ResumoO objetivo deste artigo é apresentar os avanços e discutir as críticas em relação à gestão social, além de apresentar contribuições para possível delimitação inicial desse campo de conhecimento, que se entende aqui, está em construção. Foi realizada uma revisão de literatura acerca dos aportes teóricos sobre o tema. São apresentadas e discutidas as principais críticas e elencadas as contribuições para a delimitação do campo. O artigo também aborda a importância do tema e a reconstrução da origem do termo gestão social. Na percepção dos autores deste texto, a gestão social é antitética à gestão estratégica uma vez que a sua preocupação é com o envolvimento de todos no processo de tomada de decisão coletiva; contrária, portanto, à gestão estratégica cujo arcabouço conceitual e instrumental está vinculado a mecanismos decisórios baseados na hierarquia. Em síntese, a gestão social é apresentada como a tomada de decisão coletiva, sem coerção, baseada na inteligibilidade da linguagem, na dialogicidade e no entendimento esclarecido como processo, na transparência como pressuposto e na emancipação enquanto fim último.Palavras-chave: Gestão social. Gestão estratégica. Emancipação. AbstractThe aim of this paper is to present the advances and discuss the critiques of social management, besides presenting possible contributions to the initial delineation of this field of knowledge, what is here understood as being under construction. A review of the literature regarding theoretical contributions to the subject was conducted. The main critiques are presented and discussed and the contributions for the delimitation of the field are listes. The article also Artigo submetido em 15 de março de 2011 e aceito para publicação em 04 de agosto de 2011.
ResumoO objetivo deste ensaio teórico é promover uma reflexão acerca da administração pública brasileira contemporânea sob o enfoque da Teoria N e da Teoria P de Guerreiro Ramos. Após a recuperação dos pressupostos de cada abordagem proposta por Ramos, buscou-se alinhá-las a diferentes teorias de administração pública. A administração pública gerencial, conhecida no âmbito internacional como nova administração pública, foi introduzida no Brasil no governo Fernando Henrique Cardoso por meio da Reforma do Estado. Tal qual foi planejada, a administração pública gerencial caracteriza-se como Teoria N, uma vez que está imbricada pela força da estrutura e pela racionalidade instrumental. Todavia, por esbarrar em características culturais, tais como o autoritarismo, o personalismo e o coronelismo, esse modelo não foi plenamente desenvolvido no Brasil, sendo relativizado em sua aplicação prática. Assim, tornou-se uma hibridização de diversos modelos de gestão, unindo características do patrimonialismo, da burocracia e do gerencialismo, bem como indícios de gestão social. Essa hibridização institui, na verdade, um novo modelo de gerir a coisa pública, formando o que se denomina administração pública tupiniquim, que se figura como uma administração pública flexibilizada, que absorve elementos de vários modelos e experiências ao longo da história no Brasil e no exterior. Desvendar os elementos que compõem a "administração pública tupiniquim" como uma verdadeira possibilidade objetiva alinhada à tipologia da Teoria P de Guerreiro Ramos é o que se busca mostrar neste ensaio teórico.Palavras-chave: Teoria N. Teoria P. Possibilidade objetiva. Administração pública. AbstractThe aim of this theoretical essay is to promote a reflection on the contemporary Brazilian public administration under the view of Guerreiro Ramos's N Theory and P Theory. After reviewing the assumptions of each approach proposed by
Pretende-se abordar neste ensaio as aproximações teórico-conceituais entre gestão social e esfera pública no âmbito da sociedade brasileira no intuito de propor uma discussão sobre o conceito de gestão social. Entendendo que a gestão social tem se apresentado como uma possibilidade promissora de campo de estudos e que há um avanço no sentido de sedimentar esse posicionamento partiu-se dos preceitos teóricos da esfera pública habermasiana para promover um esforço na teorização do conceito. Dentro do objetivo proposto podemos afirmar que os caminhos ainda são longos, tanto o da ampliação do conceito de gestão social, como da escolha de referenciais que apóiem esta construção. No entanto o visível crescimento da pesquisa e da prática da gestão social no país, mesmo sem sedimentação teórica do campo nos mostra que a sociedade está participando da resolução dos seus problemas, mesmo que de forma incipiente ou parcial. A sociedade brasileira tem (re)criado espaços públicos, onde a ação pública se torna possível. Ao sinalizar que os espaços públicos constituem uma das bases para se compreender e consolidar o conceito de gestão social, abre-se caminho para esta área do conhecimento cientifico. Como resultado este trabalho sinaliza que, mesmo que não seja gestão social a terminologia correta e surjam outras mais aderentes e/ou coerentes e que, apesar das diversas lacunas na construção do conceito, as características apontadas para a gestão social são convergentes com as práticas esperadas nos espaços públicos. O artigo está estruturado em cinco seções. Além da introdução, na segunda seção são apresentadas as proposições teóricas a respeito da esfera pública habermasiana. Na terceira seção são apresentados os conceitos de gestão social que perpassam pelas proposições teóricas da esfera pública. Na quarta seção procuramos realizar as aproximações teóricas entre esfera pública e gestão social. Na última seção são apresentadas as considerações finais.
As universidades federais, no contexto de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), estão vivenciando um momento de expansão e grandes investimentos. Desse contexto macro, sete Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) do estado de Minas Gerais pactuam um acordo representado pelo Consórcio Sul-Sudeste de Minas Gerais com propostas de integração acadêmica e administrativa. Nesse sentido, a ação dos gestores públicos diante do desafio de realizar uma gestão que garanta a eficácia e a eficiência organizacional deve-se pautar pelo instrumento de planejamento estratégico, representado pelo Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), criado pelo Decreto n o 5.773/2006. A pesquisa consistiu na análise documental dos PDIs publicados nos sites das Ifes do Consórcio com o objetivo de avaliar o plano do ponto de vista burocrático com base nos estudos de Segenreich (2005). Da análise dos dados observou-se que o PDI não é bem consistente no que se refere à quantificação das metas, na descrição das ações, dos recursos necessários, dos prazos e dos responsáveis por sua implementação.
O campo científico da Gestão Social conta com uma crescente produção acadêmica por meio da qual se discutem formas alternativas de gestão e que são caracterizadas por ações gerenciais dialógicas. Neste trabalho, objetiva-se identificar possíveis vertentes teóricas que emergem nesse campo. Para isso, é feita uma análise de citações dos trabalhos indexados na base Google Acadêmico, por meio da qual são delimitadas quatro abordagens teóricas que se explicam pelas fundamentações teóricas (abordagens crítica frankfurteana e da gestão do desenvolvimento social interorganizacional); pela origem de seus pesquisadores (abordagem puquiana) ou pelas singularidades (abordagem da administração pública societal, identificada com base nas especificidades de um modelo de gestão pública surgida no Brasil, que se contrapõe ao movimento gerencialista neoliberal dos anos 1980). Aponta-se, ainda, no trabalho, que entre as abordagens - pelo menos nos trabalhos de maior impacto - , temas comuns podem ser identificados, como a contraposição gestão social versus gestão estratégica; o terceiro setor como um espaço de ocorrência da gestão social; a proeminência de conceitos como participação, diálogo e busca do bem comum. A despeito dessas convergências, indica-se no trabalho que há uma subdivisão conceitual básica em duas vertentes: uma vinculando a gestão social estritamente à gestão pública, configurando-a como administração pública societal (PAES DE PAULA, 2005a; 2005b), gestão do desenvolvimento social (FISCHER, 2002) ou gestão do social (DOWBOR, 1999b), e outra que expande seu escopo a uma ação gerencial dialógica que pode (e deve) ser utilizada em sistemas sociais diversos - sejam eles públicos, privados ou organizações não governamentais (FRANÇA-FILHO, 2008; TENÓRIO, 2005).
<p><span>http://dx.doi.org/10.5007/2175-8077.2015v17nespp11</span></p><p>Abordam-se neste ensaio as aproximações e as delimitações teórico-conceituais entre gestão social e governança pública. Para tanto, busca-se na redução sociológica de Guerreiro Ramos a possibilidade de articulações teóricas sem deformar conceitos de matrizes epistemológicas distintas. Foram operacionalizadas as análises por meio de cinco categorias: racionalidade e lógica de ação; protagonismo e interesse; genealogia e epistemologia; dinâmica e desafios do campo científico e relações entre Estado, mercado e sociedade. Por um lado, os conceitos aproximam-se pela orientação das ações por meio do interesse público e dos princípios e práticas da transparência, autonomia, pluralismo, participação e bem comum. Contudo, se distanciam no que diz respeito ao protagonismo das ações e à sua orientação específica: na governança pública, a orientação é o interesse público estatal e o protagonismo é do Estado; na gestão social, a orientação é o interesse público não estatal e o protagonismo da sociedade.<br /><br /></p>
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