“…A discussão sobre a especificidade paradigmática do campo da Saúde Coletiva: se é multidisciplinar, interdisciplinar ou, em versão emergente, transdisciplinar, vem sendo uma preocupação contínua da área nos últimos dez anos, ressaltando-se a título de exemplos trabalhos como os de Paim e Almeida Filho (2000, 1998, Almeida Filho (2001, 2005, Nunes (2001Nunes ( , 2005, Campos (2000), Ayres (2001), Luz (2000Luz ( , 2001Luz ( , 2003, Canesqui (2000), Castiel (2001), além de estudos pioneiros, anteriores em meia década (Nunes, 1995, Canesqui, 1997, Luz, 1997, Stotz, 1997, que revisaram o campo tanto do ponto de vista dos seus conteúdos, metodologias e saberes disciplinares, como das práticas que o compõem. Problematizaram o que pode caracterizá-lo como núcleo epistemológico, teórico e prático, distinguindo-o (mas ao mesmo tempo aproximando-o), em termos paradigmáticos, das ciências humanas, da medicina, da epidemiologia clássica, assim como do planejamento, da gestão e avaliação das políticas de saúde, institucionalizadas em programas e serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).…”