Efeitos da substituição do milho pela raspa de mandioca na alimentação de frangos de corte, durante as fases de engorda e final

Abstract

RESUMOObjetivou-se com este trabalho avaliar a substituição do milho por raspa de mandioca nas rações de frangos de corte, durante as fases de engorda e final. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado, com seis tratamentos representados pela raspa de mandioca (0, 5, 10, 15, 20 e 25%) em substituição ao milho, seis repetições e 25 aves por repetição. No final de cada fase, foram analisados o consumo de ração (CR), ganho de peso (GP) e conversão alimentar (CA). Após serem feitas as análises estatísticas e interpretado os resultados, observou-se na fase de engorda e final, efeito quadrático para ganho de peso e conversão alimentar. Quanto aos níveis de raspa de mandioca adequados de acordo com cada fase de criação, pode-se concluir que para a fase de engorda, recomenda-se 10,24% de raspa de mandioca como sucedâneo ao milho, sem que ocorram prejuízos no desempenho dos animais e para a fase final não se recomenda a adição desse subproduto às rações de frangos de corte, uma vez que ocorre diminuição no ganho de peso e piora na conversão alimentar. Termos para indexação:Alimentação alternativa, aves, desempenho. ABSTRACTThis study was carried out with the objective to evaluate the substitution of the corn for cassava meal in broilers diets in the growing and finishing phases. A completely randomized design, with six treatments representing cassava meal (0, 5, 10, 15, 20 and 25%) in replacing corn, six replicates and 25 broilers per replicate, was used. At the end of each phase, were analyzed feed intake (FI), weight gain (WG) and feed conversion (FC). The analysis of the data shown quadratic effect for growing and final phases. According to the statistical analysis the adequate cassava meal levels for each phase was determined. It was conclude that, in the growing phase, the broiler shown that up to 10.24% of corn should be replace by cassava meal , without affect the broilers performance, therefore for the final phase, any substitution level of cassava meal should be recommended due to reduction on the performance with the use of this manioc by-product. INTRODUÇÃONa avicultura atual, a alimentação representa aproximadamente 70% do custo de produção, sendo, portanto, fator de grande importância e preocupação para os produtores e nutricionistas.A especialização requerida pelas atuais linhagens de frangos de corte deve ser acompanhada por um equilíbrio ideal da dieta, quanto à qualidade da matéria-prima, do aspecto físico da ração e quanto ao atendimento dos requerimentos nutricionais mínimos para o máximo desempenho (TEIXEIRA, 1998).Desta maneira, novas pesquisas têm sido desenvolvidas com o objetivo de determinar as melhores opções de utilização de alimentos alternativos energéticos e protéicos, os quais devem propiciar um bom desempenho produtivo e reprodutivo das aves, reduzindo o custo de alimentação e resultando conseqüentemente em maior lucratividade ao produtor.A mandioca é um dos alimentos alternativos utilizados na alimentação animal, e pode gerar vários tipos de subprodutos. Geralmente utiliza-...

Raspa integral da raiz de mandioca para frangas de um a 42 dias de idade

“…A mandioca é considerada a principal fonte de carboidratos para milhões de pessoas. Segundo Nascimento et al (2005), essa planta, tipicamente brasileira, é cultivada em mais de dois milhões de hectares, com produtividade média de 13,2 t./ha. As raízes são excelentes fontes de energia, suas folhas ricas em proteína, e podem ser utilizadas tanto na alimentação humana como animal.…”

“…Como o índice de eficiência produtiva é uma variável que em sua composição envolve o ganho de peso, a viabilidade da criação, a conversão alimentar e o número de dias da fase estudada, assim, optou-se por esta variável para definição do nível de inclusão da raspa integral da raiz da mandioca na alimentação dessas aves, cujo valor foi de 6,77%. Esse valor mostrou-se inferior aos 10,24% de inclusão da raspa da mandioca recomendado por Nascimento et al (2005), ao encontrarem efeito quadrático para ganho de peso e conversão alimentar, quando substituíram o milho pela raspa da raiz da mandioca nos níveis (0; 5; 10; 15; 20 e 25%). Na fase de engorda, em função dos resultados negativos, com ocorrência de diminuição de ganho de peso e piora na conversão alimentar dos animais, os autores não recomendam a utilização desse produto.…”

Farelo da raiz integral de mandioca em dietas de frangos de corte tipo caipira

“…Conseqüentemente, por essa razão, aumentam-se os níveis de energia líquida (EL) metabolizados, uma vez que essa é resultado da energia metabolizável menos a energia perdida como IC, podendo promover melhores resultados de desempenho das aves, visto que influencia diretamente na energia retida como produção animal (Penz Jr. et al, 1999). Em contrapartida, Nascimento et al (2005) verificaram um efeito quadrático para o GP e relataram que o melhor nível de raspa de mandioca na ração, que é um alimento de composição semelhante ao FRIM, foi de 8,4%. Os mesmos autores verificaram que o aumento da participação desse ingrediente na dieta de frangos de corte promoveu um decréscimo para o GP nos períodos de 22 a 35 e 36 a 42 dias de idade.…”

Viabilidade econômica da farinha do resíduo de tucumã na alimentação de frangos de corte

“…Foram observadas diferenças significativas para o valor agregado bruto (P<0,05) onde a partir da derivação da função obtida (Y = -0,0283x² + 0,30547x + 45,32) obteve-se o melhor valor agregado bruto (R$ 46,14) no nível de inclusão de 5,39%. Neste contexto, ressalta-se que antes da análise de rentabilidade de um produto alternativo, recomenda-se constatar a relação existente entre a análise nutricional e produtiva deste baseando-se em estudos que detectem a viabilidade zootécnica destes, assim verificando os aspectos econômicos que comprovem o seu real potencial de utilização, e até que ponto esta utilização mostra-se vantajosa para produção em escala industrial, ou seja, até que ponto é lucrativo e rentável ao produtor (NASCIMENTO et al, 2005;RUFINO et al, 2015).…”