li za da em Sal va dor, Ba hia, de 14 a 17 de ju lho de 2001, no Sim pó sio: Afro-Diversidade no Bra sil, co or de na do por Re gi nal do Pran di (USP). Estu dos Afro-Asiáticos Abstract Afro-Brazilian Re li gi ons in Rio Gran de do Sul: Pre sent and PastThe ar ti cle is di vi ded into two parts. The first pre sents data about the sla very pe ri od in Rio Gran de do Sul, the struc tu re of Afro-Brazilian re li gi ons ( Ba tu que , Umban da and Li nha Cru za da ) in this sta te and the his to ri cal and con tro ver si al role pla yed by an Afri can prin ce who li ved here from the late 19 th cen tury un til 1935. The se cond part analy ses three par ti cu larly im por tant as pects of the se re li gi ons in Rio Gran de do Sul no wa days: the pre sen ce of non-Negroes in them, its trans na ti o nal ex pan si on to Argen ti na and Uru guay, and the ever-close re la ti ons with lo cal po li ti cal po wer.Key words: Ba tu que , Ne gro, ra ci al re la ti ons, Rio Gran de do Sul, Bra zil, Afro-Brazilian re li gi ons. Ré su mé Les Re li gi ons Afro-Brésiliennes de l'État du Rio Gran de do Sul: d'Hier et d'Aujourd'huiLe tex te se di vi se en deux par ti es. La pre miè re pré sen te des données sur la pé ri o de de l'esclavage dans le Rio Gran de do Sul, la struc tu rati on des re li gi ons afro-brésiliennes (Ba tu que, Umban da et Li nha Cru zada) dans cet état ain si que le rôle his to ri que et con tro ver sé qui y a joué un prin ce afri ca in de la fin de XIXème siè cle jus qu'à 1935. Dans la se con de par tie, nous analy sons tro is as pects par ti cu liè re ment im por tants pour l'actualisation des ces re li gi ons dans cet état: la pré sen ce de non-Noirs à ces re li gi ons, leur ex pan si on trans na ti o na le vers l'Argentine et l'Uruguay, ain si que leur re la ti on étro i te avec le pou vo ir lo cal.Mots-clés : Ba tu que, Noir, re la ti ons ra ci a les, Rio Gran de do Sul, Bré sil, re li gi ons afro-brésiliennes. este tex to apre sen to al guns tó pi cos re la ti vos às re li giões afro-brasileiras do Rio Gran de do Sul (RS) que con t...
Resumo: Este texto apresenta, em sua primeira parte, a situação legal existente nos 27 países da Comunidade Econômica Europeia e em 20 países latino-americanos acerca das relações entre Estado e Religiões. Despontam três modelos: países que mantém um regime de separação Estado-Igreja; países que adotam o regime de separação entre religião e Estado com dispositivos particulares em relação a algumas religiões ou igrejas; e países que adotam o regime de Igreja de Estado. Essa heterogeneidade aponta para a existência de distintas formas de laicidades, sempre adaptadas à história e a cultura de cada país, como ocorre no Brasil, que será analisado na segunda parte do texto. Enfim, a terceira parte do texto versa sobre a percepção que indivíduos de distintos pertencimentos religiosos de Porto Alegre possuem acerca da liberdade religiosa, um dos pilares da laicidade.Palavras-chave: laicidade, liberdade religiosa, Brasil, Rio Grande do Sul Abstract: The first part of this paper presents the legal status of 27 European Economic Community and 20 Latin-American countries with respect to the relations established between the State and religions. There are three most salient models: countries with a regime of separation between State and church; countries adopting the separation between religion and State including particular provisions for certain religions or churches; and finally, countries adopting the State Church regime. Such a heterogeneity of approaches points to the existence of different forms of being secular, which are always shaped by the history and culture of each country. This is also the case of Brazil, which is the object of the second part of the analysis. The paper concludes with the perceptions held by individuals from the city of Porto Alegre (Brazil) with different religious belongings about one of the pillars of secularism, that is, religious freedom.
STE TEXTO VERSA sobre o pentecostalismo brasileiro transnacional, tomando como foco de observação e análise da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). Por pentecostalismo brasileiro transnacional entendo as igrejas do segmento pentecostal que a) surgiram no Brasil e foram fundadas por brasileiros; b) incorporaram em seus ritos e doutrina elementos da religiosidade popular, notadamente a crença em forças invisíveis que interferem no cotidiano, entre elas a crença no poder de satanás; c) empreenderam uma inserção internacional afirmando a sua condição brasileira ao mesmo tempo em que são reconhecidas como tais.Inscrevem-se nessa perspectiva algumas igrejas da segunda e terceira ondas pentecostais, segundo a tipologia proposta por Paul Freston 1 , sobretudo as igrejas Deus é Amor, que está implantada em 136 países 2 ; a igreja Renascer em Cristo, em onze países; a Igreja Internacional da Graça de Deus, em sete países 3 ; e, sobretudo, a Igreja Universal do Reino de Deus, presente hoje em oitenta países.Evidentemente que há outras igrejas evangélicas brasileiras no exterior, bem como outras religiões. É o caso das religiões da Ayauasca (Santo Daime, União do Vegetal e Barquinha) e das religiões afro-brasileiras, como o Candomblé, o Batuque, o Xangô, a Quimbanda e a Umbanda, que foram implantadas nos países do Mercosul, da América do Norte e da Europa, por agentes religiosos brasileiros dessas religiões.Mas são, como disse, sobretudo algumas igrejas brasileiras do campo pentecostal que foram mais longe no processo de deslocamento para o exterior. Vale esclarecer que não estamos falando de missionários brasileiros no exterior, das igrejas católica ou evangélicas históricas, e mesmo pentecostal tradicional, como a Assembléia de Deus, que deixam o país para cumprir o ministério em organizações e instituições religiosas homólogas já existentes em países que os acolhem. Nos casos acima mencionados, trata-se de agentes religiosos brasileiros, representantes de igrejas e religiões brasileiras, que se instalam no exterior para abrir um novo mercado religioso, ingressando, assim, num campo de competição com as outras igrejas e religiões locais para lograr atrair fiéis à sua oferta religiosa.
Resumo Este artigo versa sobre uma ampla polêmica gerada pela apresentação na Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, no início de 2015, de um projeto de lei, proposto por uma deputada evangélica e ativista na defesa dos direitos dos animais. Fundamentalmente, o projeto visava proibir o sacrifício de animais pelas religiões afro-brasileiras no estado do Rio Grande do Sul. O texto retoma e atualiza as disputas e debates gerados por um projeto semelhante apresentado há dez anos neste mesmo Estado. Ambos possuem a recorrência de terem sido propostos por legisladores declaradamente evangélicos e visarem a interdição da imolação de animais nas religiões afro-riograndenses. São analisados os discursos e argumentos acionados pelos atores sociais defensores e contrários ao projeto, o que coloca em confronto não apenas concepções cosmológicas distintas, mas também diferentes entendimentos acerca da liberdade religiosa no Brasil.
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