RESUMO: o espectro autista é caracterizado por prejuízos desde os primeiros anos de vida nas áreas de interação social, comunicação e comportamento. Os aspectos relacionados à etiologia, às possibilidades terapêuticas e à inserção em escolas regulares não são conclusivos, dado que evidencia a importância de estudos na área. O presente estudo tem como objetivo analisar as interações sociais de crianças com espectro autista nos contextos de escolas regulares, considerando a mediação das professoras. Participaram deste estudo 42 crianças, das quais quatro crianças têm o diagnóstico de espectro autista, entre três e cinco anos de idade, e quatro professoras de duas escolas regulares particulares. Os resultados demonstraram que a mediação das professoras se caracterizou pelo uso de diretivos linguísticos e apoio físico. A participação das crianças com espectro autista em termos interacionais se caracterizou por comportamentos mais frequentes de olhar pessoas, iniciativa dirigida à ação, resposta adequada e sorriso. Nesse sentido, compreender como as crianças com espectro autista interagem com as pessoas e objetos em ambientes escolares e como são realizadas as mediações pelas professoras nesses momentos são aspectos de grande relevância para a elaboração de estratégias de intervenção que favoreçam a interação social e o processo de inclusão escolar. PALAVRAS-CHAVE:Educação Especial. Autismo. Inclusão Escolar. Interação Social. ABSTRACT:The autistic spectrum is characterized by losses beginning in the early years of life in the areas of social interaction, communication and behavior. Aspects related to the etiology, therapeutic possibilities and inclusion in regular schools are not conclusive, which shows the importance of studies in the area. This study aims to analyze social interactions of children with autistic spectrum disorders in mainstream school contexts, considering the mediation of teachers. The participants were 42 children, of whom four children had been diagnosed with autistic spectrum disorder, between three and five years old, and four teachers from two regular private schools. The results showed that the mediation of the teachers was characterized by the use of linguistic directives and physical support. The participation of children with autistic spectrum disorder in interactional terms was characterized most frequently by behaviors such as looking at people, initiative directed to action, appropriate response and smile. In this sense, understanding how children with autistic spectrum disorders interact with people and objects in school settings and how mediations are conducted by teachers in such moments is highly relevant for elaborating intervention strategies to promote social interaction and the process of school inclusion.
ResumoEste estudo objetivou analisar as concepções de pais e professores acerca da criança autista e do seu processo de Parents and teachers conceptions about the inclusion of autistic children Abstract The purpose of this study was to analyze parents and teachers conceptions with respect to autistic children and the process of school inclusion of these children. Six teachers of regular schools in the city of João Pessoa-PB and eight parents of children diagnosed with Autism Spectrum Disorder participated in this research. Interviews were recorded and transcribed and the data submitted to content analysis. The results indicated that parents demonstrated expectations towards the children socializationand academic learning while the strategies outlined by the teachers emphasized the adoption of practices more focused on socialization. It was also noted that parents, as they followed their children development, and teachers, as they had contact with autistic children, reported more positive expectations concerning these children. Knowing the concepts of parents and teachers as regards autistic children is essential to understand that the successful implementation of school inclusion may be achieved through the active participation of both parties.
RESUMO. Este estudo teve como objetivo analisar as concepções de profissionais de diferentes áreas acerca do autismo e da síndrome de Down, tanto daqueles com experiência quanto dos sem experiência no trabalho com esses indivíduos. Participaram 75 profissionais, distribuídos nos seguintes grupos: psiquiatras, neurologistas, pediatras, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, educadores físicos, psicólogos, pedagogos e professores. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com os participantes, as quais foram transcritas literalmente e submetidas à técnica de Análise de Conteúdo, proposta por Bardin. Ao analisar os relatos dos profissionais, percebeuse que aqueles com experiência apresentaram conhecimentos mais específicos sobre o autismo e a síndrome de Down, enquanto aqueles sem experiência frequentemente mencionavam características mais conhecidas das duas síndromes. Embora tenham considerado os prejuízos que podem estar presentes no autismo e na síndrome de Down, observou-se que, de uma forma geral, os profissionais demonstraram também ter concepções positivas em relação a essas duas condições, ao reconhecerem as capacidades que tais indivíduos podem desenvolver. Destacou-se o fato de alguns profissionais desconhecerem o autismo, o que não ocorreu em relação à síndrome de Down, o que indica a necessidade de uma maior capacitação dos profissionais, sobretudo quanto à primeira dessas condições, vindo a contribuir para a inclusão escolar e social desses indivíduos.
RESUMO Este estudo objetivou investigar as concepções de crianças com desenvolvimento típico acerca de suas vivências escolares em contextos de inclusão de colegas com Transtorno do Espectro Autista - TEA em dois momentos distintos, no início e no final do ano letivo, com vistas a verificar possíveis mudanças nessas concepções a partir da convivência com os pares com TEA. Participaram 42 crianças, na faixa etária de 4-5 anos, de duas instituições de Educação Infantil da cidade de João Pessoa-Paraíba, Brasil, que tinham em suas salas de aula colegas diagnosticados com TEA. Foram aplicadas entrevistas semiestruturadas com as crianças com desenvolvimento típico, que foram transcritas e analisadas a partir da técnica de análise de conteúdo de Bardin. Como resultados, as crianças mencionaram adjetivos positivos ao descreverem sua creche, professora e colegas, tanto no início quanto no final do ano letivo. Também foi comum as crianças descreverem a creche em termos das atividades que realizavam em sua rotina, e as pessoas, em relação aos seus comportamentos. Como colegas com quem as crianças não brincavam, foram citados aqueles com desenvolvimento típico que apresentavam comportamentos agressivos. Sobre seus colegas com TEA, estes foram considerados por seus pares como colegas preferidos, destacando-se também o uso dos termos “especial” ou “bebê” para caracterizá-los, e, ainda, o fato de que com o tempo eles passaram a ser vistos a partir das suas capacidades e interesses. Discute-se, por fim, a importância de estudar a inclusão escolar a partir da perspectiva das crianças.
Considerando a importância da interação social para o desenvolvimento sociocomunicativo infantil, este estudo busca, com base numa revisão teórica, discorrer acerca das similaridades dos contextos interativos de crianças diagnosticadas com transtorno do espectro autista (TEA) e de crianças com deficiência visual, focalizando os aspectos sociocomunicativos. Entre as semelhanças entre tais crianças são apontadas na literatura dificuldades em expressar e reconhecer emoções, presença de comportamentos repetitivos e prejuízos na atenção compartilhada. Nesse sentido, considerando os contextos interativos, os estudos na área apontam para a importância da bidirecionalidade e da responsividade por parte do mediador, no sentido de favorecer a interação social dessas crianças, como também do uso de estilos linguísticos diretivos e de objetos concretos, com base nas características comportamentais e sociocomunicativas das crianças. Salienta-se, por fim, que a compreensão dos contextos interativos pode contribuir na elaboração de propostas interventivas que visem a potencializar o desenvolvimento de tais crianças. Palavras-chave: Transtorno do espectro autista. Deficiência visual. Interação social. Desenvolvimento infantil.
O Transtorno do Espectro Autista afeta o desenvolvimento nos domínios sociocomunicativo e comportamental impactando as famílias de diferentes formas. Considerando a importância das relações fraternas no desenvolvimento, este estudo versa sobre a experiência com quatro adolescentes, irmãos de indivíduos autistas, diante da devolutiva de uma pesquisa. Por meio de uma roda de conversa, os dados foram analisados e discutidos com base no modelo bioecológico. Os jovens adolescentes demonstraram interesse nas respostas de seus pares, relataram se sentir representados com os resultados da pesquisa e elaboraram sugestões para outras famílias. Com isso, espera-se colaborar para a elaboração de ações e estudos sobre o tema.
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