Uma forte convergência para os estudos da neurociência é registrada nos últimos anos em várias áreas do conhecimento. Neste cenário, as pesquisas aqui tratadas estão centradas na aplicação da neurociência em estudos de atividades humanas (neuroergonomia), desenvolvidas no interior de ambientes construídos que despertam sensações e emoções em seus usuários (neuroarquitetura), preocupados também com a inclusão de pessoas com deficiência no uso de espaços (neuroacessibilidade). O objetivo é identificar a adequação de forte conjugação de ferramentas e a sua pertinência nesta linha de abordagem ergonômica. Como resultados, entende-se a associação da utilização da técnica de Eletroencefalografia à Realidade Virtual em espaços residenciais com usuários idosos como elemento inovador e com potencial para as investigações do ambiente construído do ponto de vista ergonômico. Na condução da pesquisa de trajetos urbanos por pessoas cegas com auxílio de Tecnologias Assistivas, os resultados das gravações de EEG apontam ativações de áreas cerebrais por ondas que indicam reações de tranquilidade, atenção e ansiedade, perfeitamente associáveis ao momentos e situações vivenciadas. Embora contando com poucos resultados, os trabalhos indicam a abertura de um leque de possibilidades de novas pesquisas com caráter de ineditismo de alta relevância.
Elaborado por Maurício Amormino Júnior -CRB6/2422O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores.2019 Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
O mercado do turismo a nível nacional tem, nas últimas décadas, se destacado em sua contribuição ao desenvolvimento social e econômico do país, com o aumento do número de turistas estrangeiros, melhoria da infraestrutura e pelo fato de ter sediado megaeventos, colocando o Brasil no centro das atenções mundiais. Este avanço do setor trouxe a necessidade de expansão e diversificação dos serviços ofertados, criando novos segmentos que se adequem às necessidades de cada público. Surgem novos tipos de turismo como o turismo de aventura, urbano, de megaeventos, ecoturismo. Essa diversificação trouxe também o aumento da criação de meios de hospedagem alternativos. O objetivo deste artigo é fomentar discussões acerca do turismo acessível e de um meio alternativo de hospedagem, o hostel, de custo mais baixo e espacialmente acessível, de forma a possibilitar o turismo a um maior número de pessoas. Para tanto, procurou-se investigar inicialmente a filosofia dos hostels por meio de Revisão de Literatura, de forma a trazer elementos que possam contribuir na produção de espaços de hospedagem acessíveis que se relacionam com o meio em que se insere. Tendo como recorte espacial de estudo, a Praia do Pontal do Maceió em Fortim no Ceará que vem, nos últimos anos, se desenvolvendo economicamente e apresentando um rápido crescimento no número de opções de hospedagem tanto de custos elevados como alternativos. Arquitetura. Hostel. Turismo. Acessibilidade.
Acessibilidade, Espaço público, Praça acessível. Este trabalho refere-se à acessibilidade no espaço público, tendo como objetivo verificar o nível da produção desse espaço construído em face das exigências de um mundo diversificado. Nesse contexto, o artigo a presenta resultados de pesquisa sobre acessibilidade tendo como território de análise as praças públicas de quatro bairros de Fortaleza.
O direito de transitar pela cidade com segurança é manifesto a todas as pessoas, sendo assegurado pela Constituição Federal de 1988. Nesse contexto, a mobilidade urbana e uma acessibilidade de qualidade nos equipamentos e serviços de transporte público coletivo são considerados fatores imprescindíveis para a garantia do direito de ir e vir e o acesso à cidade das pessoas com deficiência. Em vista disso, partindo da inquietação sobre os modos de deslocamento da população com deficiência, este trabalho tem como objetivo principal realizar uma análise das condições de acesso e acessibilidade espacial de Pessoas com Deficiência Visual (PcDV) às estações do metrô de Fortaleza e os seus entornos, como forma de compreender o panorama atual de acesso e dos parâmetros da acessibilidade espacial para inclusão dessa população no sistema metroviário, tendo como recorte espacial a Linha Sul do metrô de Fortaleza. Para este estudo, foi realizada uma análise comparativa utilizando-se da ferramenta de sobreposição de mapas, no qual foi verificado o alcance das estações da Linha Sul do metrô em relação a localização de habitações de Pessoas com Deficiência Visual e analisadas as condições de acessibilidade em busca de entender a possibilidade de se locomover com segurança por meio da mobilidade ativa, no caso, através da caminhada.
Um novo cenário, no que tange à inclusão, se apresenta com a sanção da Lei nº 13.409 de 28 de dezembro de 2016 que estabelece reservas de vagas para pessoas com deficiência nos cursos de nível superior das instituições federais, repercutindo em um considerável aumento destas matrículas. Neste contexto, a presente pesquisa questiona se os espaços destas instituições estariam preparados para receber estes estudantes. A pesquisa se insere na temática da acessibilidade espacial em espaços universitários, tendo como estudo de caso o campus universitário do Pici na UFC, situado em Fortaleza, com objetivo de avaliar a infraestrutura e seus rebatimentos no acolhimento de estudantes com deficiência. A pesquisa de campo fundamenta-se em metodologias empíricas e qualitativas sob três diferentes perspectivas: "Walktrough exploratória" (RHEINGANTZ et al, 2009) por meio da observação do campus, "Avaliação técnico-funcional" (ORNSTEIN, ROMERO 1992) com base nos parâmetros estabelecidos na NBR9050/2015, NBR16537/2016, Decreto 5.296/2004, entre outros, e por fim, "Passeio acompanhado" (DISCHINGER, 2000) a partir da percepção de estudantes com deficiência. Os resultados apresentam a atual conjuntura de uma IFES diante dos desafios para garantir o acesso destes estudantes e algumas recomendações para reforma e construção de campi acessíveis.
A inesperada situação de pandemia do Coronavirus tem mudado hábitos, pois a vida urbana foi substituída pelo dia-a-dia na residência, levando a população ao confinamento e à convivência com situações improvisadas para o desenvolvimento de diversas tarefas no ambiente familiar. Para além desse contexto, a literatura aponta inadequações da habitação para populações de baixa renda, geralmente em relação a questões do design de ambientes, como reflexo do dimensionamento reduzido. Com a pandemia tais questões migraram das habitações de interesse social e se instalam nos apartamentos de classe média, colocando em lados opostos os argumentos dos pesquisadores/especialistas frente ao poder do mercado imobiliário (que busca aproveitamento máximo de cada metro quadrado dos empreendimentos). Tratando de uma forma diferenciada de habitar, este artigo objetiva analisar residências universitárias sob a ótica da ergonomia aplicada aos ambientes, tendo recortado os dormitórios para o estudo das características do seu design quanto às dimensões, layout e usabilidade. O texto elenca aspectos positivos e negativos desses espaços, num momento em que se destaca a necessidade de reduzir o contato físico entre as pessoas. O trabalho aborda o problema de forma qualitativa, adotando o estudo multicasos definido a partir de uma amostra intencional, conforme o interesse da pesquisa. Ao final constata-se a restrição e inadequação na maioria dos espaços dos dormitórios estudantis analisados.
As ferramentas de tecnologia assistiva, informação e comunicação têm se configurado como fortes aliadas para o incremento da mobilidade urbana no cotidiano dos cegos. Nesta direção, este artigo apresenta uma Revisão Sistemática de Literatura (RSL), que objetivou identificar metodologias, ferramentas e métodos utilizados para melhorar e facilitar os deslocamentos dessas pessoas. A pesquisa foi realizada na base de Periódico da CAPES (Scopus, Springer e Web of Science), buscando os artigos dos últimos 5 anos em idiomas inglês e português, tendo como palavras-chave: blind (cegos), tactile maps (mapas táteis), app mobility (aplicativo de mobilidade), mobility (mobilidade), spatial orientation (orientação espacial). Com a combinação destes termos, chegou-se ao total de 8 strings de busca. Assim, foram encontrados 38.492 artigos, os quais passaram por sucessíveis análises e seleções, concluindo em 12 artigos relevantes. Os resultados encontrados foram satisfatórios, pois apontaram para a importância da temática em questão, ratificando diversas pesquisas que objetivam corroborar para o desenvolvimento da mobilidade de cegos com as ferramentas estudadas. PALAVRAS-CHAVE: cegos; mobilidade; mapas táteis; aplicativo de mobilidade; orientação espacial ABSTRACT Assistive technology, information and communication tools have been configured as strong allies to increase urban mobility in the daily lives of the blind. In this direction, this study aims to conduct a systematic literature review (RSL) to identify methodologies, tools and methods used with this theme. The research was conducted in the CAPES journal (Scopus, Springer and Web of science), searching the articles of the last 5 years in English and Portuguese. Keywords were used: blind, tactile maps, app IX Seminário Brasileiro de Acessibilidade Integral. Natal, 13-15/maio/2020 mobility, mobility, spatial orientation. By combining these terms, we reached eight search strings. Thus, 38,492 articles were found, which underwent successive analyzes and selections, culminating in 12 articles. The results were satisfactory, as they pointed to the importance of the theme in question, confirming several researches that aim to corroborate the development of blind mobility with the studied tools.
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