Este artigo tem como objeto a análise da dinâmica socioeconômica e a comparação dos diagnósticos rurais participativos dos anos de 2008 e 2018 das comunidades São Mateus e Santo Antônio em relação às infraestruturas comunitárias e aos serviços básicos de saúde e educação. A metodologia fundamentou-se em entrevistas semiestruturadas e questionários relacionados aos meios de transporte, meios de comunicação, condições energéticas e qualidade dos serviços de saúde e educação oferecidos nas duas comunidades. Identificaram-se mudanças positivas nos aspectos socioeconômicos das comunidades São Mateus e Santo Antônio nos últimos dez anos (2008 a 2018) mediante a implantação de parcerias entre empresas privadas e órgãos públicos. Essas melhorias socioeconômicas das famílias rurais indicam como estratégias de ação a observação das perspectivas dos agricultores familiares e a aplicação da gestão ambiental inseridas em políticas públicas para assentamentos rurais na Amazônia com ênfase na sustentabilidade ecológica, econômica e social.
O objetivo deste estudo foi analisar o potencial de uso dos recursos florestais madeireiros e não madeireiros e a produção agropecuária familiar das comunidades rurais São Mateus e Santo Antônio dos anos de 2008 e 2018. Foram avaliados os aspectos socioeconômicos e ambientais por meio de inventários florestais e com base em entrevistas semiestruturadas e pesquisas de campo. No inventário florestal das duas comunidades rurais foram encontradas 322 espécies, distribuídas em 92 famílias botânicas, sendo a Família Fabaceae a mais representativa com 125 espécies. Apesar dos resultados revelarem um estoque de espécies com potencial madeireiro e não madeireiro e melhorias socioeconômicas, a maioria dos agricultores familiares (97%) apresentou alto grau de insatisfação em relação à falta de assistência técnica pública a fim de planejar suas produções através da associação de sistemas agroflorestais diversificados. Este estudo cria um modelo participativo capaz de contribuir com as políticas públicas voltadas para subsidiar o potencial de uso dos recursos florestais em assentamentos rurais na Amazônia, bem como promover a formação de programas de incentivo ao desenvolvimento sustentável, considerando o mercado atual e agregando valor aos produtos.
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