.O número 42 da Revista Trabalho Necessário é publicado em uma conjuntura de grande gravidade política e social no país, que expressa o avanço da estratégia ultraliberal e ultraconservadora frente às políticas sociais e a organização classista da extrema direita, via fascistização da sociedade. O empresariamento da educação, para os setores dominantes, além de representar a ação organizada de disputa do fundo público e incentivo à privatização no campo educacional pelos setores rentistas, também configura a destruição do projeto de escola pública forjado nas lutas sociais. Destacamos, por sua contribuição histórica a esse projeto de escola pública, a figura militante do educador socialista Florestan Fernandes, cujo aporte à leitura da particularidade do capitalismo dependente na formação social brasileira é irrefutável para a compreensão das contrarreformas também como marca do caráter não-clássico da revolução burguesa no Brasil.
RESUMO.Este trabalho abordará as inquietações sobre a dicotomia existente entre Educação no Campo e Educação do Campo. A partir da leitura de referencial teórico, decidimos confrontar o que conhecemos do sistema educacional brasileiro, com a realidade por nós vivenciada e, além disso, confrontar o discurso oficial de educação plural com o desejo e a necessidade de movimentos sociais por uma educação mais digna. O movimento social escolhido para a nossa análise foi o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), por ser um movimento de amplo alcance e respaldo em nossa região. Para isso elegemos uma pessoa integrante do movimento para a realização de uma entrevista semiestruturada. O entrevistado é graduado em um curso diretamente envolvido com a Educação o que também lhe dá embasamento teórico para discorrer sobre tal temática. De acordo com os dados coletados, as pessoas do MPA acreditam em um sistema educacional melhor e, essa melhora passa pelo diálogo entre Estado e Movimentos Sociais. No caso do MPA, esse diálogo tem como ideia central a valorização da cultura camponesa dentro do ambiente escolar e, a garantia da manutenção das escolas do campo, assim, pode ajudar a diminuir o êxodo rural e, consequentemente melhorar a qualidade de vida.
Palavras-chave:Educação do Campo, Movimento Social, Sistema Educacional.
O propósito é refletir sobre modos de vida em povos e comunidades tradicionais no Vale do Guaporé (Rondônia), trazendo evidências empíricas dos nexos entre trabalho-educação e economia e cultura. Tendo o materialismo histórico como referência teórico-metodológica, perguntamo-nos: mediados pelo trabalho, que relações mulheres e homens estabelecem com a natureza? Quais são os costumes e normas de convivência que orientam a vida em comunidade? Em que medida os processos educativos contribui para que se mantenham vivas as práticas sociais e saberes tradicionais? Quais são as mediações do capital na conformação das culturas do trabalho?
O estudo analisa o relacionamento entre o biofísico e o social no contexto de vida de camponesas e camponeses resultantes de assentamentos da “reforma agrária” do MST na Amazônia brasileira. Neste caso, utilizamos como referência o assentamento Margarida Alves, que é composto por cerca de 258 famílias de camponesas e camponeses, distribuídas em cerca de onze mil hectares em parcelas de cerca de 24 hectares por família, localizado na região central de Rondônia. A metodologia parte da combinação had hoc de metodologias quantitativas seguidas de metodologias qualitativas adaptadas do método de “contextualização progressiva” (VAYDA, 1983), que por sua vez estabelece procedimentos progressivamente mais amplos ou densos para analisar interações homem-ambiente. O estudo traz a agrobiodiversidade de ecossistemas locais que tem representado uma rica diversidade genética, resultado de um acervo de conhecimento diversificado que se manifesta, não poucas vezes, nas diversas formas de vida material e simbólica como representação social do meio ambiente local; cultivando, planejando, cuidando e guardando um acervo de biodiversidade no amplo mapa do desmatamento e da pecuária extensiva no estado de Rondônia.
O ato de documentar as lutas de resistência pela terra, pela defesa e conquista de direitos, bem como denunciar a violência sofrida pelos povos do campo e nas relações de trabalho e produção, existe desde o surgimento da Comissão Pastoral da Terra (CPT), em 1975. À medida que essa realidade se mostrava mais premente, sentiu-se a necessidade de criar um Setor de Documentação. A partir do ano de 2013 tal setor passou a ser chamado Centro de Documentação Dom Tomás Balduíno - CPT. No início, os registros eram feitos em fichas manuais e, depois de 1988, foram informatizados em sistema de banco de dados.Os procedimentos, metodologias, conceitos e variáveis temáticas do Centro de Documentação foram construídos coletivamente, com a participação dos agentes de base da CPT e movimentos sociais que atuam no espaço rural. Alguns conceitos foram assumidos a partir da existência deles em leis, declarações, estudos, censos.
Introdução: Esse trabalho traz reflexões sobre o uso da água, da energia e sobre a produção de resíduos de um grupo de alunos de uma escola pública na zona rural de Rondônia e tem como objetivo pensar sobre as questões ambientais sem deixar de esquecer a dinâmica do atual momento. Métodos: A primeira etapa fundamentou-se na realização de encontros remotos com os alunos da escola mencionada, ademais, houve a elaboração de material didático. As aplicações das atividades foram feitas utilizando-se as seguintes ferramentas: WhatsApp para conversas/orientações individuais; GoogleMeet: para conversas/orientações em grupo. Os temas abordados nas aulas foram: “Água; uso consciente de energia e produção de lixo”. Resultados e Discussão: A análise permitiu observar importantes reflexos ocasionados pela pandemia. Dos 45 alunos, 21 relataram gastar até 5 litros de água/minuto durante o banho. Em relação ao tema uso de energia elétrica, 40 alunos relacionaram a diminuição do consumo com a economia financeira. Já com o tema produção de lixo, 80% relataram que queimam o lixo e 27% relataram que o lixo orgânico é utilizado na alimentação de animais e como adubo para plantas. Muitos alunos se mostraram surpresos com o gasto de água em suas residências. Em relação à diminuição no consumo de energia, os alunos relataram dificuldades na economia. Sobre o descarte do lixo, a maioria relatou fazê-lo de forma inadequada. Conclusão: As atividades desenvolvidas mostraram-se relevantes para compreensão dos alunos diante dos temas água, energia elétrica e geração de resíduos.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.