A reflexão sobre as práticas sociais, em um contexto marcado pela degradação permanente do meio ambiente e do seu ecossistema, cria uma necessária articulação com a produção de sentidos sobre a educação ambiental. A dimensão ambiental configura-se crescentemente como uma questão que diz respeito a um conjunto de atores do universo educativo, potencializando o envolvimento dos diversos sistemas de conhecimento, a capacitação de profissionais e a comunidade universitária numa perspectiva interdisciplinar. O desafio que se coloca é de formular uma educação ambiental que seja crítica e inovadora em dois níveis: formal e não formal. Assim, ela deve ser acima de tudo um ato político voltado para a transformação social. O seu enfoque deve buscar uma perspectiva de ação holística que relaciona o homem, a natureza e o universo, tendo como referência que os recursos naturais se esgotam e que o principal responsável pela sua degradação é o ser humano. CIDADANIA -ECOLOGIA -EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A multiplicação dos riscos, em especial os ambientais e tecnológicos de graves conseqüências, é elemento chave para se entender as características, os limites e as transformações da nossa modernidade. É cada vez mais notória a complexidade desse processo de transformação de uma sociedade cada vez mais não só ameaçada, mas diretamente afetada por riscos e agravos socioambientais. Os riscos contemporâneos explicitam os limites e as conseqüências das práticas sociais, trazendo consigo um novo elemento, a "reflexividade". A sociedade, produtora de riscos, torna-se crescentemente reflexiva, o que significa dizer que ela se torna um tema e um problema para si própria. O conceito de risco passa a ocupar um papel estratégico para o entendimento das características, dos limites e das transformações do projeto histórico da modernidade e para reorientar estilos de vida coletivos e individuais. Num contexto marcado pela degradação permanente do meio ambiente e do seu ecossistema, isso envolve um conjunto de atores do universo educativo em todos os níveis, potencializando o engajamento dos diversos sistemas de conhecimento e a sua capacitação numa perspectiva interdisciplinar. Os educadores têm um papel estratégico e decisivo na inserção da educação ambiental no cotidiano escolar, qualificando os alunos para um posicionamento crítico face à crise socioambiental, tendo como horizonte a transformação de hábitos e práticas sociais e a formação de uma cidadania ambiental que os mobilize para a questão da sustentabilidade no seu significado mais abrangente.
O presente trabalho aborda o cenário brasilero, da Região Metropolitana de São Paulo e da cidade de São Paulo em relação à gestão integrada e sustentável de resíduos sólidos urbanos, apontando os principais avanços, retrocessos e desafios. Destaca-se o importante papel da universalização da coleta seletiva com inclusão de catadores de materiais recicláveis na cidade de São Paulo como estratégia para promover sustentabilidade socioambiental urbana.
This paper presents the scenario related to urban solid waste at the national level, metropolitan São Paulo and São Paulo pointing the main advances, backlashes and challenges. The emphasis is on the important role of the universalization of selective waste collection with the inclusion of waste pickers of recyclable materials within the city of São Paulo as a strategy to promote socioenvironmental urban sustainability
O objetivo deste artigo é discutir a situação atual de escassez hídrica na Região Macrometropolitana de São Paulo, Brasil, centrado numa realidade que aflige o conjunto de represas responsável por abastecer nove milhões de habitantes na Grande São Paulo à luz do referencial teórico da governança da água. O foco da reflexão se centra na necessidade de revisão da atual política de governança da água. Há a necessidade de enfrentar o uso insustentável da água, na medida em que as mudanças climáticas demandam a gestão do risco e a necessidade de promover transparência e accountability na gestão pública. As consequências sociais, políticas e econômicas que a escassez de água acarreta ao estado de São Paulo coloca a necessidade de mudanças profundas na governança da água nesse complexo cenário. Nesse sentido, o artigo se propõe mostrar que a problemática da falta de um modelo de governança eficaz e equitativo demanda novas respostas que integrem os diversos atores por meio de uma rede de ação pela água.
Na última década, multiplicaram-se os módulos, cursos e programas relacionados à sustentabilidade no ensino superior em geral, assim como mais especificamente no ensino da Administração. O propósito deste artigo é apresentar uma reflexão e uma avaliação de tais esforços e mapear caminhos para a construção de módulos, cursos e programas por meio de uma reflexão sobre paradigmas da educação e suas práticas. O objetivo é contribuir no debate sobre o papel da educação superior e notadamente dos cursos de Administração e Gestão, na medida em que se observa um significativo aumento do número de instituições de ensino superior que apresentam efetiva motivação para formar estudantes com conhecimento e habilidades necessários para colocar a sustentabilidade no centro de suas futuras atividades de gestão. Apresenta-se uma reflexão sobre as principais vertentes de pensamento e os debates atuais, identificam-se as ambiguidades e contradições, e se apresentam as possibilidades de integração do tema da sustentabilidade nos cursos de Administração. Os autores trazem à tona a temática da sustentabilidade nas empresas e seu diálogo com a academia, bem como as implicações da emergência da sociedade de risco para a educação superior e as escolas de Administração. Também se abordam as correntes de pensamento da economia e ecologia propostas para a educação, dentro de paradigmas que tratem da complexidade e inserção da sustentabilidade na educação superior e nas escolas de Administração. O artigo está estruturado em quatro seções: a primeira mapeia a sociedade de risco e o pensamento econômico recente, e esboça os fundamentos/premissas da sociedade, bem como os paradigmas da educação; a segunda apresenta um levantamento sobre promoção/difusão da sustentabilidade na educação superior, destacando contexto, resultados e desafios; a terceira foca a sustentabilidade no ensino da Administração e seus principais desafios; e a última seção propõe três caminhos para integrar o tema da sustentabilidade no ensino da Administração, com as competências para o desenvolvimento sustentável, e, finalmente, as implicações, os obstáculos e as possibilidades de integrar a sustentabilidade no ensino da Administração. O artigo dialoga com a literatura internacional mais recente e busca interessar os leitores sobre os principais desafios conceituais para educar indivíduos responsáveis e comprometidos com a sustentabilidade.
O objetivo deste texto é de aprofundar a reflexão em torno das dimensões da participação e das possibilidades de ampliação da cidadania na gestão do meio ambiente, com ênfase na gestão compartilhada de recursos hídricos. A análise focaliza, de um lado, o fortalecimento do espaço público e a abertura da gestão pública à participação da sociedade civil na elaboração de suas políticas públicas; e, de outro lado, a sempre complexa e contraditória institucionalização de práticas participativas inovadoras que marcam rupturas com a dinâmica predominante. Os temas aqui desenvolvidos estão organizados de forma a introduzir o leitor no universo de questões que, apesar da sua multiplicidade, se centram na associação entre cidadania, democracia participativa, governabilidade e sustentabilidade.
RESUMO:A participação como eixo norteador das práticas sociais de educação ambiental coloca como necessidade a articulação de saberes e fazeres para responder às complexas questões socioambientais. Este artigo desenvolve uma reflexão crítica sobre as práticas socioambientais educativas de caráter coletivo e colaborativo, com dinâmicas abertas e vivenciais, que têm se revelado como processos importantes na produção de uma cultura de diá-logo, de participação, de mobilização e de potência de ação. Enfatizam-se as abordagens integradoras das relações entre as dimensões subjetivas e intersubjetivas e a possibilidade de estimularem a constituição de identidades coletivas e de comunidades em espaços de convivência. Isso abre caminhos para incrementar o potencial educativo de espaços dentro e fora da escola que podem se tornar contextos possíveis de diálogos democráticos, mediando experiências de diferentes sujeitos, protagonistas locais na construção de projetos de intervenção coletivos.Palavras-chave: Educação ambiental. Participação social. Mobilização.
RESUMOO objetivo deste estudo foi o de analisar um projeto de prevenção de drogas e Aids desenvolvido nas escolas públicas estaduais de São Paulo. A análise foi desenvolvida considerando-se a diversidade e a complexidade do uso contemporâneo de drogas e o papel da escola, como uma agência de socialização, ambos historicamente determinados. As concepções analisadas são concepções sobre drogas; a relação entre drogas e Aids -como um dos eventos vinculados ao processo saúde-doença; e concepções e objetivos da prevenção. A análise é baseada em documentos e nos depoimentos dos supervisores do projeto, professores treinados pelo projeto e estudantes que participaram das atividades. O estudo encaminha conclusões que implicam o ordenamento das políticas públicas de prevenção relacionadas a droga e Aids.
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