RESUMO:Este artigo busca, antes de trazer conclusões, levantar pontos para reflexão. O termo cyberbullying tem sido usado para distinguir o bullying realizado diretamente entre as pessoas do bullying mediado por computadores em rede. Com base na teoria semiótica, discutimos a relação entre os dois termos tendo em vista lançar algumas luzes sobre essa diferenciação e possíveis consequências práticas do seu uso em relação à construção do sujeito na sociedade atual: os modelos tensivos por trás da construção do efeito de sentido de bullying e as estratégias de manipulação que conduzem a um bullying bem ou mal sucedido. Trata-se de refletir, portanto: até que ponto o bullying e o cyberbullying são problemas diferentes?PALAVRAS CHAVE: Bullying. Cyberbullying. Manipulação. Tensividade. Paixão. ABSTRACT:This article aims to raise points for discussion before then conclude anything. The term cyberbullying has been used to distinguish the bullying carried out face to face from the bullying mediated by networked computers. Based on semiotic theory, we discuss the relationship between these two terms in order to shed some light on this differentiation. Moreover, we discuss the possible practical consequences of the assumption of such differentiation on the construction of the subject in today's society: tensive models behind the construction of sense effects of bullying and strategies for handling bullying that lead to a successful or unsuccessful bullying try. The main question, therefore, is: to what extention bullying and cyberbullying are different problems? KEYWORDS: Bullying. Cyberbullying. Manipulation. Tensivity. Passion. INTRODUÇÃOO conceito de cyberbullying traz em si a afirmação de um espaço especial de existência, que eu proponho chamar de locus digitalis. Muitos acreditam na existência de um "mundo virtual" no qual transitamos com uma liberdade maior do que seria, por oposição, um "mundo real". A palavra "virtual", no entanto, carrega um sentido antes vinculado ao imaginário da nossa cultura do que à existência propriamente dita.Até o minidicionário Aurélio i sabe disso: virtual é o que "existe como potência, mas não realmente" ou "com possibilidade de realizar-se" ou ainda, vinculado ao jargão da informática, "diz-se daquilo que, por meios eletrônicos, constitui representação ou simulação de algo real". Virtual não é realizado, não é concreto, não tem existência senão como simulação ou representação. No entanto, as relações entre pessoas conectadas entre si pela internet são relações reais, concretas, baseadas em afetividade e constituindo jogos de influências por vezes muito fortes. Somente 2
A documentação, para o software livre, é absolutamente essencial. A partir de uma analogia entre documentação de software e documentação para alugar uma casa, o texto analisa semioticamente a documentação como elemento de comunicação, discutindo o papel dos tipos de documento nos processos de produção e divulgação de software. A análise semiótica tensiva permite perceber a relação entre controle e espalhamento na constituição dos quadros de valores do software proprietário e do software livre, o que permite investigar a acepção de ";liberdade"; em cada um dos dois casos.
O objetivo deste trabalho é relatar a experiência com formação docente para o uso de jogos digitais, gamificação e cultura maker no processo de ensino e aprendizagem de línguas com o intuito de sanar alguns problemas que as escolas apresentam, como a motivação dos alunos para aprendizagem. São ferramentas que contribuem muito com a ludicidade, a interatividade e a explicitação de valores. Essa proposta de formação vai ao encontro do que afirmam Lima Lopes et al. (2021): raras são as discussões sobre o papel dos processos de comunicação tecnologicamente mediados. Isso acarreta foco somente em questões estruturais da linguagem ou em produções discentes que não necessariamente observam o papel social da língua. Nosso referencial teórico é composto de estudos de Benvindo (2019), Zichermann (2011) e Borges (2013), com experiências sobre uso de tecnologias e gamificação e a metodologia ativa no uso da sala de aula invertida; Vygotsky (1999), sobre a importância de um espaço colaborativo para a aprendizagem; e Rojo (2012), nos estudos dos letramentos. Seguimos também os pressupostos de Gee (2003, 2004, 2005 e 2014), sobre gamificação e design de games, e de Leffa (2012, 2020), sobre o uso de jogos digitais no ensino de línguas. Analisamos algumas ferramentas, como criadores de caça-palavras, palavras-cruzadas, jogos da forca, tirinhas, e expusemos seus aspectos técnicos e mecanismos, como layout, interatividade, diversão e jogabilidade, associando-os às habilidades de linguagens na BNCC (BRASIL, 2017). Além do necessário levantamento bibliográfico sobre os conceitos e testagem das ferramentas computacionais utilizadas, trata-se de uma pesquisa qualiquantitativa, com aplicação de questionário e análise das respostas entre professores da Educação Básica. Os beneficiados pelos resultados da pesquisa serão os estudantes e os professores que, ao explorarem a cultura maker para a construção do conhecimento, terão ao seu dispor recursos e ferramentas auxiliares para o processo. Esperamos que esta pesquisa abra caminhos para práticas pedagógicas e proporcione outros estudos mais avançados que reflitam sobre possibilidades de uso de jogos digitais para o aprendizado da língua (no nosso caso, tratamos da materna, mas pensamos também em outras modalidades) e que essa reflexão repercuta na produção de materiais e recursos didáticos.
This paper introduces the SilWeb software and discusses its design, which is notable for being the result of cooperation among linguists and engineers. Because of this, our development proceeds in two parallel tracks: a Mattosian study of our automatic phonological transcription and of the software algorithm. Both studies are reported here. KeywordsComputacional linguistics, Phonology, Syllable, Text processing, Programming ResumoEste artigo apresenta o programa SilWeb -um programa analisador de texto escrito cuja finalidade é obter informações lexicais sobre acento e tipo de unidade fonológica -, e discute o processo de sua elaboração, cuja peculiaridade foi ser o resultado de uma interação entre lingüistas e engenheiros. Em função dessa
O objetivo deste artigo é relatar uma experiência de criação e desenvolvimento do Ambiente Livre e Colaborativo do Estudante (ALCE), na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais, em funcionamento desde o segundo semestre de 2017. O projeto partiu da dificuldade do estudante, por vários motivos, de inserir-se efetivamente em práticas acadêmicas que são exigência desse nível de ensino. Diante desse diagnóstico, com base em fundamentos da pedagogia crítica de Paulo Freire, da Cultura Livre e de multiletramentos, uma equipe de docentes da Faculdade propôs um ambiente de acolhimento online e presencial. O ALCE tem alcançado seus objetivos, por propiciar ao estudante da Faculdade sentir-se acolhido, participante efetivo de seu curso, respeitado na sua individualidade e motivado a colaborar com o outro.
O bullying costuma ganhar muito destaque como problema social quando chega aos jornais com suas ocorrências de violência extrema, mas é um problema frequenteque afeta não só alunos de todos os níveis escolares, mas também professores e outras vítimas fora desse contexto. Diante de um evento de tal dimensão na sociedade, é natural que o grande sucesso de redes sociais online traga para a internet esse problema – ou a internet para esse problema.Este é o primeiro número temático da Revista Texto Livre: Linguagem e Tecnologia e foi projetado para congregar diferentes estudos de casos de bullying e sobre o próprio conceito, com especial foco para a relação entre bullying e sua ocorrência na web, denominada usualmente cyberbullying. Em seis dos oito artigos desse número, a abordagem teórica e metodológica escolhida foi a Semiótica Francesa ou Greimasiana, que tem como objetivo principal a descrição e exame do sentido, e de seus efeitos, por análises textuais e discursivas.Abrindo a edição, A RESPEITO DA CONSTRUÇÃO SEMIÓTICA DO SENTIDO DO BULLYING E DO CYBERBULLYING, de Ana Matte, discute a relação entre bullying e cyberbullying a partir de uma proposta de análise semiótica da construção dos sujeitos e da relação cognitiva entre eles.Dois artigos têm como objeto o episódio Casey Heynes, um caso de bullying em ambiente escolar da Austrália, amplamente divulgado na internet. O artigo CASEY HEYNES: ESTUDO SEMIÓTICO DE UM CASO DE BULLYING REGISTRADO EM VÍDEO, de autoria de Isabel Coimbra, Daniervelin Pereira e Paulo Serrano, privilegiou a análise semiótica com foco no nível narrativo e em como a sequência de eventos produz um percurso passional complexo. Em CASO CASEY HEYNES: UMA ABORDAGEM SEMIÓTICA DO TRATAMENTO DADO AO BULLYING NA ATUALIDADE, os autores, Carlos de Castro, Ester da Silva, Elisângela Helal e Ghisene Gonçalves, partem de uma reportagem da Revista Nova Escola a respeito do conflito, para investigar os processos de construção de valores como a violência na sociedade e o papel da escola em casos semelhantes, também sob o ponto de vista da Semiótica Francesa.O artigo BULLYING E SEMIÓTICA: UM ESTUDO DOS ESTADOS DE ALMA DOS SUJEITOS, de Marisa Aderaldo, trabalha semioticamente o bullying num caso específico que envolve um portador de deficiência visual, e procura descrever os padrões passionais que envolvem a relação dos sujeitos com o poder em tal situação.As autoras de UMA ANÁLISE SEMIÓTICA DA TEMÁTICA BULLYING EM TEXTO DIVULGADO EM REDE SOCIAL, Agleice Gama, Francine dos Santos e Ranielli Azevedo, analisam, pelo viés da semiótica narrativa greimasiana, um artigo publicado no Facebook com o objetivo de motivar os participantes dessa rede social a se posicionarem sobre o tema; a análise inclui as respostas publicadas e questiona a onipotência presumida do agressor, com base na teoria proposta.Ainda na mesma linha teórica, Rafael Andrade, em A POLÊMICA SOBRE O BLOG “O MUNDO PRECISA DE POESIA”: UMA ANÁLISE SEMIÓTICA, analisa duas notícias sobre um caso de paródia envolvendo um projeto da intérprete Maria Bethânia, cujas caraterísticas remetem a um quadro compatível com o que se classifica como bullying.O ESTUDO DA OCORRÊNCIA DE CYBERBULLYING CONTRA PROFESSORES NAREDE SOCIAL TWITTER POR MEIO DE UM ALGORITMO DE CLASSIFICAÇÃOBAYESIANO, de Rafael Almeida, focaliza a agressão contra professores num estudo de webssemântica envolvendo técnicas computacionais e traz resultados a partir dessa mineração realizada durante uma semana na rede social Twitter.Pelo viés da psicanálise e da sociologia, A COISIFICAÇÃO DO “EU” E A PERSONIFICAÇÃO DA “COISA” NAS REDES SOCIAIS: VERDADES E MENTIRAS NA FORMAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE IDENTIDADES, de Jefferson Azevedo, Carlos Souza e Rosalee Istoe, focalizam a formação de identidades em Redes Sociais online.Longe de querer dar a palavra final sobre o tema, a Revista Texto Livre convida todos para a leitura e reflexão que o cyberbullying, por sua vasta existência espacial e temporal, requer de cada um de nós.Agradecemos aos autores e editores pela fundamental colaboração e desejamos a todos uma ótima leitura. Ana Cristina Fricke Matte e Daniervelin Renata Marques Pereira
RESUMO:O surgimento da Web 2.0 e sua aplicação no contexto da educação ainda são muito recentes e praticamente desconhecidos nas escolas de educação básica, e mesmo no ensino superior. Ainda que imersos nessa nova tecnologia, raramente paramos para depreender seus efeitos. Um estudo de alguns textos colhidos na própria web pode nos ajudar a perceber alguns sentidos envolvidos nesse novo panorama. Qual é/são o(s) discurso(s) defendido(s) nesses textos? Pelos níveis fundamental, narrativo e discursivo da semiótica francesa, algumas ferramentas da sintaxe e da semântica contribuíram para se desvelar a construção do texto e os sentidos agregados a ele. Com base em textos verbal (artigo), imagético (charge, esquema) e sincrético (vídeo), direcionamos nosso foco ao plano do conteúdo para verificar variantes e invariantes entre as produções atuais sobre a relação entre Web 2.0 e educação. Palavras-chave: linguagem e tecnologia; Web 2.0; educação; semiótica francesa. ABSTRACT:The emergence of Web 2.0 and its application in the context of education are still very new and virtually unknown in the schools of basic education, and even higher education. While we are immersed in this new technology, we rarely stop to infer its effects. A study of some texts caught in the web can help us understand some senses involved in this new approach. What is / are the discourse (s) defended in these texts? By fundamental, narrative and discursive levels of French semiotics, some tools of the syntax and semantics contributed to reveal the construction of the text and the senses aggregates to it. Based on verbal texts (article), Imaging (charge, schedule) and syncretic (video), we direct our focus to the plane of content to determine variations and invariant between products current on the relationship between Web 2.0 and education.
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