Resumo: O presente artigo propõe a reflexão crítica sobre a crise do capital, suas inflexões no mundo do trabalho na conjuntura brasileira e os impactos na regressão de direitos. Analisa as contrarreformas implementadas a partir da década de 1990 e os sucessivos desmontes desferidos contra a política de Seguridade Social. A partir da perspectiva do projeto ético-político profissional, problematiza os desafios postos aos(às) assistentes sociais enquanto parte constitutiva da classe trabalhadora.
O artigo tem como objetivo apresentar introdutoriamente a concepção do Grupo Temático de Pesquisa (GTP/ABEPSS) sobre a temática trabalho, questão social e Serviço Social, assim como contribuir para o debate contemporâneo. Tem por base as reflexões sobre os resultados de pesquisas que os membros do GTP têm desenvolvido. Dentre os principais resultados dessas reflexões destaca-se que as atuais medidas que visam ampliar irrestritamente as relações sociais de trabalho terceirizadas e a limitação de acesso aos benefícios previdenciários e do trabalho são estratégias do capital que, por meio do Estado, desarma o trabalho na sua condição de resistência coletiva, impondo, por exigências de sobrevivência, a necessidade de os trabalhadores se submeterem a agudização da subsunção real do trabalho ao capital, comprovando a incapacidade do projeto burguês de sociedade para a garantia de “níveis” qualitativos de “justiça social”.
Este artigo analisa o trabalho extrativista do açaí na ilha do Combú-Pará e as condições de vida dos trabalhadores. Tem como base a pesquisa de campo cujos sujeitos foram trabalhadores que exercem esse trabalho na referida ilha. Parte da reflexão sobre o trabalho extrativista e o modelo de desenvolvimento imposto para a Amazônia, o qual responde aos interesses do capital em versão globalizada, reeditando a sua inserção na divisão internacional do trabalho, via reprimarização da economia. Esse modelo determina as formas de trabalho precário e as condições de vida dos trabalhadores/famílias que dependem do trabalho para a reprodução social. Ao final, destaca que a renda obtida com esse trabalho e a precariedade dos serviços públicos de saúde, educação, saneamento básico atendem minimamente as necessidade imediatas dos mesmos, mas contraditoriamente, aumenta a comercialização do açaí.
Este artigo objetiva analisar as repercussões da contrarreforma psiquiátrica em curso, no Brasil, para o trabalho profissional das/os assistentes sociais que atuam nos CAPS´S em Belém-Pará. Tem por base teve por base, os dados obtidos com a realização de uma pesquisa em nível regional, com recorte para os mencionados CAPS’s, cujos sujeitos forma 09 (nove) assistentes sociais de um universo de 34 (trinta e quatro) que atuam nesses espaços sócio ocupacionais. A luz da teoria marxista, o artigo evidencia que o/a assistente social é chamado de forma mais significativa para compor as equipes multidisciplinares nos serviços substitutivos de saúde mental, para intervir sobre os determinantes sociais do processo saúde-doença mental. Mas, as condições de trabalho nos mencionados CAPS’s, têm dificultado o trabalho desse/a profissional no que concerne ao acesso dos usuários ao atendimento, devido as medidas de retrocesso ao acesso aos direitos sociais, provocados pelo momento político e econômico vivenciado, no País, pois até a infraestrutura física dos CAPS´s limita e, muitas vezes, impede que os atendimentos sejam efetuados com qualidade e preservem a privacidade das/os usuários/as. Desta forma, o Estado neoliberal não investe na qualidade dos serviços públicos prestados precarizando suas estruturas; nos serviços como o CAPS´s esta situação se agrava devido possuir uma demanda com uma carga de sofrimento muito densa – ao se deparar com os entraves no acesso aos serviços prestados na RAPS, em geral.
Este artigo enfatiza o debate sobre a luta e a defesa dos direitos das mulheres, em especial, com relação ao processo social contemporâneo, de avanço e aceleração das contrarreformas trabalhista e previdenciária, a partir do legado histórico construído pelas mulheres russas e seu protagonismo e vanguarda da Revolução Socialista de 1917. Por meio da análise do tempo histórico, busca problematizar o nexo e as particularidades de tais contextos e sua importância no atual cenário econômico, político, social e cultural em que se vive. Por fim,conclui que as contradições nas sociedades capitalistas são vivenciadas pelas mulheres trabalhadoras com muito mais intensidade no cenário contemporâneo de acirramento da luta de classes, por meio da aceleração do desmonte de todo o sistema protetivo brasileiro, impelindo a classe trabalhadora às condições de vida cada vez mais degradantes e desumanas.Palavras-chave: Revolução socialista, mulher, contrarreforma, direitos sociais, trabalho.
Aprovado em 26/7/2016 1. Foram inscritas 3.000 experiências de extensão universitária no Brasil.
Resultados de investigações sociais, realizadas em vários países, concernentes aos programas de transferência de renda mínima, ressaltam controvérsias relacionadas à eficácia na redução da pobreza, ao caráter assistencial e a concepção não universal e condicional de implantação, que remetem aos desafios relacionados à natureza das políticas públicas e programas sociais, particularmente os implantados na América Latina e no Brasil. Este artigo é produto da interlocução entre a reflexão teórica e os dados empíricos proporcionada pelo projeto “Desigualdades sociais e programas de transferência de renda mínima na Amazônia: a experiência do Pará e do Amapá”, que tem explicitado as contradições presentes no programa Bolsa Família e Bolsa Trabalho. Tem como objetivo apresentar uma revisão da literatura, que tem se debruçado sobre as concepções de necessidade e renda mínima, bem como salientar a contribuição de Marx e de autores marxistas acerca da discussão de necessidades sociais a partir de uma perspectiva humanista.
Este artigo teve o propósito de analisar a formação profissional e a política de educação superior no Brasil, com breves destaques para o contexto da pandemia provocada pelo COVD-19. Foi baseado em análises sobre a produção de conhecimento de dissertações e teses sobre formação profissional e política de educação, desenvolvidas nos Programas de Pós-Graduação em Serviço Social das IES que integram o PROCAD/Amazônia (2018), assim como, de experiências vivenciada pelas autoras com o ERE. A luz da teoria marxista, os resultados apontam que tanto nas universidades públicas federais quanto nas privadas, devido ao sucateamento e a precarização do ensino superior, decorrentes das medidas ultraneoliberais expressas na restrição orçamentária para a política de educação superior e no contexto pandêmico, a formação em Serviço Social vem sendo ameaçada, tornando-se imperiosas as lutas coletivas para o acesso aos direitos da classe trabalhadora.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.