1991
DOI: 10.1590/s0034-71671991000100002
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Recursos humanos de saúde: um desafio estratégico para a qualidade da assistência de saúde e para a organização do SUS - com ênfase na enfermagem - subsídios para a discussão e análise da proposta do MS/FNS/DPO sobre agentes comunitários de saúde

Abstract: -Subsídios para a discussão e análise da proposta do MS/FNS/DPO sobre Agentes Comunitários de Saúde INTRODUÇÃOImportante ressaltar que os problemas que hoje conformam a situação de recursos humanos em saúde não são recentes, como também não são resultantes apenas das determinações intrínsecas da área. Ao con trário, as distorções atuais são expressões inequívocas da adoção de políticas setoriais que privilegiam: a di cotomia histórica entre ações curativas individuais e coletivas de saúde pública, a discrimina… Show more

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“…E como conseqüência, da fragmentação e desqualificação a enfermagem sofre um processo de descaracterização marcado principalmente pelos seguintes aspectos: o pessoal sem qualificação específica recebeu das estruturas administrativas nomenclaturas distintas, embora a natureza do trabalho permanecesse a mesma, como foi o caso do tradicional "Atendente de Enfermagem" que passou a ser identificado com outras denominações, levando em consideração a instituição e o vínculo (6,7,8) . Esta abertura permitiu a entrada de outros profissionais como supervisores e instrutores destas novas categorias de profissionais, afastando o enfermeiro da sua função específica de supervisor do processo de trabalho, descaracterizando desta forma a equipe de enfermagem em um processo coletivo de trabalho.…”
Section: O Contexto Das Falasunclassified
“…E como conseqüência, da fragmentação e desqualificação a enfermagem sofre um processo de descaracterização marcado principalmente pelos seguintes aspectos: o pessoal sem qualificação específica recebeu das estruturas administrativas nomenclaturas distintas, embora a natureza do trabalho permanecesse a mesma, como foi o caso do tradicional "Atendente de Enfermagem" que passou a ser identificado com outras denominações, levando em consideração a instituição e o vínculo (6,7,8) . Esta abertura permitiu a entrada de outros profissionais como supervisores e instrutores destas novas categorias de profissionais, afastando o enfermeiro da sua função específica de supervisor do processo de trabalho, descaracterizando desta forma a equipe de enfermagem em um processo coletivo de trabalho.…”
Section: O Contexto Das Falasunclassified
“…Segundo Barros et al (1991), os problemas que conformam o cenário atual da força de trabalho em saúde no Brasil não são recentes nem resultam apenas das determinações intrínsecas ao setor. Esses problemas têm raízes na estrutura socioeconômica e política do país, pela adoção de políticas setoriais que privilegiam a dicotomia histórica entre ações curativas individuais e coletivas de saúde pública, a discriminação da oferta de serviços à população em função da sua importância financeira para o setor econômico, a progressiva simplificação de procedimentos nos serviços básicos de saúde, assim como a progressiva diminuição percentual dos recursos financeiros para o setor saúde.…”
Section: A Força De Trabalho Em Saúde Na Nova Ordem Do Mundo Do Trabalhounclassified
“…Desta forma, o setor privado de saúde se expande, principalmente nos centros urbanos das regiões Sul/Sudeste, absorvendo tecnologia e oferecendo serviços especializados, destinados à clientela que pode custeá-los, uma minoria no país; em contrapartida, o setor público responsável pelo atendimento da parcela maior e mais empobrecida da população, gradativamente enfrenta maior limitação técnico-financeira. Barros et al (1991) consideram que os problemas enfrentados pela força de trabalho em saúde são: heteronomia salarial; jornada de trabalho diferenciada e desigual; critérios arbitrários para ascensão funcional; ausência de Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS); falta de avaliação de desempenho ou avaliações realizadas sem critérios explícitos; ausência de diretrizes e princípios técnico-institucionais no processo de contratação por clientelismo; baixos salários; ausência de uma política de educação continuada; polarização nas categorias majoritárias de médicos e pessoal sem formação específica (atendentes, agentes de saúde e similares); sobrecarga de trabalho para alguns profissionais ou ocupacionais, com processo simultâneo de subutilização de outros trabalhadores; excesso de profissionais e/ou ocupacionais na totalidade dos dados quantitativos da força de trabalho, porém, com deficiência em setores básicos e essenciais.…”
Section: A Força De Trabalho Em Saúde Na Nova Ordem Do Mundo Do Trabalhounclassified
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