O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), instituído em 1998, ganhou notoriedade em 2005 como mecanismo de acesso ao Programa Universidade para Todos (ProUni) e consagrou-se a partir de 2009 como mecanismo de acesso ao Sistema de Seleção Unificado (Sisu), superando 7 (sete) milhões de inscritos em 2013. O presente trabalho analisa, na perspectiva da Taxonomia de Bloom Revisada (TBR), 105 questões de física do Enem aplicadas entre 2009 e 2013, almejando compreender as dimensões do conhecimento e do processo cognitivo da TBR privilegiadas no Exame. Entre as dimensões do conhecimento, destacam-se o conhecimento conceitual (56%), seguido pelo conhecimento procedural (31%), e, entre os processos cognitivos, destacam-se entender (49%) e aplicar (23%), indicando que o exame enfatiza domínios de complexidade intermediários nas dimensões analisadas.
Este trabalho analisa as questões do componente específico das edições do Exame Nacional dos Estudantes (ENADE) para a licenciatura em física, procurando entender a estrutura do Exame através da reconstrução da sua Matriz de Referência (MR). Os aspectos do perfil profissional e os recursos (competências e habilidades) requeridos dos formandos foram extraídos das portarias do Exame, consubstanciadas nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN). As questões foram localizadas na MR para cada edição do exame e, em seguida, as matrizes foram superpostas, possibilitando uma análise da frequência dos perfis e recursos (competências/habilidades) requeridos, os conteúdos (objetos de conhecimento) privilegiados, bem como o índice de facilidade das questões, acordado com o relatório síntese do INEP. Verifica-se, de um lado, a concentração de questões em algumas células da MR e, de outro lado, várias células vazias, indicando a prevalência de certos perfis/recursos, em detrimento de outros. Sobre o nível de dificuldade, a maioria das questões foi percebida pelos alunos como "média" ou "difícil", sendo o ENADE 2011 a edição mais difícil, com 72% dos itens como "difíceis".
Resumo Este artigo estuda questões que envolvem Física nas provas de Ciências da Natureza e suas
Resumo O Ensino Médio pressupõe uma aprendizagem abrangente e significativa dos conteúdos, em que o professor deve valer-se de recursos didáticos disponíveis e adequados à sua prática. Nessa perspectiva, a atividade experimental torna-se um importante instrumento de ensino a ser explorado no estudo da Física, que também pode ser vivenciado pelos alunos por meio do livro didático (LD
A avaliação do Ensino Superior no Brasil é realizada pelo Sistema Nacional de Educação Superior (SINAES), que tem como um de seus indicadores o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE). Neste trabalho foram analisados 120 (cento e vinte) itens objetivos e discursivos das provas ENADE para a Licenciatura em Física, nas edições de 2005, 2008, 2011 e 2014, buscando estudar a sua complexidade pela Taxonomia de Bloom Revisada (TBR). A TBR apresenta uma proposta de classificação bidimensional cruzando uma dimensão do conhecimento, isto é, “o que” o estudante deve saber para resolver a tarefa proposta, com os processos cognitivos envolvidos na resolução da tarefa proposta, refletindo “como” o problema é resolvido. Para a TBR o conhecimento pode ser compreendido nas dimensões: efetivo, conceitual, procedural e metacognitivo, que tratam, respectivamente, de conhecimentos básicos de terminologia, conhecimentos de conceitos, conhecimentos de metodologia procedimental e conhecimentos reflexivos e analíticos sobre a escolha para resolver a tarefa. Os processos cognitivos, apresentados por verbos na TBR, classificam quais habilidades o estudante requer para resolver a tarefa: lembrar, entender, aplicar, analisar, avaliar e criar. Para discriminar as capacidades requeridas nos itens discursivos, foram observados os padrões de respostas divulgados pelo MEC e, nos itens de múltipla escolha, a nossa resolução das questões. Em seguida, os itens foram alocados na tabela bidimensional proposta pela TBR, a qual nos fornece um panorama de cada prova. Observa-se na dimensão do conhecimento que apenas 17 (14%) dos itens avaliados nas quatro edições do exame estão no domínio do conhecimento efetivo, enquanto que 103 (86%) dos itens requerem os domínios do conhecimento conceitual e procedural (procedimental), os quais exigem níveis de maior complexidade. Entende-se tal resultado como compatível com o papel estratégico do ENADE como indicador balizador da qualidade do Ensino Superior Brasileiro. Pretende-se ampliar a atualização de docentes de Física do ensino superior acerca do Exame, possibilitando-lhes refletir sobre os aspectos da cognição envolvidos no ENADE, na perspectiva proposta pela TBR, incorporando seus pressupostos em sua práxis.
ResumoO ensino médio pressupõe uma aprendizagem abrangente e significativa dos conteúdos, no qual o professor deve valer-se de recursos didáticos disponíveis e adequados à sua prática. Nessa perspectiva, a atividade experimental torna-se um importante instrumento de ensino a ser explorado no estudo de Física, que também pode ser vivenciado pelos alunos por meio do livro didático. Este artigo tem a finalidade de analisar as atividades experimentais indicadas nas obras do Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio de 2012 (PNLDEM-2012) nos temas da Física e em categorias definidas nas competências e habilidades dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio: representação e comunicação, investigação e compreensão e contextualização sócio-cultural. Foram confrontadas duas edições do referido Programa, considerando-se os resultados das análises realizadas para as coleções de 2007, bem como os resultados correlatos para as obras do PNLDEM-2012. Em geral, os Programas apresentaram um comportamento similar, em que alguns temas e categorias foram privilegiados com a experimentação. Por fim, essa abordagem quantitativa também mostra que os livros didáticos aprimoraram-se ao incorporar as práticas em seu conteúdo, contribuindo de forma satisfatória aos objetivos educacionais pretendidos pelos professores de Física. Palavras-chave: ensino de física, atividades experimentais, livro didático. ensino médio. Abstract. Experiments in physics textbooks: a comparative analysis of two issues of the PNLD.The high school requires a comprehensive and meaningful learning of the contents, in which the teacher should make use of available teaching resources that are appropriate for his or her practice. From this perspective, the experimental activity becomes an important teaching tool to be exploited in the study of physics, which can also be experienced by students through textbook. This article aims to analyze the experimental activities mentioned in the works of the National Textbook Program for High School 2012 (PNLDEM-2012) in the subjects of Physics and the categories defined in the skills and abilities of the National Curriculum Guidelines for Secondary Education: representation and communication, research and understanding and sociocultural context. Two editions of the program were compared, considering the results of analyzes for the collections of 2007 and the results related to the works of PNLDEM-2012. In general, the programs showed a similar behavior, in which some themes and categories were privileged with experimentation. Finally, this quantitative approach also shows that textbooks are improved, by incorporating practices in content, contributing satisfactorily to the educational goals intended by the teachers of Physics.
Foram pesquisadas quatro décadas de livros didáticos de Física, de 1940 a 1980, no âmbito da história dos conteúdos escolares, procurando caracterizar as propostas de ensino de Física no Brasil, identificando o contexto das políticas educacionais e suas relações com as políticas editoriais. O estudo considera os livros, através de seus autores, seus objetivos educacionais implícitos e explícitos, seus conteúdos específicos e suas propostas de desenvolvimento das atividades pedagógicas. A partir da década de 1940, o mercado editorial de livros didáticos e os autores se concentram em São Paulo, sendo professores de escolas públicas nos primeiros períodos (1940–1950) e professores de cursos preparatórios para o vestibular nas décadas seguintes (1960–1970), muitos deles com livros editados por até 3 (três) décadas. Embora tenham ocorrido no período três reformas educacionais, diferenciando-se por: valorização do pensamento cientifico teórico (década de 1940); alinhamento dos temas da física com as áreas da ciência física e acrescentando em sua formulação a importância do caráter experimental (década de 1950); formação tecnológica e profissional (décadas de 1960/1970), a proposta de ensino de Física concretizada em livros de mesma autoria mudou muito pouco, visando a sua adequação a cada nova demanda legal. Por outro lado, a chegada do PSSC no Brasil representa um marco para o ensino da Física, levando às reflexões que resultaram em projetos de ensino no início dos anos 1970, todos com sede em São Paulo, refletindo formas distintas no desenvolvimento dos conteúdos, desde uma visão mais cultural, com a Física bastante contextualizada e o caráter experimental bastante explorado, até projetos com conteúdos bastante teóricos e conceituais, semelhante ao desenvolvimento dos conteúdos propostos em universidades de formação de físicos ou professores de física. Pode-se dizer que a década de 1970 foi um dos períodos mais ricos em termos de proposições em ensino de física, com diferentes visões de física e de ensino.
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