“…Contudo, a partir da análise da lei geral da acumulação capitalista de Marx (2017) apresentada em O capital as contradições socioeconômicas, a superexploração do trabalho, a proteção e hipervalorização da propriedade privada e a reificação das relações sociais passam a ser evidenciadas e problematizadas no âmbito da teoria crítica (Netto, 2011). A dinâmica do enriquecimento da classe burguesa, a ampliação do empobrecimento e da miséria da classe trabalhadora, expõe as raízes da "questão social" (Lara;Maranhão, 2019;Santos, 2012), da mesma maneira que revela os desafios e limites das lutas de uma classe que é explorada até à exaustão física e mental. Em condições desumanas, esta mesma classe é criminalizada em virtude dos bens que não possui ou não consome, pela cor da pele, pelo gênero, por suas crenças, pelas características socioeconômicas e culturais, como a sua origem, o nível de conhecimento formal, onde mora, onde trabalha.…”