Resumo Este artigo versa sobre uma ampla polêmica gerada pela apresentação na Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, no início de 2015, de um projeto de lei, proposto por uma deputada evangélica e ativista na defesa dos direitos dos animais. Fundamentalmente, o projeto visava proibir o sacrifício de animais pelas religiões afro-brasileiras no estado do Rio Grande do Sul. O texto retoma e atualiza as disputas e debates gerados por um projeto semelhante apresentado há dez anos neste mesmo Estado. Ambos possuem a recorrência de terem sido propostos por legisladores declaradamente evangélicos e visarem a interdição da imolação de animais nas religiões afro-riograndenses. São analisados os discursos e argumentos acionados pelos atores sociais defensores e contrários ao projeto, o que coloca em confronto não apenas concepções cosmológicas distintas, mas também diferentes entendimentos acerca da liberdade religiosa no Brasil.
O presente trabalho visa a contribuir para uma perspectiva nacional da problemática acerca da imbricação entre religião e política durante o processo eleitoral de 2016 nas capitais brasileiras. O texto possui um caráter expositivo comparativo buscando privilegiar a apresentação dos dados, acompanhados de uma breve análise. Desta forma, procuramos delimitar algumas especificidades deste processo em cada região, estado e município analisado, assim como explicitar a presença do religioso como elemento de mobilização e constituição de uma plataforma eleitoral, tanto na disputa por cargos executivos como para os legislativos municipais. Para efeitos gerais, foram considerados todos os candidatos que, de alguma forma, acionaram o seu pertencimento religioso, de forma direta ou indireta, os quais denominamos como religiosos políticos, além dos candidatos ao executivo que buscaram apoio junto aos segmentos religiosos.
Resumo: Este texto efetua um balanço das relações entre religião e política nas eleições de 2014 no Rio Grande do Sul. Mais especificamente, analisa as aproximações dos candidatos ao executivo estadual com segmentos religiosos, notadamente os evangélicos, bem como as candidaturas de indivíduos que acionaram seus vínculos religiosos na disputa de vagas para a câmara federal e o legislativo estadual. Por fim, será realizada uma breve análise comparativa entre os pleitos de 2010 e 2014 no que se refere às imbricações entre religião e política.
Palavras-chave:Religião; Política; Rio Grande do Sul; Eleições 2014.Abstract: This paper evaluates the relationship between religion and politics in the 2014 elections in Rio Grande do Sul. More specifically, it analyzes the approaches of candidates for the state executive toward religious segments, particularly evangelicals. It also analyzes the candidacy from individuals who triggered their religious ties in the dispute for vacancies in the chamber of deputies and the state legislature. Finally, it holds a brief comparative analysis of the 2010 and 2014 elections, regarding to the overlapping of religion and politics.
Este artigo busca analisar a presença de agentes religiosos no espaço público em um processo de conflito dialógico no qual cristão e afrorreligiosos (mas não apenas estes) ocupam as ruas, disputando espaços e significados de suas respectivas identidades. A breve análise teórica apresentada constitui uma primeira aproximação a este objeto singular, a saber, a Marcha Estadual Pela Vida e Liberdade Religiosa e a Marcha para Jesus em Porto Alegre/RS. O foco recairá na noção do público enquanto espaço de disputas ou controvérsias, que mobilizam diferentes formas de estar e fazer público, assim como mobiliza discursos direcionados a um público específico.
Este é um artigo de acesso aberto, licenciado por Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), sendo permitidas reprodução, adaptação e distribuição desde que o autor e a fonte originais sejam creditados. Resumo Este artigo versa sobre a relação entre a capoeira angola e as religiões afro-brasileiras. Trata-se de um texto resultante de uma etnografia realizada junto a um grupo de capoeira angola de Porto Alegre, no qual é analisada a relação dos capoeiristas com o meio afro-religioso. Veremos que essa relação é bastante significativa, chegando a ponto de definir o significado de ser angoleiro. O argumento central baseia-se na premissa de que as práticas e os valores cultivados nessa arte devem muito à sua ligação com a religiosidade afrocêntrica, e que o afastamento desta última levaria, consequentemente, a uma descaracterização do que hoje é conhecido como capoeira angola.
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