ABSTRACT:This article presents a state of the art review of the literature on the concept of washback in the context of language teaching. The concept, despite been frequently used in the international educational literature and in Applied Linguistics, is not well understood, as it does not seem to have been part of the research agenda for many years. After terminological and conceptual considerations, the article discusses recent empirical contributions, controversial aspects as well as those deserving more careful treatment in future research. Keywords: washback, language testing/assessment, language teaching and learning. INTRODUÇÃOObservações sobre o impacto ou influência que exames ou testes 2 e avaliação em geral exerce potencialmente nos processos educacionais, seus participantes e produtos do ensino e aprendizagem -o que tem sido identificado na literatura como efeito retroativo (backwash ou washback) -têm sido numerosas no cenário internacional na área de Educação e, mais especificamente, de Lingüística Aplicada (LA doravante) há muitos anos. Uma análise mais cuidadosa dessas observações, entretanto, revela um conceito que, embora popular e aparentemente poderoso, é pouco compreendido, usado por alguns para referirse às relações entre avaliação e aprendizagem (Shohamy, Donitsa-Schmidt e Fernam, 1996) e, para outros, à influência ou impacto da avaliação no ensino/aprendizagem
Neste artigo apresento uma caracterização da competência lexical (conhecimento de vocabulário e uso desse conhecimento) de alunos aprendendo a ler em inglês como língua estrangeira (LE doravante) em uma universidade estadual paulista. Apesar de se afirmar muito freqüentemente que o vocabulário é uma das maiores fontes de dificuldade do leitor em LE, não se tem dados na literatura que mostrem a extensão dessas dificuldades. Essa caracterização se baseia, em parte, em dados de uma pesquisa anterior mais ampla, que envolve duas fases - quantitativa e qualitativa - visando a investigar, na perspectiva de um modelo de leitura interativo, a relação entre competência lexical e compreensão em leitura em LE. Para o presente trabalho, foram considerados o produto de testes de vocabulário de 49 sujeitos (fase quantitativa) e os protocolos de leitura de três sujeitos de diferentes graus de proficiência em leitura, selecionados a partir da fase anterior (fase qualitativa). Um conceito rico de vocabulário foi adaptado e usado tanto para o desenvolvimento dos testes de vocabulário como para a análise dos protocolos. Os resultados dos dois estudos mostram, com algumas exceções, que a competência lexical do grupo investigado é vaga e imprecisa, tanto do ponto de vista do número de palavras conhecidas, como do ponto de vista da profundidade desse conhecimento. Implicações para o ensino da leitura em LE são discutidas.
Neste artigo apresentamos o perfil do exame de proficiência em Língua Portuguesa, instituído pela Secretaria de Educação Superior (SESu) do MEC, denominado CELPE-Bras. Trata-se da proposta oficial brasileira que permite efetuar exames de Português Língua Estrangeira (PLE) em qualquer parte do mundo, desde que exista um Centro reconhecido e credenciado pelo MEC. O exame, de natureza comunicativa, é uma proposta inovadora. Em nossa exposição, apresentaremos o objetivo, a natureza e o formato do exame; abordaremos os textos selecionados e os níveis de certificação instituídos; trataremos da crescente demanda ao exame e da nossa preocupação com o efeito retroativo do CELPE-Bras no ensino de PLE no Brasil e no exterior.
O objetivo deste artigo é apresentar o conceito de Letramento em Avaliação (STIGGINS, 1991), como ele se desenvolveu área da Educação norte-americana e como se ampliou para a área de ensino, aprendizagem e avaliação de línguas estrangeiras a partir de Inbar-Lourie (2008). Em seguida, apresentamos a definição de Letramento em Avaliação de Línguas proposta por Fulcher (2012), considerada a mais completa e abrangente pelos pesquisadores da área. Na sequência, discorremos sobre o texto de Scaramucci (2016), primeira publicação sobre o tema no Brasil, e tecemos reflexões sobre sua relevância desse tipo de letramento para o contexto de ensino de línguas no Brasil.
RESUMO O presente artigo objetiva discutir o uso de exames de proficiência em contextos de migrações internacionais, sobretudo, em processos de naturalização no Brasil. Especificamente, almeja analisar as previsões da legislação brasileira sobre essa matéria desde meados do século XX e avaliar a adequação de instrumentos adotados no país para a comprovação de proficiência em certas modalidades de naturalização. Particular atenção é dada ao Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras), que, desde 2018, tem sido usado, equivocadamente, nesse contexto, dificultando o processo de naturalização ordinária. Considerando que a ideologia monolíngue subjacente à exigência de proficiência em questão dificilmente pode ser superada juridicamente, argumentamos em favor do desenvolvimento de um teste válido, confiável e prático para esse contexto. Desenhado com base em uma análise de necessidades do público-alvo (Silva, 2019) e em uma perspectiva de educação linguística ampliada (Cavalcanti, 2013), esse teste poderia contribuir para a politização dos candidatos e a promoção da pluralidade cultural e linguística. Para a potencialização de efeitos retroativos positivos, deveria ser implementado de forma integrada a um curso de Português como Língua de Acolhimento, fomentado por uma política pública em nível nacional, subsidiando a garantia do direito à aprendizagem da língua oficial brasileira.
-In this article, the analysis conducted by Tumolo and Tomich (2007) and Tumolo (2005) on items from the English subtest of the University of Campinas entrance examination has been questioned. The analysis, carried out as part of a study which investigates the defensibility of items from three different EFL assessment instruments --international profi ciency tests (TOEF and IELTS), entrance examinations of two Brazilian universities (Unicamp e UFSC) and classroom tests developed by the teacher --has construct validity as its main criterion. The items were divided into defensible and non-defensible. According to the authors, defensible items are those which "allow for the demonstration of the reading ability as described in the construct, whereas non-defensible items do not allow for collecting evidence for a more valid interpretation of the relevant ability" (Tumolo and Tomich, 2007, p. 67). Our main criticism is that the reading construct used for the analysis is different from the one which underlies the Unicamp examination.
Este artigo é um relato de uma pesquisa de natureza qualitativa e exploratória cujo objetivo é investigar o impacto da prova de Inglês do vestibular da Universidade Estadual de Campinas nas atitudes, comportamentos e ações de professores em três contextos de ensino médio dessa cidade: escola pública, particular e curso preparatório. O estudo triangula informações coletadas a partir de diferentes perspectivas e métodos. Impactos de intensidades distintas são observados nos cenários investigados, constituindo evidência que permite concluir que a influência que o exame em questão exerce no ensino não é determinista.This article reports on an exploratory qualitative case study aimed at investigating the impact of an EFL reading ability exam on the attitudes, behaviors and actions of teachers in three different settings of EFL teaching at the secondary level in Campinas, São Paulo State, Brazil. The exam is part of the entrance examinations administered by State University of Campinas since 1987. The study triangulates information collected from different perspectives and methods. Impacts of different intensities are observed in the cenarios investigated, which may be taken as evidence to conclude that the effect of this test on teaching is not deterministic.
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