Recebido em 6/11/00; aceito em 25/7/01 MEDICINAL PLANTS: THE NEED FOR MULTIDISCIPLINARY SCIENTIFIC STUDIES. This paper presents a program emphasizing ethnopharmacological approaches that could allow great success in the study of medicinal plants. The minimum ethnopharmacological research team should consist of a botanist, a chemist and a pharmacologist with each carrying the responsibility for answering in sequential fashion critical questions. The chemical composition and pharmacological properties of the very efficient medicinal plant Croton cajucara were investigated according to ethnopharmacological approaches. The study with this Croton proved to be both efficient and successful. This happy situation was only possible because a multidisciplinary team was involved getting the research done correctly. The ethnopharmacological study involving one other especies Copaifera will be cited.Keywords: ethnopharmacology; phytochemistry; Croton cajucara; Copaifera. INTRODUÇÃOO conhecimento sobre plantas medicinais simboliza muitas vezes o único recurso terapêutico de muitas comunidades e grupos étnicos. O uso de plantas no tratamento e na cura de enfermidades é tão antigo quanto a espécie humana. Ainda hoje nas regiões mais pobres do país e até mesmo nas grandes cidades brasileiras, plantas medicinais são comercializadas em feiras livres, mercados populares e encontradas em quintais residenciais. Na região Amazônica foram catalogadas em duas comunidades que vivem nas margens da Baía de Marajó-PA, 260 plantas entre nativas e cultivadas; 1200 são comercializadas no mercado Ver-o-peso, em Belém-PA; outras 242 espécies são cultivadas em quintais residenciais, em Belém 1,2 . As observações populares sobre o uso e a eficácia de plantas medicinais contribuem de forma relevante para a divulgação das virtudes terapêuticas dos vegetais, prescritos com frequência, pelos efeitos medicinais que produzem, apesar de não terem seus constituintes químicos conhecidos. Dessa forma, usuários de plantas medicinais de todo o mundo, mantém em voga a prática do consumo de fitoterápicos, tornando válidas informações terapêuticas que foram sendo acumuladas durante séculos. De maneira indireta, este tipo de cultura medicinal desperta o interesse de pesquisadores em estudos envolvendo áreas multidiciplinares, como por exemplo botânica, farmacologia e fitoquímica, que juntas enriquecem os conhecimentos sobre a inesgotável fonte medicinal natural: a flora mundial.Este artigo focaliza duas das mais importantes plantas medicinais brasileiras da atualidade: Croton cajucara Benth, uma euforbiácea, muito utilizada na medicina popular da região Amazônica, cujo uso vem sendo difundido por todo o país. Esta planta é encontrada em diferentes formulações nas farmácias de produtos naturais do Sudeste; e Copaifera L. (Leguminosae-Caesalpinoideae) cujo óleo, conhecido popularmente como óleo de copaíba, pode ser encontrado à venda em quase todas as feiras livres, mercados populares, ervanários e farmácias de produtos naturais de todo o país.O artigo exemplifica ...
Copaiba oleoresins are exuded from the trunks of trees of the Copaifera species (Leguminosae-Caesalpinoideae). This oleoresin is a solution of diterpenoids, especially, mono- and di-acids, solubilized by sesquiterpene hydrocarbons. The sesquiterpenes and diterpenes (labdane, clerodane and kaurane skeletons) are different for each Copaifera species and have been linked to several reported biological activities, ranging from anti-tumoral to embriotoxic effects. This review presents all the substances already described in this oleoresin, together with structures and activities of its main terpenoids.
This paper reviews the recent literature on synergism, adulteration and risks of using medicinal plants. The use of copaiba and sacaca plants as well as their adulteration and side effects, are also described. In addition, the new regulations on phytotherapeutic registration in Brazil and Europe are discussed.
The antimicrobial activity of copaiba oils was tested against Gram-positive and Gram-negative bacteria, yeast, and
INTRODUÇÃOOs trabalhos realizados sobre o gênero Copaifera L. estão, em sua maioria, relacionados com o óleo que é exudado do tronco destas árvores, o óleo de copaíba, facilmente encontrado na região tropical da América Latina. Desde os primeiros anos do descobrimento do Brasil, o óleo de copaíba vem sendo indicado para diversos fins, farmacológicos ou não.Por sua ampla utilização, muitos estudos foram realizados sobre este gênero, abordando suas diversas aplicações. Apesar dos mais de 200 trabalhos publicados em diversas línguas, muitos dados sobre a composição química e atividade farmacológica do óleo de copaíba são contraditórios. Há equívocos desde a identificação botânica até a composição química dos óleos de copaíba, que são também freqüentemente misturados a outros óleos e adulterados.É, portanto, objetivo deste trabalho realizar uma revisão sobre o gênero Copaifera L., abordando sua história, química e farmacologia. CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA, DISTRIBUIÇÃO DO GÊNERO Copaifera E O ÓLEO DE COPAÍBAA nomenclatura botânica segue, como norma, os nomes mais antigos dados às plantas. Em alguns casos, entretanto, são feitas exceções frente à utilização corrente de outros nomes. Uma destas exceções está nas leguminosas, cujo nome mais antigo é Faba, mas Fabaceae Lindley dá lugar a Leguminosae Juss., na nomenclatura desta que é uma das mais importantes famílias botânicas. A classificação mais moderna da família Leguminosae a divide em três subfamílias: Caesalpinoideae, Mimosoideae e Papilionoideae (ou Faboideae) 1 . Por esta classificação, que segue o sistema de Engler, o gênero Copaifera L. pertence à família Leguminosae Juss., sub-família Caesalpinoideae Kunth. Segundo outro sistema de classificação, o de Cronquist, o gênero Copaifera L. pertence à família Caesalpiniaceae R.Br. A classificação apenas como Fabaceae também é encontrada em alguns livros 2,3 .Muitos botânicos e cronistas que estiveram nas Índias Ocidentais e na América no início da colonização descreveram espécies do gênero Copaifera. Em 1628, MarcGrave e Piso descreveram os aspectos morfológicos da planta, empregando o termo "Copaiba" sem designar espécies 4 . Mais tarde verificou-se, através dos caracteres descritos pelos dois cronistas, que a espécie estudada foi a Copaifera martii 5 . Em 1760, Jacquin 6 descreveu em detalhes a primeira Copaifera como Copaiva officinalis Jacq. mas, como não possuía o fruto, baseou sua descrição nos aspectos do fruto da espécie estudada por MarcGrave e Piso. Somente dois anos depois, o cientista sueco Carl von Linneu descreveu corretamente a Copaifera officinalis 7 , assumindo a descrição oficial do gênero Copaifera L.Em 1825, Hayne 8 publicou uma monografia com oito novas espécies de Copaifera que, apesar de um pouco confusa em vista do conhecimento atual, constituiu o mais importante tratado de descrição do gênero e serviu como base para estudos como o de Bentham, no Flora Brasiliensis, realizado durante a expedição com o naturalista von Martius 9 , em 1870.Os trabalhos mais recentes de descrição de novas espécies fo...
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.