Short marketing circuits and territorial rural development policies emphasize the importance of the reconnection between food production and consumption, with repercussions on the food security and sovereignty of local populations. For this, we analyzed official documents of the Program for the Sustainable Development of Rural Territories, the Citizenship Territories Program, the Territorial Development Plans, as well as field research on projects carried out in three rural territories and citizenship in the South of Brazil. From this analysis, it is possible to think of the strengthening of short circuits as the mechanism to promote rural territorial development.
As tradicionais estratégias de desenvolvimento rural têm desconsiderado os circuitos curtos de comercialização, baseados na interação face a face, nas relações de confiança entre produtor e consumidor e atribuem o conceito de mercado apenas aos circuitos longos. Cada vez mais vem sendo reconhecida a importância da reconexão entre a produção e o consumo de alimentos no âmbito acadêmico, social e político. Essa reconexão tem repercussões diretas sobre questões de segurança e soberania alimentar, tanto por parte do agricultor, quanto do consumidor. Vale ressaltar que na construção e fortalecimento destes circuitos locais de produção-consumo, o papel do consumidor é essencial. Com base nessas considerações, enfatizamos que apesar de a política territorial brasileira ter contribuído para o estabelecimento ou mesmo fortalecimento de circuitos curtos de comercialização, isto não representa um objetivo ou princípio explícito da política. Consequentemente, o consumidor tem sido desconsiderado enquanto um ator central na dinâmica territorial de desenvolvimento rural. Pretende-se assim ilustrar estas observações a partir da análise de documentos oficiais do Programa Desenvolvimento Sustentável de Territórios Rurais (Pronat) e do Programa Territórios da Cidadania (PTC), dos Plano Territorial de Desenvolvimento Territorial Sustentável (PTDRS) e dos projetos executados em três territórios rurais e da cidadania localizados na região Sul do Brasil. Enquanto resultados, o estudo evidenciou que, apesar da política territorial propor a superação do horizonte estritamente setorial, as dinâmicas de desenvolvimento implementadas carecem avançar nesse aspecto, promovendo maior aproximação campo-cidade e produtor-consumidor, o que incluiu a criação de institucionalidades que amparem tais dinâmicas.
Este trabalho tem como tema o desenvolvimento humano e a diversificação dos meios de vida, conceitos esses entendidos como sinônimo de melhoria de vida e superação das vulnerabilidades, dando destaque para a necessidade de estudos sobre bem-estar no meio rural. A importância deste estudo está em analisar a cultura do tabaco como processo que torna os indivíduos dependentes e de uma cadeia produtiva que, mesmo trazendo ganhos produtivos e econômicos, não reflete esses ganhos em bem-estar e desenvolvimento humano e rural. Teoricamente, buscou-se compreender a abordagem das capacitações, de Amartya Sen, e a dos livelihoods, de Frank Ellis, como perspectivas que permitem entender o desenvolvimento para além do aspecto financeiro, levando em consideração o bem-estar no meio rural. Metodologicamente, foram elaborados dois índices que retrataram os meios de vida (IMV) e as condições de vida (ICV), permitindo, assim, um primeiro diagnóstico sobre cinco dimensões, a saber: econômica, social, humana, ambiental e física. A pesquisa deu-se no município de Arroio do Tigre (RS), em duas etapas: a primeira, por um estudo tipo survey, com 38 famílias, e a segunda com entrevistas semiestruturadas, com 15 famílias, a fim de entender melhor o que torna (ou não) estas famílias fumicultoras dependentes e vulneráveis. Os primeiros resultados demonstraram que aqueles produtores mais dependentes da cadeia produtiva do tabaco eram mais vulneráveis e, portanto, tinham um índice de meios e condições de vida pior que produtores diversificados. Ainda, estes resultados permitiram identificar quais dimensões são mais ou menos afetadas pela dependência da cadeia do tabaco.
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