A importância da produção de biodiesel, nos últimos cinco anos, é apresentada a partir de artigos científicos publicados e patentes depositadas. Foi realizada uma análise crítica sobre as fontes oleaginosas mais utilizadas como matéria-prima para produção de biodiesel, os catalisadores e os métodos de acompanhamento da reação de transesterificação. Também foram avaliados estudos comparativos entre emissões de diesel fossil e misturas, em várias proporções, com biodiesel. Finalmente, foram indicados desafios enfocando aspectos tecnológicos, agronômicos e de infraestrutura para produção de biodiesel.The importance of biodiesel production was analyzed based on scientific articles and patents. A critical analysis was presented on the most used oil sources, the catalysts and the methods to verify the transesterification yields. Also analyzed were the comparative studies on emissions from pure fossil diesel and mixtures with biodiesel in variable proportions. Finally some challenges and considerations focused on technological, agronomic and infrastructure aspects of biodiesel production were indicated.
Isatinas (1H-indol-2,3-diona) são compostos de grande versatilidade sintética, podendo ser utilizados na obtenção de diversos sistemas heterociclos, como derivados indólicos e quinolínicos, o que as tornam importantes matérias-primas na síntese de fármacos. Isatinas também têm sido detectadas em tecidos de mamíferos, o que tem despertado o interesse em seu estudo como moduladores em diversos processos bioquímicos. Os avanços na aplicação de isatinas em síntese orgânica, bem como na compreensão de seus efeitos biológicos e farmacológicos nos últimos vinte e cinco anos encontram-se relatados nesta revisão e seus respectivos materiais suplementares.Isatins (1H-indole-2,3-dione) are synthetically versatile substrates, where they can be used for the synthesis of a large variety of heterocyclic compounds, such as indoles and quinolines, and as raw material for drug synthesis. Isatins have also been found in mammalian tissue and their function as a modulator of biochemical processes has been the subject of several discussions. The advances in the use of isatins for organic synthesis during the last twenty-five years, as well as a survey of its biological and pharmacological properties are reported in this review and in the accompanying supplementary information.
Recebido em 6/11/00; aceito em 25/7/01 MEDICINAL PLANTS: THE NEED FOR MULTIDISCIPLINARY SCIENTIFIC STUDIES. This paper presents a program emphasizing ethnopharmacological approaches that could allow great success in the study of medicinal plants. The minimum ethnopharmacological research team should consist of a botanist, a chemist and a pharmacologist with each carrying the responsibility for answering in sequential fashion critical questions. The chemical composition and pharmacological properties of the very efficient medicinal plant Croton cajucara were investigated according to ethnopharmacological approaches. The study with this Croton proved to be both efficient and successful. This happy situation was only possible because a multidisciplinary team was involved getting the research done correctly. The ethnopharmacological study involving one other especies Copaifera will be cited.Keywords: ethnopharmacology; phytochemistry; Croton cajucara; Copaifera. INTRODUÇÃOO conhecimento sobre plantas medicinais simboliza muitas vezes o único recurso terapêutico de muitas comunidades e grupos étnicos. O uso de plantas no tratamento e na cura de enfermidades é tão antigo quanto a espécie humana. Ainda hoje nas regiões mais pobres do país e até mesmo nas grandes cidades brasileiras, plantas medicinais são comercializadas em feiras livres, mercados populares e encontradas em quintais residenciais. Na região Amazônica foram catalogadas em duas comunidades que vivem nas margens da Baía de Marajó-PA, 260 plantas entre nativas e cultivadas; 1200 são comercializadas no mercado Ver-o-peso, em Belém-PA; outras 242 espécies são cultivadas em quintais residenciais, em Belém 1,2 . As observações populares sobre o uso e a eficácia de plantas medicinais contribuem de forma relevante para a divulgação das virtudes terapêuticas dos vegetais, prescritos com frequência, pelos efeitos medicinais que produzem, apesar de não terem seus constituintes químicos conhecidos. Dessa forma, usuários de plantas medicinais de todo o mundo, mantém em voga a prática do consumo de fitoterápicos, tornando válidas informações terapêuticas que foram sendo acumuladas durante séculos. De maneira indireta, este tipo de cultura medicinal desperta o interesse de pesquisadores em estudos envolvendo áreas multidiciplinares, como por exemplo botânica, farmacologia e fitoquímica, que juntas enriquecem os conhecimentos sobre a inesgotável fonte medicinal natural: a flora mundial.Este artigo focaliza duas das mais importantes plantas medicinais brasileiras da atualidade: Croton cajucara Benth, uma euforbiácea, muito utilizada na medicina popular da região Amazônica, cujo uso vem sendo difundido por todo o país. Esta planta é encontrada em diferentes formulações nas farmácias de produtos naturais do Sudeste; e Copaifera L. (Leguminosae-Caesalpinoideae) cujo óleo, conhecido popularmente como óleo de copaíba, pode ser encontrado à venda em quase todas as feiras livres, mercados populares, ervanários e farmácias de produtos naturais de todo o país.O artigo exemplifica ...
Around the world, there is a growing increase in biofuels consumption, mainly ethanol and biodiesel as well as their blends with diesel that reduce the cost impact of biofuels while retaining some of the advantages of the biofuels. This increase is due to several factors like decreasing the dependence on imported petroleum; providing a market for the excess production of vegetable oils and animal fats; using renewable and biodegradable fuels; reducing global warming due to its closed carbon cycle by CO2 recycling; increasing lubricity; and reducing substantially the exhaust emissions of carbon monoxide, unburned hydrocarbons, and particulate emissions from diesel engines. However, there are major drawbacks in the use of biofuel blends as NOx tends to be higher, the intervals of motor parts replacement such as fuel filters are reduced and degradation by chronic exposure of varnish deposits in fuel tanks and fuel lines, paint, concrete, and paving occurs as some materials are incompatible. Here, fuel additives become indispensable tools not only to decrease these drawbacks but also to produce specified products that meet international and regional standards like EN 14214, ASTM D 6751, and DIN EN 14214, allowing the fuels trade to take place. Additives improve ignition and combustion efficiency, stabilize fuel mixtures, protect the motor from abrasion and wax deposition, and reduce pollutant emissions, among other features. Two basic trends are becoming more relevant: the progressive reduction of sulfur content and the increased use of biofuels. Several additives' compositions may be used as long as they keep the basic chemical functions that are active.
This paper reviews the recent literature on synergism, adulteration and risks of using medicinal plants. The use of copaiba and sacaca plants as well as their adulteration and side effects, are also described. In addition, the new regulations on phytotherapeutic registration in Brazil and Europe are discussed.
The antimicrobial activity of copaiba oils was tested against Gram-positive and Gram-negative bacteria, yeast, and
INTRODUÇÃOO Brasil, com a grandeza de seu litoral, de sua flora e, sendo o detentor da maior floresta equatorial e tropical úmida do planeta, não pode abdicar de sua vocação para os produtos naturais. A Quí-mica de Produtos Naturais (QPN) é, dentro da Química brasileira, a área mais antiga e a que, talvez ainda hoje, congregue o maior núme-ro de pesquisadores.Para facilitar a compreensão do texto e melhor situá-lo no contexto da QPN brasileira, julgou-se apropriado descrever alguns marcos históricos na evolução dessa área, sem a pretensão de hierarquizar estes marcos, mesmo porque a simples escolha e definição de limites depende do autor da escolha e por isso é sempre um ato pessoal e muitas vezes até arbitrário.Os primeiros médicos portugueses que vieram para o Brasil, diante da escassez, na colônia, de remédios empregados na Europa, muito cedo foram obrigados a perceber a importância dos remédios indígenas. Os viajantes sempre se abasteciam destes remédios antes de excursionarem por regiões pouco conhecidas. Os primeiros cronistas da história brasileira, para citar apenas dois, foram: Pero de Magalhães Gândavo que escreveu "História da Província de Santa Cruz (a que vulgarmente chamamos Brasil)" em 1576, e Gabriel Soares de Souza, o autor de "Tratado Descritivo do Brasil", de 1587. Este último denominava os produtos medicinais utilizados pelos ín-dios de "as árvores e ervas da virtude" 1 . Além dos remédios naturais usados na terapêutica médica, não se pode deixar de mencionar o corante extraído da árvore do paubrasil, o principal produto de exportação da colônia durante mais de dois séculos, e um dos motivos para a colonização do Brasil pelos portugueses 2 . Quando Portugal começou a perder suas fontes de especiarias, na Índia e na Ásia, que foram passando para as mãos de ingleses e holandeses, iniciou-se no Brasil a corrida às especiarias do sertão -canela, baunilha, cravo, anil, raízes aromáticas, urucum, puxurí, salsa, sementes oleaginosas, madeiras etc... Em 1793, só de anil, foram exportadas 1400 arrobas para Portugal 3 .A vinda da Corte Real para o Brasil, em 1808, e o decreto de D. João VI que abriu os portos brasileiros às nações amigas pode ser considerado como um dos primeiros marcos históricos oficiais na ciência brasileira, porque foi a partir deste decreto que começaram a chegar ao País as primeiras expedições científicas, cujo principal objetivo era dar conhecimento aos europeus da exuberância de nossa fauna e de nossa flora. A maioria dos naturalistas destas expedições vieram com a incumbência de coletar espécimes de animais e de plantas para os museus europeus. Não se pode, entretanto, deixar de mencionar que a Europa já tinha conhecimento, há muito tempo, de plantas medicinais brasileiras, através da obra "Historia Naturalis Brasiliae". Três homens foram responsáveis pelo conteúdo do livro: Georg Marcgrave, originário da Alemanha, mas tendo estudado em Leiden; Johannes de Laet, que editou a contribuição de Marcgrave e acrescentou comentários próprios, e o médico de Maurício de Nassau, Willem ...
INTRODUÇÃOOs trabalhos realizados sobre o gênero Copaifera L. estão, em sua maioria, relacionados com o óleo que é exudado do tronco destas árvores, o óleo de copaíba, facilmente encontrado na região tropical da América Latina. Desde os primeiros anos do descobrimento do Brasil, o óleo de copaíba vem sendo indicado para diversos fins, farmacológicos ou não.Por sua ampla utilização, muitos estudos foram realizados sobre este gênero, abordando suas diversas aplicações. Apesar dos mais de 200 trabalhos publicados em diversas línguas, muitos dados sobre a composição química e atividade farmacológica do óleo de copaíba são contraditórios. Há equívocos desde a identificação botânica até a composição química dos óleos de copaíba, que são também freqüentemente misturados a outros óleos e adulterados.É, portanto, objetivo deste trabalho realizar uma revisão sobre o gênero Copaifera L., abordando sua história, química e farmacologia. CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA, DISTRIBUIÇÃO DO GÊNERO Copaifera E O ÓLEO DE COPAÍBAA nomenclatura botânica segue, como norma, os nomes mais antigos dados às plantas. Em alguns casos, entretanto, são feitas exceções frente à utilização corrente de outros nomes. Uma destas exceções está nas leguminosas, cujo nome mais antigo é Faba, mas Fabaceae Lindley dá lugar a Leguminosae Juss., na nomenclatura desta que é uma das mais importantes famílias botânicas. A classificação mais moderna da família Leguminosae a divide em três subfamílias: Caesalpinoideae, Mimosoideae e Papilionoideae (ou Faboideae) 1 . Por esta classificação, que segue o sistema de Engler, o gênero Copaifera L. pertence à família Leguminosae Juss., sub-família Caesalpinoideae Kunth. Segundo outro sistema de classificação, o de Cronquist, o gênero Copaifera L. pertence à família Caesalpiniaceae R.Br. A classificação apenas como Fabaceae também é encontrada em alguns livros 2,3 .Muitos botânicos e cronistas que estiveram nas Índias Ocidentais e na América no início da colonização descreveram espécies do gênero Copaifera. Em 1628, MarcGrave e Piso descreveram os aspectos morfológicos da planta, empregando o termo "Copaiba" sem designar espécies 4 . Mais tarde verificou-se, através dos caracteres descritos pelos dois cronistas, que a espécie estudada foi a Copaifera martii 5 . Em 1760, Jacquin 6 descreveu em detalhes a primeira Copaifera como Copaiva officinalis Jacq. mas, como não possuía o fruto, baseou sua descrição nos aspectos do fruto da espécie estudada por MarcGrave e Piso. Somente dois anos depois, o cientista sueco Carl von Linneu descreveu corretamente a Copaifera officinalis 7 , assumindo a descrição oficial do gênero Copaifera L.Em 1825, Hayne 8 publicou uma monografia com oito novas espécies de Copaifera que, apesar de um pouco confusa em vista do conhecimento atual, constituiu o mais importante tratado de descrição do gênero e serviu como base para estudos como o de Bentham, no Flora Brasiliensis, realizado durante a expedição com o naturalista von Martius 9 , em 1870.Os trabalhos mais recentes de descrição de novas espécies fo...
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.