O trabalho analisa os dados oficiais de matrícula em educação especial tomando por base as Sinopses Estatísticas da Educação Básica realizadas e divulgadas pelo INEP no período 1997-2006. A análise foi feita a partir do cotejamento dos dados de matrícula em Educação Especial. Constatou-se a ampliação do número de matrículas em educação especial no sistema regular, principalmente classes sem apoio especializado; a ampliação de matrículas em instituições especiais e redução em classes especiais; o baixo número de matrículas na educação infantil e no ensino médio; e o aumento significativo do número de matrículas de alunos com deficiência visual, auditiva, mental e física no sistema regular de ensino.
O objetivo do trabalho é analisar a escolarização de alunos com necessidades educacionais especiais por meio dos dados oficiais do poder público sobre o acesso e permanência desta população na Educação Básica. Para tanto, são utilizados microdados do Censo da Educação Básica brasileira e do Paraná no ano de 2012. As análises apontam, a despeito da implantação da política de educação inclusiva, que: formas de atendimento segregado ainda estão marcadamente presentes no Paraná; a concentração de matrículas ocorre nas primeiras séries do ensino fundamental, com ampla defasagem idade/série e o baixo número de matrículas no atendimento educacional especializado.
O objetivo do trabalho é analisar a escolarização de alunos com necessidades educacionais especiais, por meio dos dados oficiais do poder público sobre o acesso e permanência desta população na educação básica. Para tanto, são utilizados microdados do Censo da Educação Básica brasileira. As análises apontam, a despeito da implantação da política de educação inclusiva: o baixo número de matrículas de alunos com necessidades educacionais especiais na educação básica; o fato de que a concentração de matrículas ocorre nas primeiras séries do ensino fundamental, com ampla defasagem idade/série.
O real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia. Guimarães Rosa.RESUMO: o texto apresenta os conceitos de educação especial e educação do campo e sua interface na legislação atual. Além disso, mostra a escassez de pesquisas na área e analisa os dados do Censo Escolar (2007)(2008)(2009)(2010) referentes às matrículas de alunos que vivem e estudam no campo e têm alguma necessidade especial por defi ciência. Os achados principais foram: maior incidência de alunos com necessidades educacionais especiais que vivem no campo e estudam na cidade, concentração de matrículas em escolas regulares, embora com incidência signifi cativa de matrícula de alunos com defi ciência intelectual nos sistemas segregados de ensino. PALAVRAS-CHAVE:Educação Especial. Educação no Campo. Educação Inclusiva. ANPEd. ABSTRACT:The text introduces the concepts of Special Education and rural education and its interface in the current legislation. In addition, it discloses the lack of research in the area and analyzes the data from the School Census (2007)(2008)(2009)(2010) relating to the enrollment of students living and studying in the countryside and the ones who have a special need because of their disability. The major fi ndings were: higher incidence of students with special educational needs living in rural areas and studying in the city, the concentration of enrollment in regular schools, although with signifi cant incidence of students with intellectual disabilities enrolled in segregated education systems. Como pesquisadoras na área da Educação Especial, num determinado momento de nossa vida acadêmica, nos perguntamos: e a Educação Especial na educação do campo? Existe essa interface?Imersas nessa busca, chega-nos o convite para participamos da edição especial da Revista Brasileira de Educação Especial, comemorativa ao aniversário de 20 anos do Grupo de Trabalho da Educação Especial na Anped, o GT 15. No convite à escrita de um artigo, o objetivo proposto era o de revelar o papel e a contribuição do grupo de trabalho na produção científi ca em Educação Especial no Brasil.
RESUMO: o presente estudo trata da escolarização de alunos com necessidades educacionais especiais, na rede regular de ensino do município de Londrina (PR), por meio da análise das avaliações em larga escala. Especificamente, objetivou analisar a participação e o desempenho da referida população nas avaliações: Prova Brasil e Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), nos anos de 2007 e 2008, e teve como base empírica os microdados dessas avaliações disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (INEP), segundo as variáveis: participação na prova, tipo de necessidade educacional especial, sexo, raça-etnia, idade e desempenho. Os resultados da pesquisa apontam que uma parcela significativa da população com necessidade educacional especial realizou o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM); entretanto, na Prova Brasil a participação dos alunos com necessidades educacionais especiais foi mínima, o que reforça a ideia de ambiguidade entre discurso e prática inclusiva. PALAVRAS-CHAVES:Educação Especial. Exame Nacional do Ensino Médio. Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica. Inclusão Escolar.ABSTRACT: This study addresses the education of students with special educational needs in mainstream education in Londrina, Paraná, by analyzing large-scale national academic achievement assessments. Specifically the study aimed to analyze the participation and performance of this group of students in the Prova Brasil and ENEM tests for the years 2007 and 2008. The empirical basis for the study were microdata from the tests provided by the Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (INEP), within the following variables: participation in the test, type of special educational need, sex, race-ethnicity, age and performance. The results indicate that a significant portion of the population with special educational needs underwent the ENEM, however the participation of students with special educational needs in the Prova Brasil was minimal, reinforcing the idea of ambiguity between inclusive discourse and practice.
A pandemia da COVID-19 acontece em um momento em que diversos países estão apoiados em uma política neoliberal e liderados por governos de extrema direita. O contexto brasileiro faz parte desse cenário mundial, destacando-se entre os países com maior número de casos e mortes. O desmonte do Sistema Único de Saúde (SUS) e da educação pública, anterior à pandemia, ampliaram os desafios para a manutenção da vida e escolarização. Essas condições se agravam ao pensarmos nas pessoas com deficiência. Sendo assim, o objetivo deste estudo é problematizar as condições de vida da população brasileira, principalmente das com deficiência, frente à pandemia e ao impacto na sua escolarização. A pesquisa de cunho descritivo, a partir de dados oficiais do poder público, aponta três pontos para reflexão acerca da pessoa com deficiência no que tange a presença dessa população no espaço geográfico, a relação com os grupos de risco e indicadores de pobreza e extrema pobreza. Por fim, pontuamos os possíveis impactos da pandemia na vida e na escolarização de pessoas com deficiência. Diante das barreiras socioculturais vivenciadas por essa população e de sua invisibilidade, nos dados acerca da pandemia, é extremamente importante nos debruçarmos sobre esta temática para que haja a possibilidade de planejamento e implementação de políticas para garantir a vida e escolarização desta população neste momento.
Análises de possíveis impactos do Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade. Desde a década de 1990, a caracterização da educação oferecida aos alunos com deficiências tem sofrido impacto do processo de universalização da educação pública, com a implantação de uma proposta de educação inclusiva. Dentre as ações efetivadas a partir desse princípio, em 2003 teve início o Programa do Governo Federal "Educação Inclusiva: Direito à Diversidade", implantado nos municípios brasileiros com o objetivo de transformar os sistemas educacionais já existentes em sistemas educacionais inclusivos. Esse programa é parte da política pública brasileira e complementar a outros cujo objetivo é a formação de um sistema educacional inclusivo no Brasil. Atento aos possíveis impactos dessas ações na escolaridade de alunos com deficiências, o objetivo deste artigo é apresentar e analisar indicadores educacionais de dois estados, Paraná e Mato Grosso do Sul, no período entre a implantação do Programa, 2003, e o ano de 2010. Para tanto, são utilizados microdados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). As análises apontam que, a despeito da implantação da política de educação inclusiva, formas de atendimento segregado ainda estão marcadamente presentes nos dois estados. Palavras-chave: educação inclusiva; política educacional; Educação Especial.
O objetivo deste estudo foi analisar o nível instrucional da população brasileira, especificamente, das pessoas com deficiência. Para a análise utilizou-se os dados do censo demográfico de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os resultados indicaram: alto percentual de pessoas sem instrução ou com o ensino fundamental incompleto (44, 9%) com 15 anos ou mais. Ao tratar das pessoas com deficiência com 10 anos ou mais, os dados mostraram que, em média, são analfabetas: 13,5% das pessoas com deficiência visual, 21,2% das pessoas com deficiência auditiva, 30,2% das pessoas com deficiência física e 45,6% das pessoas com deficiência mental. Ainda com relação à população com deficiência mental, a concentração (52,5%) do analfabetismo ocorre na faixa etária dos 10 aos 14 anos. Espera-se que esse estudo possa subsidiar o debate sobre o direito à educação para todos os alunos e fomentar a produção do conhecimento sobre o analfabetismo.
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