(IPUSP) para grupos de profissionais que trabalham na área de Educação e na interface da Psicologia com os campos da Educação, da Saúde Mental e Assistência Social.
Este texto situa-se na interface da psicanálise com a educação. Partimos da experiência de estágio realizada em uma escola de educação infantil e utilizamos a metodologia IRDI que estuda a relação do educador com o bebê dando ênfase à singularização do laço no ato educativo. Pensando a possibilidade de se sustentar um saber não-todo sobre o outro, em que a indeterminação tem lugar, problematizamos o que chamamos de "função-educador" e "sujeito-educador" tendo por pano de fundo situações vividas ao longo do período de estágio com o intuito de discutir o ato educativo no cenário pedagógico contemporâneo.
Este artigo tem o objetivo de transmitir a experiência de implementação do Núcleo de Educação Terapêutica no Instituto de Psicologia da USP. A constituição do NET inspira-se no desenvolvimento de um campo teórico-clínico denominado Educação Terapêutica que aproxima Psicanálise e Educação e enseja um conjunto de práticas de tratamento do autismo e da psicose infantil. Apresentaremos os fundamentos teórico-clínicos que sustentam essa prática e analisaremos, à luz de um caso clínico, os efeitos de mudança de posição subjetiva e reordenamento do gozo como frutos do ato analítico no tratamento de uma criança psicótica.
RESUMO: Tributária da discursividade contemporânea, a adolescência pode ser entendida como efeito de uma produção política e social que demarca uma diferença com o infantil. Recorrendo ao arcabouço psicanalítico freudo-lacaniano, o presente artigo apresenta um debate teórico em torno do tema da crise da adolescência a partir da perspectiva dos estudos psicanalíticos no campo da educação. Para tanto, destaca a mudança de posição frente ao sexual como uma marca da transição pela qual passa o adolescente com consequências no laço social. Demonstramos que o caráter crítico da experiência adolescente não se restringe a alterações biológicas e individuais; antes, diz respeito a como essa experiência estruturante da constituição psíquica é significada pelo discurso social contemporâneo, levando muitas vezes a impasses e sofrimentos psíquicos. Deslocando a questão da adolescência de um âmbito individual e como simples consequência de uma fase da vida determinada por mudanças orgânicas, apontamos que a noção de crise desvela algo que diz respeito ao educar no mundo moderno e às consequências do tecnocientificismo como uma resposta que oblitera a responsabilidade dos adultos no endereçamento da palavra aos adolescentes, o que engendra uma nova forma de justificacionismo: o tecnocientificismo. Dentro deste cenário, interessa-nos destacar que a errância adolescente em busca de novas significações subjetivas pode encontrar no território escolar um espaço para ser experimentada sem que, apressadamente, seja capturada em um sentido fechado e frequentemente excludente. A ideia freudiana da impossibilidade própria ao ato de educar aponta para uma posição ética em face do desafio da modernidade no que diz ao que está em causa na experiência escolar.
Resenha do dossiê temático Enjeux d’inclusion à l’école: regards psychanalytiques lançado na França em 2020, com organização de Ilaria Pirone, que aporta uma visada psicanalítica ao debate atual acerca da inclusão escolar.
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