Na abordagem do dinamismo de um determinado problema social, há várias técnicas de análise, dentre elas, a técnica de Análise de Conteúdo de Laurence Bardin. Neste artigo, abordamos a técnica análise de conteúdo em pesquisas qualitativas, sob a teoria desenvolvida por Bardin (2004, 2010, 2011), combinada com o modo como essa técnica foi aplicada na pesquisa de campo realizada por (SOUSA, 2019). É destacada a contextualização do estudo, o passo a passo da técnica e as particularidades de cada fase, essenciais para validação e aplicação da análise de conteúdo na pesquisa. Espera-se contribuir para esclarecer peculiaridades dessa técnica e demostrar seu modo de fazer na pesquisa qualitativa.
Este ensaio tem como objetivo trazer reflexões e desafios sobre a formaç ão na ética em pesquisa na Computação envolvendo humanos. O tema é apresentado tanto no contexto geral, como no contexto específico da Computação.
Ao longo da sua história, a Educação do Campo resiste a um contexto de descaso social e negação do poder público. Em meio a fragilidades e desafios, jovens e adultos egressos de escolas do campo conseguem transpor as barreiras e alcançar o êxito acadêmico, chegando ao Ensino Superior. Neste artigo, objetiva-se discutir a trajetória escolar de estudantes universitários com atuação no PIBID, egressos da escola do campo, resultado de uma pesquisa de campo, descritiva e exploratória e de abordagem qualitativa, realizada por meio da entrevista semiestruturada com cinco estudantes universitários bolsistas do PIBID da UERN/Campus Pau dos Ferros. Dos resultados, destacam-se o encontro com a docência, que foi ganhando espaço na formação, com a oportunidade do PIBID, desempenho satisfatório nas atividades formativas do curso e melhoria do ensino nas escolas e superação de dificuldades ao longo da trajetória escolar. Conclui-se que o campo se apresenta para os entrevistados como um palco de suas memórias, vivências ao longo de suas trajetórias escolares, sendo o PIBID, um programa que possibilitou a permanência no curso e lhes ampliou as expectativas e projeções futuras de prolongamento dos estudos de alunos universitários egressos da escola do campo. PALAVRAS-CHAVE: Escola do Campo. PIBID. Prolongamento dos Estudos.
O caminho até uma educação capaz de romper com uma perspectiva de inferiorização e isolamento da escola do campo tem sido construído com luta e resistência. Este artigo apresenta discussões acerca das experiências e vivências de professores em formação na escola do campo. A pesquisa tem como objetivo refletir sobre as problemáticas da escola do campo a partir de narrativas autobiográficas escritas por professores em formação, discentes do curso de Pedagogia do Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR/UERN). Metodologicamente, este estudo se situa na abordagem de pesquisa qualitativa, tendo como fonte e método de pesquisa as narrativas autobiográficas produzidas por alunos do PARFOR. As narrativas que constituem apontam os desafios que permeiam a escola do campo, que, historicamente, teve suas práticas pautadas em uma perspectiva mecanicista de ensino e dissociadas da realidade rural, o que dificulta a construção de uma identidade dos sujeitos com o campo. Além disso, evidenciam o descaso do poder público em relação a esta modalidade de ensino, bem como a necessidade de uma formação específica para os professores que atuam na escola do campo. A disciplina Educação do campo, para além da constituição de um campo de discussão no curso de Pedagogia apresenta-se como uma oportunidade formativa de aprendizagem contextualizada na dinâmica pedagógica da escola do campo. Palavras-chave: Formação Docente. Narrativas Autobiográficas. Educação do Campo. Abstract The path to an education capable of breaking with the perspective of inferiority and isolation of the rural school has been built with struggle and resistance. This article presents discussions about the teachers’ experiences in training in the rural school. The research aims to reflect on the problems of the rural school from autobiographical narrative written by teachers in training, students of the Pedagogy course of the National Program for the Training of Basic Education Teachers (PARFOR/UERN). Methodologically, this study is situated in the qualitative research approach, having as its source and research method the autobiographical narratives produced by PARFOR students. The narratives that make up the memorials point to the challenges that permeate the rural school, which historically had its practices based on a mechanistic perspective of teaching and dissociated from the rural reality, which hinders the construction of an identity between the subjects and the countryside. In addition, they show the government's disregard for this type of education, as well as the need for specific training for teachers who work in rural schools. The field Education in the countryside, in addition to the constitution of a field of discussion in the Pedagogy course, presents itself as a formative learning opportunity contextualized in the pedagogical dynamics of the rural school. Keywords: Teacher Training. Autobiographical Narratives. Rural Education.
O presente estudo investigou o ensino da disciplina de Sociologia no ensino médio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) - Campus Sousa, com destaque para a organização da disciplina no Projeto pedagógico dos cursos integrados ao ensino médio, os conteúdos ensinados e a adoção de recursos pedagógicos nos planos de ensino e diários de classe. Como proposta metodológica, realizou-se uma pesquisa de natureza bibliográfica e documental, através do procedimento de análise dos Projetos Pedagógicos de Curso (PPC’s), dos planos de ensino da disciplina e dos diários do professor de sociologia. Dos resultados, é possível perceber uma preocupação com a contextualização dos conteúdos, de modo a estabelecer conexão com recursos pedagógicos que despertem o interesse dos alunos. Por outro lado, percebe-se a necessidade da instituição pesquisada transpor a interdisciplinaridade do papel para a sala de aula, bem como incentivar a disposição para o trabalho em conjunto entre as disciplinas. Igualmente, colocar-se, de forma engajada, no debate para que a disciplina de Sociologia possa continuar a ser ofertada na educação básica.
Este artigo, de caráter teórico, busca problematizar abordagens conceituais de rompimento com o silenciamento epistêmico no espaço de ensino quanto à cultura e à história afro-brasileiras no espaço escolar, a partir do enfrentamento político-legal. Discute-se o processo de inferiorização social da população negra sob o viés conceitual de racismo proposto por Almeida (2018), ao situá-lo em condições estruturais da sociedade. Como alternativa epistemológica, traz-se a síntese cultural de Paulo Freire (2005) para relacionar o pensamento decolonial ao ensino antirracista. Esses construtos teóricos dão conta de apresentar alternativas para enfrentar a dinâmica do racismo e suas formas de manifestação no espaço escolar. Em reação à quebra de fenômenos que edificaram as situações e as condições do racismo estrutural no Brasil, dispositivos legais como a Lei No 10.639/2003 e a Lei No 11.645/2008 buscam coibir o racismo reproduzido institucionalmente na escola.
A provocação para dialogar sobre os 50 anos do livro Pedagogia do Oprimido comunga com o desafio de pensar a educação brasileira num contexto caracterizado como “tempo de incerteza”, instaurado no país desde 2016. De caráter teórico, discutimos nesse artigo, a pedagogia freriana que se reinventa na dinâmica da realidade social, encontrando inspiração e renovação ao longo dos anos. Uma pedagogia que se alimenta da transformação objetiva da condição de opressão e da ação dos sujeitos sociais sobre o mundo para transformá-lo. Daí, partimos da seguinte pergunta: Quem são os oprimidos hoje? Por ela, enveredamos o texto com reflexões sobre o contexto atual no Brasil e os desafios que se apresentam no “que fazer” como ponto crucial da ação educativa. Dessas reflexões, enfatizamos a atualidade do livro em questão e por que Paulo Freire continua incomodando, ao mesmo tempo que desperta o interesse e o compromisso sócio/político/educativo de educadores e ativistas sociais.
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