RESUMOEste estudo busca descrever o encadeamento das políticas públicas federais que possibilitaram a expansão das universidades federais, democratizando o acesso ao ensino superior com a possibilidade de interiorização da oferta deste serviço, em especial a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Sendo assim, caracteriza-se a Mesorregião Grande Fronteira do MERCOSUL, criada pela Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), sob critérios do Programa de Promoção da Sustentabilidade de Espaços Sub-Regionais (PROMESO), que visa dirimir as desigualdades regionais, bem como a contextualização da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), que tem em sua missão assegurar o acesso à educação superior como fator decisivo para o desenvolvimento, a qualificação profissional e a inclusão social; desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão buscando a interação e a integração das cidades e estados que compõem a Mesorregião; e promover o desenvolvimento regional integrado -condição essencial para a garantia da permanência dos cidadãos graduados na Mesorregião e a reversão do processo de litoralização hoje em curso.Palavras-chave: Educação superior; Expansão universitária; Mesorregião; UFFS. ABSTRACTThis study aims describe the chaining of the federal public policies that allowed the expansion of federal universities, democratizing the access to higher education with the possibility of internalization of supply of this service, in particular the Federal University of South Border (UFFS). This way, is characterized the Great Border Mesoregion of MERCOSUL, created by the National Policies of Regional Development (PNDR), under criteria of the Sustainability Promotion Program of Subregional Spaces (PROMESO), that aims settle the regional inequalities. And the contextualization of the Federal University of South Border (UFFS), that has as a mission ensure the access to higher education as decisive factor for the development, professional qualification and social inclusion; develop educational activities, researches and extension looking for the interaction and integration of cities and states that composes the Mesoregion; and promotes the regional integrated developmentessential condition to guarantee the permanence of citizens graduated on the Mesoregion and the reversal of the current littoralization process.
O presente trabalho tem por objeto apresentar um consórcio intermunicipal interfederativo localizado no Estado de Santa Catarina que se destaque dos demais. O Consórcio Intermunicipal Catarinense (CIMCATARINA) se distingue daqueles cuja formação está, de alguma maneira, vinculada a uma Associação de Municípios, o que lhes confere-se determinadas propriedades. A partir de pesquisa de campo, revisão da literatura e da compreensão do panorama no âmbito da temática consórcio público intermunicipal, o CIMCATARINA tem características e propriedades que surpreendem ao ponto do objeto de pesquisa deste estudo buscar identificar e compreender o significado das suas particularidades ao representar uma modalidade alternativa que funde-se ao desenvolvimento regional no que se refere a atuar sobre as fragilidades de uma região mais ampla que a que normalmente caracterizava a maioria dos consórcios existentes no Brasil, justificando-se a afirmação de que os problemas locais transcendem os limites territoriais de um município assumindo uma direção regional, configurando desafios para ações em escala intergovernamental. Após acompanhar a trajetória de sua formação e evolução, levanta-se, no final a hipótese de que é menos um consórcio intermunicipal de desenvolvimento regional, e mais uma nova forma de um “movimento municipalista” estadual catarinense, cujo processo de cooperação é um mecanismo de gestão cooperativa do desenvolvimento regional.
O presente artigo discute sobre o crescimento das regiões metropolitanas, assim como o contexto da região metropolitana de Chapecó e cidades influentes (Concórdia, Xanxerê, São Miguel do Oeste, Maravilha e Pinhalzinho) na rede urbana do oeste catarinense. Contribui-se ao debate acerca das cidades médias e os processos recentes de regionalização, a partir da consideração do processo de reestruturação das agroindústrias e a interdependência entre o urbano e o rural na região. Busca explicitar os reflexos desse processo para a reestruturação urbana, e as transformações na forma das cidades em escala intra-urbana. Para tanto, foram considerados dados econômicos e populacionais, a partir de fontes primárias e secundárias, além de trabalhos de campo, bem como contextualização do processo de formação da rede urbana na região. Embora evidente o dinamismo econômico caracterizado na região, alguns gargalos podem ser identificados, como a questão em torno da mobilidade e oferta de transporte coletivo em termos de reduzir atrasos de tempo.
Novas preocupações, conflitos e temas de debate em relação à problemática do desenvolvimento sustentável e meio ambiente tornou necessário novos paradigmas e conceitos, para a análise da realidade contemporânea. Há uma demanda de profissionais treinados para integrarem esses referenciais na elaboração e aplicação de estratégias de desenvolvimento, adequadas às problemáticas. Frente a estas exigências sociais de inovação intelectual, científica e pedagógica, confrontam-se verdadeiros desafios. Como traduzir as demandas da sociedade em conceitos científicos pertinentes? Que se entende por sustentabilidade, Interdisciplinaridade? Como se dá nossa relação com o mundo social, natural e cultural? Que tipos de profissionais formar no quadro das universidades e que recursos pedagógicos adotar para isso? Como avaliar a qualidade dos cursos de formação e os documentos científicos produzidos por estes profissionais? Enfim, como se dá o conhecimento? O objetivo desta reflexão é refletir o referencial teórico propondo formas de pensamento, pesquisa e de avaliação na área de desenvolvimento a partir do conceito de interdisciplinaridade e sustentabilidade por constaram na expressão da demanda social e de parte dos cursos de Desenvolvimento, nos diversos programas de pós-graduação de caráter interdisciplinar no Brasil. Incorporando a duplicidade conceitual nas práticas e reflexões. Nova realidade social e acadêmica que exige desenvolver formas de avaliação diferentes daquelas dos programas disciplinares. O artigo supõe formas de acompanhamento coerentes com as estruturas e funcionamentos de pós-graduações e graduações originados da discussão em torno destes conceitos. Logo, discute-se o papel da formação interdisciplinar na pesquisa acadêmica; compreender a formação do profissional pesquisador como alternativa para atender a demanda real de profissionais responsáveis pelas trocas entre os especialistas e pelo grau de integração real das disciplinas no interior de um mesmo projeto de pesquisa.
Este artigo reflete sobre globalização, sua caracterização e gênese, impactos, mudanças, uma contradição dialética. Caracteriza-se por um estudo teórico, interpretativo-reflexivo, resultante de pesquisa teórica bibliográfica, a partir do qual entende-se globalização como o resultado de um processo dialético e desigual que envolve um sistema de forças muito diversificadas, tal como, forças econômicas, sociais, políticas, ideológicas e até religiosas que, desde as últimas três décadas do século XX, vêm modelando e remodelando a divisão internacional de trabalho, e promovendo a homogeneização dos comportamentos e dos consumos humanos. Do ponto de vista da análise empírica, uma das grandes contradições do discurso da globalização como homogeinizadora do espaço econômico e generalizadora dos benefícios sociais é a criação de blocos regionais no âmbito da geopolítica internacional. No âmbito desta discussão, também são apresentadas algumas noções de território que permitem uma perspectiva de análise considerando a composição e a complexidade da mudança social. À oposição local - global, as noções de território e de globalização são antagônicas e por isso mesmo complementares e inseparáveis. E, é a partir desta visão, das pressões que envolve a globalização, realiza-se questionamento em torno da apropriação dos territórios; pois a globalização não elimina os contextos sociais e institucionais locais, mas reforça a importância dos tecidos locais, quando a organização local torna-se componente estrutural de um processo de natureza global.
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