O livro traz reflexões unindo questões sociais, da saúde e da nutrição. Na primeira parte, apresenta uma ampla revisão bibliográfica sobre a área da antropologia e da nutrição. Na segunda parte, abordam-se os paradoxos e repercussões das transformações sociais e da internacionalização da economia na cultura alimentar. A terceira parte dedica-se à alimentação tal como ela se configura hoje nos diferentes espaços, privados e públicos, dos contextos urbanos e diante das transformações sociais ocorridas no país nos últimos 35 anos.
o objetivo deste trabalho é conhecer o impacto que a preocupação com a saúde tem no comportamento alimentar. Foram realizadas 21 entrevistas com funcionários públicos que trabalham no centro da cidade de São Paulo e se alimentam naquele local. O referencial teórico utilizado foi o conceito de "representação social" definido por Moscovici. Os relatos foram organizados por categorias temáticas envolvendo a relação entre alimentação, saúde e doença. Observou-se uma mobilidade na argumentação utilizada conveniente com a circunstância, ora mais permissiva com as preferências alimentares, ora mais restritiva, evidenciando cuidados com a saúde.
A dieta hospitalar na perspectiva dos sujeitos envolvidos em sua produção e em seu planejamento Hospital diet from the perspective of those involved in its production and planningRosa Wanda Diez GARCIA 1 R E S U M O ObjetivoConhecer as razões objetivas e subjetivas, materiais e simbólicas que fundamentam a atitude das instituições hospitalares frente à alimentação, considerando-as como uma construção social, produto de concepções e práticas de profissionais que, direta ou indiretamente, a determinam e a reproduzem. MétodosTrata-se de uma pesquisa qualitativa para a qual foram realizadas 32 entrevistas em profundidade, semi-estruturadas, aplicadas aos sujeitos que participam do processo de produção das dietas: cozinheiros, copeiros, nutricionistas, médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e diretores clínico e administrativo -e observação de campo em dois hospitais, um público e um privado. ResultadosA análise de conteúdo das entrevistas e dos dados de observação de campo foi organizada em duas categorias: aspectos nutricionais desagregados da comida, na qual se constatou a valorização do aspecto nutricional, principalmente em ações de suporte nutricional, em detrimento dos aspectos sensoriais e simbólicos da alimentação hospitalar; e dieta hospitalar, sobre a qual observou-se escassez de informações técnicas e a influência da própria hospitalização nas representações sociais sobre esta, no que diz respeito à condição de controle e disciplina, a pouca autonomia e poder de voz do doente. A importância dada à dieta hospitalar é limitada e a atenção nutricional hospitalar é ainda embrionária. ConclusãoSão necessários esforços para mudanças na cultura alimentar hospitalar, a fim de constituir uma visão da assistência nutricional hospitalar na qual a dieta hospitalar e a atenção nutricional possam ser parte importante no tratamento do paciente hospitalizado e colaborem com a qualidade da experiência de internação.Termos de indexação: alimentação institucional; desnutrição; dieta; estado nutricional; serviço hospitalar de nutrição.
OBJETIVO: Apresentar e discutir o caráter flexível que emergiu nos relatos sobre consumo alimentar em estudo qualitativo para avaliar práticas alimentares de pessoas submetidas a tratamento dietético por serem hipertensas e o impacto da preocupação com a saúde nestas. Os relatos de consumo alimentar foram analisados como representações sociais e se discutiu as implicações destas em inquéritos dietéticos. MÉTODOS: Em visita domiciliar foram entrevistados 30 hipertensos, sendo 15 de baixa renda e 15 de classe média. Para obtenção de informações sobre consumo alimentar foram aplicados os métodos recordatório alimentar de 24 horas, associado à história dietética e a um questionário de freqüência alimentar, no contexto de uma entrevista em profundidade semi-estruturada. As entrevistas foram gravadas, transcritas e analisadas em seu conteúdo. RESULTADOS: Situadas entre o discurso e as práticas, as representações expressaram flutuações e contradições sobre o consumo alimentar. Tais representações foram agrupadas em categorias apresentadas como: irregularidade da presença do alimento e das compras; modo de consumo conforme o tipo de alimento; variação do número de comensais; indução das respostas provocada pela busca de informações precisas por parte do entrevistador; falta de memória do entrevistado; imprecisão e contrariedade de relatos sobre consumo alimentar; uso de noções quantitativas cujos valores de referência são particulares ao sujeito e presença de terceiros testemunhando a entrevista. A estratégia metodológica utilizada permitiu observar que há menos precisão nas informações sobre consumo alimentar do que o esperado, por serem estas representações sociais, ou seja, construções mentais da realidade. Os resultados também sugerem que a abordagem da alimentação de sujeitos submetidos à prescrição dietética por meio de inquéritos alimentares pode ser insuficiente para conhecer suas práticas alimentares.
OBJECTIVETo assess the effect of two hypoglycemic drugs on ischemic preconditioning (IPC) patients with type 2 diabetes and coronary artery disease (CAD).RESEARCH DESIGN AND METHODSWe performed a prospective study of 96 consecutive patients allocated into two groups: 42 to group repaglinide (R) and 54 to group vildagliptin (V). All patients underwent two consecutive exercise tests (ET1 and ET2) in phase 1 without drugs. In phase 2, 1 day after ET1 and -2, 2 mg repaglinide three times daily or 50 mg vildagliptin twice daily was given orally to patients in the respective group for 6 days. On the seventh day, 60 min after 6 mg repaglinide or 100 mg vildagliptin, all patients underwent two consecutive exercise tests (ET3 and ET4).RESULTSIn phase 1, IPC was demonstrated by improvement in the time to 1.0 mm ST-segment depression and rate pressure product (RPP). All patients developed ischemia in ET3; however, 83.3% of patients in group R experienced ischemia earlier in ET4, without significant improvement in RPP, indicating the cessation of IPC (P < 0.0001). In group V, only 28% of patients demonstrated IPC cessation, with 72% still having the protective effect (P < 0.0069).CONCLUSIONSRepaglinide eliminated myocardial IPC, probably by its effect on the KATP channel. Vildagliptin did not damage this protective mechanism in a relevant way in patients with type 2 diabetes and CAD, suggesting a good alternative treatment in this population.
BackgroundCardiac-specific troponin detected with the new high-sensitivity assays can be chronically elevated in response to cardiovascular comorbidities and confer important prognostic information, in the absence of unstable coronary syndromes. Both diabetes mellitus and coronary artery disease are known predictors of troponin elevation. It is not known whether diabetic patients with coronary artery disease have different levels of troponin compared with diabetic patients with normal coronary arteries. To investigate this question, we determined the concentrations of a level 1 troponin assay in two groups of diabetic patients: those with multivessel coronary artery disease and those with angiographically normal coronary arteries.MethodsWe studied 95 diabetic patients and compared troponin in serum samples from 50 patients with coronary artery disease (mean age = 63.7, 58 % male) with 45 controls with angiographically normal coronary arteries. Brain natriuretic peptide and the oxidative stress biomarkers myeloperoxidase, nitrotyrosine and oxidized LDL were also determined.ResultsDiabetic patients with coronary artery disease had higher levels of troponin than did controls (median values, 12.0 pg/mL (95 % CI:10–16) vs 7.0 pg/mL (95 % CI: 5.9-8.5), respectively; p = 0.0001). The area under the ROC curve for the diagnosis of CAD was 0.712 with a sensitivity of 70 % and a specificity of 66 %. Plasma BNP levels and oxidative stress variables (myeloperoxidase, nitrotyrosine, and oxidized LDL) were not different between the two groups. In a multivariate analysis, gender (p = 0.04), serum glucose (0.03) and Troponin I (p = 0.01) had independent statistical significance.ConclusionTroponin elevation is related to the presence of chronic coronary artery disease in diabetic patients with multiple associated cardiovascular risk factors. Troponin may serve as a biomarker in this high-risk population.Trial registrationhttp://www.controlled-trials.com Registration number:ISRCTN26970041
BackgroundThe influence of diabetes mellitus on myocardial ischemic preconditioning is not clearly defined. Experimental studies are conflicting and human studies are scarce and inconclusive.ObjectivesIdentify whether diabetes mellitus intervenes on ischemic preconditioning in symptomatic coronary artery disease patients.MethodsSymptomatic multivessel coronary artery disease patients with preserved systolic ventricular function and a positive exercise test underwent two sequential exercise tests to demonstrate ischemic preconditioning. Ischemic parameters were compared among patients with and without type 2 diabetes mellitus. Ischemic preconditioning was considered present when the time to 1.0 mm ST deviation and rate pressure-product were greater in the second of 2 exercise tests. Sequential exercise tests were analyzed by 2 independent cardiologists.ResultsOf the 2,140 consecutive coronary artery disease patients screened, 361 met inclusion criteria, and 174 patients (64.2 ± 7.6 years) completed the study protocol. Of these, 86 had the diagnosis of type 2 diabetes. Among diabetic patients, 62 (72 %) manifested an improvement in ischemic parameters consistent with ischemic preconditioning, whereas among nondiabetic patients, 60 (68 %) manifested ischemic preconditioning (p = 0.62). The analysis of patients who demonstrated ischemic preconditioning showed similar improvement in the time to 1.0 mm ST deviation between diabetic and nondiabetic groups (79.4 ± 47.6 vs 65.5 ± 36.4 s, respectively, p = 0.12). Regarding rate pressure-product, the improvement was greater in diabetic compared to nondiabetic patients (3011 ± 2430 vs 2081 ± 2139 bpm x mmHg, respectively, p = 0.01).ConclusionsIn this study, diabetes mellitus was not associated with impairment in ischemic preconditioning in symptomatic coronary artery disease patients. Furthermore, diabetic patients experienced an improvement in this significant mechanism of myocardial protection.
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