Este artigo1 tem por finalidade mapear e descrever algumas práticas relacionadas à produção de uma performatividade de gênero mimetizada em formas de falar, de se apreender e de experienciar os corpos a partir da circulação de imagens na internet, em páginas da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) voltadas para o público feminino. Meu objetivo ao recuperar essa interação é pensar o papel que a mídia, de modo geral, e as tecnologias de internet, de modo particular, têm na formação de tais performatividades, ora por meio da linguagem de gendramento dos gê-neros, ora mediante tecnologias de poder que conformam a sujeição e a subjetivação dos sujeitos (Butler 1999).Trago como escopo de análise a recente produção de saberes, sujeitos e técni-cas voltados para a produção da "Mulher V", nome dado ao estágio último do programa Godllywood. Trata-se de um emblema que remete à figura descrita na Bíblia por Salomão como "mulher virtuosa", reunindo um conjunto de práticas que mobilizam a noção teológica de "vida em abundância", a partir de uma disciplina focada na divisão binária de gêneros cujo gerenciamento da prosperidade se dá com base no espraiamento de tecnologias para cuidado de si e para o casamento. Tais formas são incorporadas e partilhadas por meio da produção pedagógica de um calendário de desafios semanais destinados a mulheres participantes do movimento. Os desafios são tarefas guiadas por metas que devem ser cumpridas e divulgadas em redes sociais, tais como o Facebook, o Twitter, o Instagram, o Whatsapp.
Como praticamente tudo que faço, este trabalho também é um produto de parcerias valiosas que estabeleci durante a vida. E diante do encerramento de um ciclo tão repleto de intensidades, mudanças, aprendizados e experiências, não seria diferente. Assim, não poderia deixar de citar aqui, em forma de breves (porém singelos e muitíssimo sinceros) agradecimentos, algumas pessoas (e instituições) que, de alguma forma, viabilizaram condições para a realização desta tese. Como não poderia deixar de ser, agradeço profundamente a minha família: Patrick, meu companheiro em boa parte desta trajetória acadêmica, que me deu aconchego e amor, a quem eu amo. Meus pais José Onécio Teixeira e Delza Moraes Teixeira que permaneceram próximos e presentes mesmo estando geograficamente distantes. À minha irmã Cyntia Moraes Teixeira, pela parceria e por partilhar comigo, desde os nossos primeiros anos de existência, as coisas boas e as coisas complicadas da vida. Ja que estou falando do meu parentesco nuclear, não poderia deixar de agradecer aqui minha extensão familiar animal representada por minhas três gatas, Capitu, Diadorim e Penélope, que me acompanharam e me acalentaram incondicionalmente por dias e noites a fio. Agradeço muitíssimo a Paula Montero, de quem tenho o privilégio de tenho privilégio de ter como orientadora, Paula me instigou desde o início da minha graduação, quando eu assistia suas aulas e pensava: queria ser como ela! Com seu senso teórico sempre muito brilhante e desafiador, nesses longos anos de orientação recebi muito e agradeço! Este trabalho certamente é fruto dessa parceria. Agradeço também, as/os colegas com quais tenho o privilégio de trabalhar no projeto temático "Religião, Direito e Secularismo: A reconfiguração do repertório cívico no Brasil contemporâneo", que contribuíram com este trabalho por meio das discussões gerais e das discussões de partes referentes a esse texto, são eles/elas,
A obra mostra o trabalho de Jacqueline Moraes Teixeira sobre a pedagogia da prosperidade da Igreja Universal e sua construção do feminino. Partindo do fato, aparentemente paradoxal, que é a posição do pastor Edir Macedo em defesa do aborto, este livro elabora, passo a passo, as várias dimensões que tornam esse posicionamento compreensível, desde sua fundamentação teológica até as prescrições voltadas para a organização da vida cotidiana. Proporcionando ao leitor o acesso a um universo ainda pouco conhecido do grande público, a autora relata que o trabalho pedagógico e disciplinar que os agentes religiosos vêm desenvolvendo contam com um escopo muito mais amplo, circulando pelas redes midiáticas, criando ambientes de relacionamento de casais e organizando, com atitudes pontuais e práticas, a vida diária das famílias. Nessa novidade reside o grande interesse da obra e o desafio proposto para a compreensão das transformações que marcam o papel das religiões no mundo contemporâneo.
Como praticamente tudo que faço, este trabalho também é um produto de parceirias valiosas que estabeleci durante a vida, e neste caso específico, durante minha (ainda curta) trajetória acadêmica.Assim, não poderia deixar de citar aqui, em forma de breves (porém singelos e muitíssimo sinceros) agradecimentos, algumas pessoas (e instituições) que, de alguma forma, viabilizaram condições para a realização desta dissertação.Em primeiro lugar, agradeço à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo -FAPESP, que apoiou esta pesquisa e garantiu sua realização.Como não poderia deixar de ser, agradeço profundamente a minha família: meus pais José Onécio Teixeira e Delza Moraes Teixeira que permaneceram próximos e presentes mesmo estando geograficamente distantes. À minha irmã Cyntia Moraes Teixeira, pela parceria e por partilhar comigo, desde os nossos primeiros anos de existência, as coisas boas e as coisas complicadas da vida. Agradeço também minha prima Andreia Teixeira Machi, que por morar comigo, teve que suportar textos e livros em completa desordem espalhados pelos cantos da casa durante meses. Obrigada pelo carinho e pela compreensão. Ja que estou falando do meu parentesco nuclear, não poderia deixar de agradecer aqui minha extensão familiar animal representada por minhas duas gatas, Capitu e Diadorim, que me acompanharam e me acalentaram incondicionalmente por dias e noites a fio.Agradeço muitíssimo a Paula Montero, que como orientadora me instigou desde o inicio com seu senso teórico sempre muito brilhante e desafiador, nesses anos tive o privilégio de conhecê-la melhor e de conviver com uma excelente pesquisadora, esse trabalho é, portanto, fruto dessa parceria. Agradeço também, aos amigos e amigas que fazem parte do grupo Religiões e Controvérsias Públicas: experiências, práticas sociais e discursos, que contribuíram com este trabalho por meio das discussões gerais e das discussões de partes referentes a esse texto, são eles/elas, César Augusto Assis Silva, Lilian Sales,
Resumo Originalmente, o texto foi publicado em 1993, como capítulo do livro editado por Robert Gooding-Williams, dedicado à análise dos acontecimentos desdobrados a partir do espancamento de Rodney King, um homem negro de 27 anos, por policiais brancos, em março de 1991, na cidade de Los Angeles. A violência foi registrada em vídeo e gerou indignação pública, tornando possível que quatro policiais fossem indiciados criminalmente. Levados a júri, todos foram absolvidos, o que desencadeou um ciclo de protestos ao longo de quase uma semana; duramente reprimidos pela mesma força policial que se lançou sobre Rodney King, deixaram mais de sessenta mortos e mais de dois mil feridos. A contribuição de Judith Butler se dedica a compreender como foi possível que acusação e defesa tenham, ambas, recorrido à gravação. Como um mesmo conjunto de imagens pôde ter sido “visto” como demonstração da violência policial e como sua justificativa? A autora identifica a existência de um campo de visibilidade racialmente saturado, que circunscreve a percepção de pessoas que se compreendem enquanto brancas, cuja identidade se sustenta na projeção da violência sobre o outro racializado enquanto negro. Nesse sentido, a absolvição se torna compreensível como efeito de uma episteme racista, que toma o corpo masculino negro de Rodney King como origem e razão da violência que lhe foi impingida, isentando os policiais de responsabilidade. Daí a importância estratégica do ato público de ler e reler tais imagens, postas a funcionar num enquadramento que se sustenta num regime racista de produção e distribuição das imagens, que frequentemente concentra as possibilidades de torná-las legíveis.
resum0Por que cotas na pós-graduação? Este texto enfrenta essa indagação apresentando uma descrição densa dos muitos trajetos burocráticos que a implementação de uma política de ações afirmativas mobiliza. Trata-se de um processo que acaba por produzir uma tensão quase que insustentável entre a temporalidade perdurável da burocracia versus os ventos necessários de mudança social que, nesse caso específico, demandam a transformação das tecnologias para a produção da ciência e para a abertura dos espaços reconhecidos de formulação dos saberes científi-cos. Para tanto, partimos da exposição do contexto e dos eventos refe-
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