Este artigo, orientado pela teoria do gênero sobre masculinidades, revisa os textos que trataram do tema nos periódicos de Saúde Coletiva/Saúde Pública no período de 2005-2011. Os eixos temáticos encontrados coincidem com as prioridades conferidas pela Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, criada pelo Ministério da Saúde em 2008. São eles: o acesso dos homens aos serviços de saúde, sexualidade, saúde reprodutiva, violência e os principais agravos à saúde masculina, contextualizados à luz dos determinantes sociais da saúde. Tais determinantes se baseiam em um tipo de masculinidade tradicional concebida como hegemônica, que apesar de comprometer a saúde masculina, não é o tipo único de masculinidade existente na sociedade. As diferentes masculinidades encontram-se imbricadas no processo saúde/doença vivido pelos homens. Elas devem ser consideradas na busca da adesão dos homens aos serviços de saúde.
O livro traz reflexões unindo questões sociais, da saúde e da nutrição. Na primeira parte, apresenta uma ampla revisão bibliográfica sobre a área da antropologia e da nutrição. Na segunda parte, abordam-se os paradoxos e repercussões das transformações sociais e da internacionalização da economia na cultura alimentar. A terceira parte dedica-se à alimentação tal como ela se configura hoje nos diferentes espaços, privados e públicos, dos contextos urbanos e diante das transformações sociais ocorridas no país nos últimos 35 anos.
Apoio social e saúde: pontos de vista das ciências sociais e humanas Social support and health: standpoints from the social and human sciencesResumo Analisam-se os temas e as abordagens teórico-conceituais do apoio social nos artigos de importantes periódicos internacionais de ciênci-as sociais e de medicina e nacionais de Saúde Coletiva/Saúde Pública no período 1983-2005. Procedeu-se a leitura dos resumos dos 259 textos internacionais e 57 nacionais encontrados classificando e computando as relações do apoio social com a saúde/doença/cuidado. A seguir analisaram-se os conceitos e as abordagens do apoio social do ponto de vista das teorias e dos autores das ciências sociais e humanas, em uma amostra intencional de 56 textos internacionais e 18 nacionais. A literatura internacional respalda-se na psicologia social, nas várias correntes da sociologia e da ciência política e menos na antropologia. A literatura nacional dialoga menos com as teorias psicossociais e mais com as sociológicas e as antropológicas, realçando-se pela abordagem do apoio com a rede social, a solidariedade, as trocas e os valores culturais, deslocando-se da esfera individual e privada para a capacidade de organização da sociedade civil e de ações coletivas. Diferentes correntes norteiam as análises teórico-conceituais do apoio social, sendo a literatura internacional mais antiga, diversificada, empírica e escassa de produção antropológica. Palavras-chave Apoio social, Teorias, Ciências sociais, Ciências sociais e saúde Abstract This article analyses the themes and conceptual-theoretical approaches of the social support in the literature from important international journals about social sciences and medicine, and in from 1983 to 2005 are analyzed. 259 international and 57 national abstracts was reading for the identification and computing the relations of the social support with health/disease/care. A deeper conceptual analysis about social support and the theories of social science were reported in an intentional sample of 56 international and 18 national texts. The international literature is based on the social psychology, in the several trends of the sociology and of the political science and less in the anthropology. The national literature dialogues less with the psychosocial theories and more with the sociological and anthropological theories. In this latter literature the social support approaches are concerned with social network theories; reciprocity, exchanges and cultural values. It is concluded that different trends guide the conceptualtheoretical analyses of the social support, being the international literature older, wider, more diversified and empirical, but with scarce anthropological production. The national literature is more reflexive them empirical.
This study aimed to evaluate differences between men and women on a global index
Este artigo analisa a constituição, organização institucional e desempenho do programa de alimentação escolar no Estado de Mato Grosso no período de 1979 a 1995. São enfatizados os seguintes aspectos: o período de transição do modelo de gestão centralizada à descentralizada; as influências das agências federais nas intervenções estaduais; as prioridades e ações das gestões dos governos mato-grossenses. Este estudo reconstitui e analisa o desempenho de uma política assistencial, valendo-se da coleta e análise de dados secundários e primários (20 entrevistas com agentes institucionais). Os resultados mostram a estreita dependência das intervenções estaduais das federais e o deslocamento do modelo centralizado para o descentralizado. A dinâmica, intensidade e ritmo desta mudança foram influenciados, de um lado, pelas estratégias federais e, de outro, pelas prioridades, graus de anuência e capacidades institucionais dos governos estaduais, desempenhando-se heterogeneamente o programa quanto ao número de municípios, dias letivos cobertos, clientela atendida, gastos e alimentos consumidos per capita/ano e modalidades de descentralização.
RESUMO: Analisa-se a produção antropológica referente às práticas, hábitos e concepções de consumo alimentar de segmentos de trabalhadores rurais e urbanos. Dimensiona-se e critica-se a abordagem antropológica contida nos diferentes estudos, apontando caminhos a serem perseguidos por novas pesquisas, de maneira que a área de nutrição, alimentação e saúde não deixe de prescindir das contribuições antropológicas. Não é recente, no Brasil, o esforço antropológico de focalizar elementos culturais e ideológicos que presidem as práticas de consumo alimentar. O presente texto tem o propósito de rever alguns estudos, sem pretender abarcar a totalidade da bibliografia produzida, mas relacionando os mais significativos e apontando a abordagem antropológica que eles incorporaram. UNITERMOS:Os estudos de comunidade, realizados principalmente na década dos anos 50, são as mais importantes contribuições empíricas e descritivas que recolheram um elenco de informações sobre a alimentação. Antes deles folcloristas também descreveram a "culinária", enquanto aspecto da cultura local indígena que se mesclava com a do colonizador português e dos escravos 7,14 Várias foram as populações urbanas e rurais estudadas na perspectiva da comunidade, ou seja, enquanto agrupamento homogêneoe orgânico da vida social que poderia ou não estar submetido a processos de mudança que o desintegrasse.Os antropólogos, nos estudos da comunidade, detinham a perspectiva culturalista. A dimensão cultural expressava-se nos padrões, crenças, idéi-as e pensamentos de que são portadoras as "culturas tradicionais". A presença ou persistên-cia do conjunto destes elementos de corte "tradicional" foi interpretada pelo culturalismo como expressão de "mentalidade atrasada" ou "obstáculo" à mudança. Isto pressupunha que os padrões culturais "tradicionais" eram inadequados e distanciados dos existentes nas "sociedades modernas".No que se refere ao consumo alimentar aqueles estudos detiveram-se na descrição das fontes de abastecimento alimentar, predominantemente oriundas da economia de subsistência ou extrativa com baixa dependência do mercado; das práticas e crenças associadas à produção alimentar, da composição da dieta e formas de preparo dos alimentos; dos hábitos de consumo e dos tabus e crenças relacionados aos alimentos.Os estudos mostraram variações no consumo, conforme a oferta alimentar da economia de subsistência ou extrativa e a renda familiar de diferentes estratos, o que resultava numa dieta capaz de preencher níveis calóricos, protéicos e vitamínicos mais elevados apenas nos grupos de posição social mais alta (rendeiros e proprietários), em detrimento dos demais (meeiros, pescadores e alugados), cujo consumo de nutrientes deixava a desejar (Ferrari 13 , Pierson 37 e Wagley 39 ). Mostraram ainda a importância feminina no preparo alimentar, área em que se exercitavam as mulheres desde a infância, no uso dos procedimentos culinários, basicamente o cozido e o frito, juntamente com o emprego de temperos, extraídos da flora local.Os estudos de comunidade expl...
O artigo aborda os conhecimentos dietéticos tradicionais expressos nas seguintes categorias: "quente/frio"; "forte/fraco" e "reimoso", que definem a qualidade e a propriedade dos alimentos e da comida e os seus efeitos sobre o corpo. Vale-se da literatura antropológica nacional e dos estudos qualitativos produzidos desde 1975 a 2005. Os estudos antigos são mais abundantes do que os atuais e, apesar dessa limitação, o artigo contribui para discutir as diferentes abordagens conceituais usadas pelos autores e demonstra a persistência do saber dietético tradicional, que convive com o saber científico da nutrição, sendo importante não desprezá-lo nas intervenções nutricionais.
Este texto revê e comenta os estudos antropológicos e qualitativos sobre as dimensões socioculturais da saúde/doença, englobando os seus subtemas, conceitos e metodologias adotadas a partir de diferentes vocações intelectuais. Inclui ainda a sexualidade, doença e relações de gênero.Traça alguns fatores que contribuíram para a expansão daquela produção acadêmica e circunscreve-se somente à publicada, cujo exame permitiu a seleção dos temas abordados, devido aos seus predomínios.
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