RESUMO: Objetivos:A importância anatômica e cirúrgica das glândulas paratireóides, notadamente, no curso das tireoidectomias continua viva e despertando interesse científico. Por outro lado, são raros os trabalhos científicos sobre a investigação da anatomia das paratireóides. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é contribuir para estabelecer essa ponte anatomocirúrgica. Método: Estudo macro e microscópico das glândulas paratireóides dissecadas nas peças anatômicas de dezenove cadáveres, todos do sexo masculino e com idade entre 20 e 60 anos. Na abordagem do suprimento vascular foi utilizada a técnica de corrosão para identificar a vascularização e a glândula tireóide adotada como referência espacial na localização das paratireóides. Resultados: Foram identificadas na macro e microscopia 76 glândulas paratireóides cervicais. Trinta e quatro (44,73%) possuíam a coloração vermelho-amarelada, 26 (34,21%) a cor preto-acinzentada e dezesseis (21,06%) a cor castanho-amarelada. O tamanho encontrado ficou entre 3 e 15mm, prevalecendo o intervalo de 4 a 6,9mm em 43 (56,58%) glândulas. Foram encontradas de duas a seis paratireóides por cadáver, prevalecendo o número de quatro (47,37%) em nove necrópsias. Quarenta e duas (55,26%) glândulas localizavam-se superior à tireóide e 34 (47,74%) inferiormente. Os moldes da vascularização das paratireóides após a corrosão demonstraram que os capilares provenientes das artérias tireóideas superiores e inferiores se unem próximo à glândula. Conclusões: Com forte influência no curso das tireoidectomias, o estudo evidenciou que as glândulas paratireóides cervicais superiores e inferiores podem ser encontradas em diferentes posições frente à tireóide com maior ou menor intimidade em relação à cápsula tireóidea e que a irrigação vascular de uma paratireóide não é proveniente apenas de uma artéria.Descritores: Glândula tireóide; Glândulas paratireóides. INTRODUÇÃOAs cirurgias na glândula tireóide podem, em determinadas circunstâncias, causar danos para as glândulas paratireóides e/ou aos seus suprimentos vasculares. A expressão clínica desse acontecimento intra-operatório, manifesta no pós-operatório imediato, pode ser avaliada por meio dos sinais e sintomas clínicos do hipoparatireoidismo, as dosagens séricas do cálcio, do fósforo e do PTH. O relato da incidên-cia do hipoparatireoidismo, seja transitório ou permanente, como uma das possíveis complicações pós-ope-
INTRODUÇÃO: Os cuidados com as preservações dos nervos laríngeos recorrentes e das glândulas paratireóides, nas tireoidectomias, continuam desafiando os cirurgiões em razão das graves complicações que podem ocorrer quando são manipulados inadequadamente. O trabalho teve como objetivo, no curso das tireoidectomias totais e parciais, estabelecer protocolo anatômico-cirúrgico das relações anatômicas entre os nervos laríngeos recorrentes com as artérias tireóideas inferiores, identificar-preservar esses nervos e as glândulas partireóides. MÉTODO: Os registros fotográficos durante os trans-operatórios foram obtidos de 79 pacientes submetidos às tireoidectomias totais e parciais (lobectomia total direita ou esquerda e istmectomia), respectivamente, com as identificações dos nervos e artérias bi ou unilateralmente, propondo expor as relações anatômicas entre essas estruturas, operados entre janeiro de 2005 e julho de 2006. RESULTADOS: Os registros fotográficos foram adaptados aos desenhos esquemáticos para estabelecer os principais pontos de referências anatômicas dos nervos laríngeos recorrentes em relação às artérias tireóideas inferiores, totalizando 116 nervos laríngeos recorrentes. CONCLUSÃO: A íntima relação dos nervos laríngeos recorrentes e as artérias tireóideas inferiores podem se apresentar de diversas formas, incluindo as anomalias congênitas, como a do laríngeo não recorrente, as duplicações e triplicações pré-laríngeas do nervo, sem dúvida, algumas vezes, dificultando a identificação dessas estruturas. São imperativas as claras identificações dessas estruturas e das glândulas paratireóides para preservá-las, no curso das tireoidectomias totais e parciais, a fim de evitar as complicações pós-operatórias.
A comunidade Y'Apyrehyt, uma das três comunidades da etnia Sateré-mawé, na periferia de Manaus, está assentada no antigo Parque das Seringueiras. A comunidade é composta por 67 pessoas, entre adultos e crianças, que sobrevivem dos rendimentos advindos dos turistas que pagam para ver o Ritual da Tucandeira e da venda de artesanato. Mesmo com o puratin ou poratig, o Remo Mágico fincado na entrada da comunidade, somente o Ritual da Tucandeira mantém-se vivo. O processo de ressignificação desse ritual assumiu também caráter estético de coreografia artística e objeto para troca econômica.
The nasal mucosa is the main gateway for entry, replication and elimination of the SARS-CoV-2 virus, the pathogen that causes severe acute respiratory syndrome (COVID-19). The presence of the virus in the epithelium causes damage to the nasal mucosa and compromises mucociliary clearance. The aim of this study was to investigate the presence of SARS-CoV-2 viral antigens in the nasal mucociliary mucosa of patients with a history of mild COVID-19 and persistent inflammatory rhinopathy. We evaluated eight adults without previous nasal diseases and with a history of COVID-19 and persistent olfactory dysfunction for more than 80 days after diagnosis of SARS-CoV-2 infection. Samples of the nasal mucosa were collected via brushing of the middle nasal concha. The detection of viral antigens was performed using immunofluorescence through confocal microscopy. Viral antigens were detected in the nasal mucosa of all patients. Persistent anosmia was observed in four patients. Our findings suggest that persistent SARS-CoV-2 antigens in the nasal mucosa of mild COVID-19 patients may lead to inflammatory rhinopathy and prolonged or relapsing anosmia. This study sheds light on the potential mechanisms underlying persistent symptoms of COVID-19 and highlights the importance of monitoring patients with persistent anosmia and nasal-related symptoms.
Entre os séculos XVI e XVIII assinalou-se, no litoral brasileiro e na Amazônia, a presença dos pajés na solução dos problemas, nos quais a cura das doenças era apenas um dos itens. As leis coloniais foram feitas para que a conquista fosse legalizada, e desde os primeiros contatos mais duradouros, missionários e colonos identificaram o pajé como importante empecilho às mudanças propostas. Assim, os poderes eclesiástico e laico investiram, tanto na Colônia como no Império e na República, para a destruição física e moral dos pajés. As transformações étnicas e lingüísticas que determinaram o desaparecimento de centenas de línguas continuam dificultando uma melhor caracterização do pajé. Sob a influência dos especialistas europeus, ele tem sido confundido com o xamã asiático. Mas o pajé se reconstruiu e sobreviveu. Especificamente no alto rio Negro, apesar de a presença dos missionários salesianos ter provocado violentas transformações, ainda hoje os pajés continuam exercendo os seus poderes.
OBJETIVO: Construir um protocolo das relações anatômicas topográficas do ramo externo do nervo laríngeo superior (NLSE) com a artéria tireóidea superior, para minimizar as falhas das propostas descritas na literatura. MÉTODOS: Foram dissecadas bilateralmente as regiões cervicais de 57 cadáveres frescos, no Instituto Médico-Legal do Estado do Amazonas, com identificação fotográfica dos NLSE e respectivas relações com a artéria tireóidea superior. A partir dos dados obtidos elaborou-se classificação: Tipo1: NLSE não identificado; Tipo 2: NLSE cruza a artéria tireóidea superior a distância maior de 1,5cm do limite cranial do lobo da glândula tireóide; Tipo 3: NLSE cruza a artéria entre 1cm e 1,5cm do limite cranial do lobo da glândula tireóide; Tipo 4: NLSE cruza a artéria a menos de 1cm do limite cranial do lobo da glândula; Tipo 5: NLSE cruza, látero-medialmente, abaixo do limite cranial do lobo tireóideo. Como suplemento classificatório, os tipos 2, 3 e 4 receberam subclassificação: A - quando se encontrava parcial ou totalmente envolto no tecido conjuntivo superficial peri-muscular ou intra-muscular, no constritor inferior da faringe, em mais da metade de seu percurso, após cruzar a artéria tireóide superior; B - quando se encontrava fora destes tecidos. RESULTADOS: Tipo 1, 11,88%; Tipo 2, 13,86%; Tipo 3, 34,65%; Tipo 4, 38,61% e Tipo 5, 0,99%. CONCLUSÃO: Os NLSE mais próximos ao limite cranial (Tipos 3 e 4) percorriam, em sua maioria, o tecido frouxo peri-muscular ou intramuscular, no pólo superior da tireóide, o que neste estudo, desobrigam identificação sistemática do nervo nas tireoidectomias (p=0,075).
OBJETIVO: O estudo foi transversal e retrospectivo por meio dos registros fotográficos, nos transoperatórios de 53 tireoidectomias totais e parciais, realizadas entre janeiro de 2002 a agosto de 2006, em pacientes portadores de doenças benignas e malignas da tireóide. RESULTADOS: Foram obtidas imagens de 111 glândulas paratireóides. Das 67 superiores, 65 (97%) estavam envolvidas pelo fino e irregular tecido adiposo peri-glandular. Das 44 inferiores, 41 (93,1%) estavam parcial ou totalmente envoltas pela esparsa gordura aderida à cápsula tireóide. A escolha da via de acesso e o cuidado para evitar hemorragias são dois itens que evitam maiores dificuldades. Acrescem-se os rigores da técnica com a ligadura do pedículo superior, sendo realizada em primeiro lugar, seguida da mobilização do lobo tireóideo em sentido medial. Esses gestos possibilitam a melhor identificação das paratireóides. CONCLUSÃO: É indispensável conservar o tecido adiposo aderido à cápsula tireóidea, onde se alojam mais de 90% das paratireóides. O manuseio cirúrgico dessa delgada lâmina adiposa provoca a mudança da cor das paratireóides, tornando-as amarronzadas, destacando-as entre o amarelo-ouro da gordura e impondo maior atenção ao cirurgião.
O nervo laríngeo recorrente (NLR) origina-se do nervo vago, décimo par craniano, em níveis diferentes nos dois lados do pescoço, salvo na má formação congênita, quando o nervo laríngeo não é recorrente, isto é, após a saída do nervo vago, penetra na laringe sem recorrer no tórax 4 . Os NLR direito e esquerdo ascendem no espaço anatômico entre a traqueia e o esôfago, dispondo-se medial ao lobo correspondente da glândula tireoide [5][6][7] .Os NLR dividem-se em dois ou mais ramos e passam junto à borda inferior do músculo constritor inferior da faringe, próximo à artéria laríngea inferior, penetrando a laringe atrás da membrana cricotireoidea 6,7 .Relaciona-se topograficamente, de forma variável, com a artéria tireóidea inferior e com a glându-la tireoide, e, mesmo que provavelmente nunca esteja envolvida na sua substância glandular normal, tal proximidade imprime maior chance de lesão nervosa em tireoidectomias totais e parciais [5][6][7] . Do mesmo modo, os NLR mantêm íntima relação com o ligamento de Berry: o espessamento da fáscia pré-traqueal que liga os lobos tireoideanos à traqueia e à parte inferior da cartilagem cricoide. Os NLR somente foram identificados laterais ao ligamento de Berry e eventualmente intraligamentares [5][6][7][8] .A secção unilateral ou bilateral do NLR como possibilidade de acidente transoperatório nos bócios de grande volume, resulta na paralisia dos músculos intrínse-cos da laringe, com exceção do cricotireoideo, determinando alterações na qualidade da voz e transtornos respiratórios [5][6][7] .O presente trabalho objetivou estudar as relações anatômicas do nervo laríngeo recorrente com o ligamento de Berry, e assinalar as diferentes formas de apresentação das relações entre essas duas estruturas.
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