No Estado do Pará há uma deficiência de dados referentes ao mercado de muitos produtos florestais não madeireiros de valor local ou regional, dentre eles o piquiá. O presente trabalho objetivou descrever a cadeia produtiva do piquiá no município de Santarém, Pará. Foram aplicados 45 questionários semiestruturados. A pesquisa foi realizada nos meses de abril de 2015 a maio de 2016, baseando-se na safra do ano de 2015, com 15 comerciantes e com 30 famílias extrativistas. Foram identificados os principais componentes da cadeia produtiva e elaborado o fluxograma. Para analisar os ganhos nos diferentes elos da cadeia de comercialização, foi usado o conceito de margem de comercialização. Foi possível identificar quatro atores na cadeia produtiva do piquiá em Santarém: extrativista; extrativista beneficiador-comerciante; extrativista-comerciante e comerciante. Os produtos oriundos do piquiá consumidos no município de Santarém são oriundos do extrativismo e a mão de obra é familiar. O extrativista que vende os frutos para o consumidor final é o que obteve a maior margem de lucro. No município de Santarém existe alta demanda de mercado pelos frutos de piquiá.
Este artigo tem como objeto a análise da dinâmica socioeconômica e a comparação dos diagnósticos rurais participativos dos anos de 2008 e 2018 das comunidades São Mateus e Santo Antônio em relação às infraestruturas comunitárias e aos serviços básicos de saúde e educação. A metodologia fundamentou-se em entrevistas semiestruturadas e questionários relacionados aos meios de transporte, meios de comunicação, condições energéticas e qualidade dos serviços de saúde e educação oferecidos nas duas comunidades. Identificaram-se mudanças positivas nos aspectos socioeconômicos das comunidades São Mateus e Santo Antônio nos últimos dez anos (2008 a 2018) mediante a implantação de parcerias entre empresas privadas e órgãos públicos. Essas melhorias socioeconômicas das famílias rurais indicam como estratégias de ação a observação das perspectivas dos agricultores familiares e a aplicação da gestão ambiental inseridas em políticas públicas para assentamentos rurais na Amazônia com ênfase na sustentabilidade ecológica, econômica e social.
O objetivo deste estudo é demonstrar a relevância de abordagens de caráter mais teórico apropriando-se de categorias desenvolvidas na tradição sociológica, para o entendimento da racionalidade dos atores sociais que estão presentes nas frentes de desmatamento na Amazônia1. Os estudos auto-catalogados sobretudo a partir dos anos 90 da década passada como da área de socioeconomia, definição inconsistente e confusa, via de regra tem se utilizado de instrumentos conceituais que não possuem um aprofundamento necessário ao entendimento da racionalidade dos atores. O interesse sobre a dinâmica social e econômica é importante para o entendimento das tendências sobre as mudanças territoriais, os conflitos e as possibilidades de aplicar modelos de sustentabilidade. A abordagem metodológica deste estudo orienta-se por uma matriz conceitual das ciências sociais, na linha de análise sobre modernização, racionalidade, identidades e mobilizações coletivas, conflitos, capital – social, econômico e simbólico -, produção, reprodução social, Estado e racionalidade do Estado na formulação de políticas públicas.Palavras-chave: Uso da terra. Desmatamento. Rodovia Cuiabá-Santarém.
O objetivo deste estudo foi analisar o potencial de uso dos recursos florestais madeireiros e não madeireiros e a produção agropecuária familiar das comunidades rurais São Mateus e Santo Antônio dos anos de 2008 e 2018. Foram avaliados os aspectos socioeconômicos e ambientais por meio de inventários florestais e com base em entrevistas semiestruturadas e pesquisas de campo. No inventário florestal das duas comunidades rurais foram encontradas 322 espécies, distribuídas em 92 famílias botânicas, sendo a Família Fabaceae a mais representativa com 125 espécies. Apesar dos resultados revelarem um estoque de espécies com potencial madeireiro e não madeireiro e melhorias socioeconômicas, a maioria dos agricultores familiares (97%) apresentou alto grau de insatisfação em relação à falta de assistência técnica pública a fim de planejar suas produções através da associação de sistemas agroflorestais diversificados. Este estudo cria um modelo participativo capaz de contribuir com as políticas públicas voltadas para subsidiar o potencial de uso dos recursos florestais em assentamentos rurais na Amazônia, bem como promover a formação de programas de incentivo ao desenvolvimento sustentável, considerando o mercado atual e agregando valor aos produtos.
O objetivo deste estudo cujos resultados são apresentados em dois Paper do NAEA1 é demonstrar a relevância de abordagens de caráter mais teórico apropriando-se de categorias desenvolvidas na tradição sociológica, para o entendimento da racionalidade dos atores sociais que estão presentes nas frentes de desmatamento na Amazônia.Palavras-chave: Atores sociais. São Félix do Xingu. Terra do meio.
Este dossier se centra en la Amazonia, la mayor selva tropical del mundo, donde habitan cientos de pueblos indígenas, quilombolas, comunidades tradicionales, entre otros. La multiplicación exponencial de la deforestación y los incendios, con la destrucción de ecosistemas y modos de vida, compromete de forma alarmante la biodiversidad, la supervivencia de las comunidades y pueblos y la vida en el planeta. El Dossier Amazonia Brasileña: ocupación y políticas socio-ambientales, tiene por objeto discutir los habituales conceptos de desarrollo y modelos de actuación sobre la naturaleza, así como sus resultados en el medio ambiente, el clima y las sociedades. En los cinco artículos seleccionados, la riqueza de las realidades tratadas y de las aportaciones analíticas permite al lector conocer mejor las trayectorias y consecuencias de las políticas que impactan sobre la región, las comunidades, el uso de la tierra, de las aguas y de los demás recursos, proporcionando una visión global de las principales acciones del Estado brasileño y sus efectos en las diferentes localidades y pueblos de la Amazonia. Hay alternativas. Tenemos que conocerlas.
Os assentamentos representam importantes territórios ocupados por agricultores familiares. Na Amazônia, dadas especificidades culturais, geográficas, de infraestrutura e ambientais, a sustentabilidade econômica, social, cultural e ambiental dos projetos de assentamento é mais exigente que em outras regiões do país. A floresta, como um bem comunitário ou coletivo, pode representar um importante ecossistema a partir do uso sustentável, em prol da subsistência e qualidade de vida dos assentados. Assim, este artigo objetiva analisar o perfil socioeconômico dos assentados e a gestão florestal no Projeto de Assentamento Moju I e II, Oeste do Pará, Brasil. A insegurança das famílias nos lotes, somada à ausência de políticas públicas que promovam a floresta como um componente de desenvolvimento sustentável do assentamento, denota que a Reforma Agrária tenha se tornado um mero processo de distribuição de terras sem a promoção da qualidade de vida das famílias.
El presente Dossier titulado Amazonia: Cultura, Educación y Memoria, es la segunda parte de la compilación de textos iniciada con el Dossier Amazonia Brasileña: ocupación y políticas socioambientales en la transición de los siglos XX al XXI. Esta edición reúne cinco artículos que discuten vivencias, imaginarios y expresiones culturales de pueblos tradicionales e indígenas. Es posible percibir visiones del mundo que expresan las especificidades y la diversidad de saberes, haceres y resistencias de grupos sociales representativos de las poblaciones amazónicas. Se describen cosmovisiones, pertenencias y representaciones sociales, así como las rupturas ocasionadas por las transformaciones impuestas por el "progreso". Los autores de este Dossier nos sumergen en la vida de comunidades y pueblos y nos proporcionan una pequeña inmersión en concepciones del mundo que forman los multiversos culturales de la Amazonia. También muestran que la Historia de la región se enseña mediante narrativas que ignoran las existencias y lugares (lugar sin lugar), generalizan y homogeneizan la Amazonia, reducida a las percepciones de los colonizadores.
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