Abstract:Este artigo analisa o crescimento populacional intraurbano em São Paulo nos anos 2000. A publicação recente das informações do Censo 2010 reacendeu o debate sobre o crescimento na metrópole, em especial o relativo às áreas centrais. Utilizando informações desagregadas espacialmente, o artigo mostra a presença de padrões de crescimento substancialmente mais complexos do que os considerados no debate, com taxas de crescimento diferenciadas em diversas regiões, tanto no centro quanto nas periferias. As causas par… Show more
“…Na década de 1980, notava-se uma segregação radial e concêntrica em São Paulo (BONDUKI e ROLNIK, 1982), isto é, um crescente esvaziamento e precarização em direção às periferiastambém notada por Santos (1990). Nas últimas décadas, apesar desta estrutura permanecer, observa-se uma complexificação, ligada à maior heterogeneidade das periferias e à maior homogeneidade nas áreas habitadas pelas elites (MARQUES, 2014;MARQUES e REQUENA, 2013).…”
Section: A Fragmentação Socioespacial No Debate Brasileiro E Latino-americano: a Procura De Uma Ferramenta Analítica E Descritivaunclassified
Este artigo visa delimitar o conceito de fragmentação socioespacial, enquanto ferramenta teórico-analítica para estudar as cidades. A partir de uma revisão da literatura, a fragmentação socioespacial é explorada sob diversos aspectos: como processo, como forma urbana, como conceito, como paradigma e como método. Argumenta-se que a ideia de fragmentação socioespacial precisa dialogar com outras vertentes teóricas capazes de explicar as mudanças em curso no urbano. Assim, o conceito de fragmentação, para estudar as mudanças urbanas em curso, precisa ser apreendido junto com a fase crítica (de urbanização planetária) e com a fase atual do capitalismo. A partir daí, o cotidiano urbano e as práticas socioespaciais são indicadas como caminhos para captar a fragmentação socioespacial.
“…Na década de 1980, notava-se uma segregação radial e concêntrica em São Paulo (BONDUKI e ROLNIK, 1982), isto é, um crescente esvaziamento e precarização em direção às periferiastambém notada por Santos (1990). Nas últimas décadas, apesar desta estrutura permanecer, observa-se uma complexificação, ligada à maior heterogeneidade das periferias e à maior homogeneidade nas áreas habitadas pelas elites (MARQUES, 2014;MARQUES e REQUENA, 2013).…”
Section: A Fragmentação Socioespacial No Debate Brasileiro E Latino-americano: a Procura De Uma Ferramenta Analítica E Descritivaunclassified
Este artigo visa delimitar o conceito de fragmentação socioespacial, enquanto ferramenta teórico-analítica para estudar as cidades. A partir de uma revisão da literatura, a fragmentação socioespacial é explorada sob diversos aspectos: como processo, como forma urbana, como conceito, como paradigma e como método. Argumenta-se que a ideia de fragmentação socioespacial precisa dialogar com outras vertentes teóricas capazes de explicar as mudanças em curso no urbano. Assim, o conceito de fragmentação, para estudar as mudanças urbanas em curso, precisa ser apreendido junto com a fase crítica (de urbanização planetária) e com a fase atual do capitalismo. A partir daí, o cotidiano urbano e as práticas socioespaciais são indicadas como caminhos para captar a fragmentação socioespacial.
“…(Taschner y Bógus 2001, Jannuzzi 2007. Por otro lado, los datos del censo demográfico de 2010 indican una alteración relativa en esta dinámica histó-rica, ya que la región central de la ciudad presentó crecimiento poblacional, mientras que algunos sectores de la periferia disminuyeron su ritmo de crecimiento (Marques y Requena 2013). El patrón de urbanización periférico creó una ciudad dividida.…”
Section: El Desafío De Revertir La Degradación De Ríos Y Arroyos unclassified
O padrão de urbanização da cidade de São Paulo resultou na degradação de seus recursos hídricos. O cenário é de córregos contaminados, várzeas ocupadas por favelas, ausência de rede coletora e de tratamento de esgotos. Políticas públicas voltadas à recuperação de rios e córregos urbanos, ainda são tímidas. Esses córregos podem ser importantes prestadores de serviços ecossistêmicos. Este artigo analisa políticas públicas visando a recuperação ambiental de córregos urbanos, enquanto novo paradigma na gestão dos recursos hídricos.
“…This is a known issue concerning income data, which often prevents its use for comparative analyses since monetary values change over time and between study areas (Reardon et al 2006). Marques and Requena (2013) highlight the exogenous factors that affect income variables in Brazil, which include inflation, income transfer policies, and changes in the data collection methods.…”
Income variables from the Brazilian population census (IBGE) are often used as proxies for the population's socioeconomic level in spatial analyses of urban segregation, inequality and social exclusion. However, income variables are dependent on reference values (minimum wage) that change over time, which can be challenging for multitemporal analysis. This paper discusses this issue and proposes a methodology to adjust income data that allows a meaningful comparison between the datasets of two Census periods. The methodology was applied to five medium-sized cities of the state of São Paulo by adjusting income data from Census 2000 and 2010 according to the period's inflation rates. The analysis shows that the methodology mitigates the comparability issues. Results better reflect the changes in population composition and in residential patterns of different income groups that took place over the 2000s in Brazil in medium-sized cities.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.