OBJETIVO: Analisar a presença do distúrbio de voz em professores na concordância entre autorreferência, avaliação perceptiva da voz e das pregas vocais. MÉTODOS: Deste estudo transversal, participaram 60 professores de duas escolas públicas de ensino fundamental e médio. Após responderem questionário de autopercepção (Condição de Produção Vocal do Professor - CPV-P) para caracterização da amostra e levantamento de dados sobre autorreferência ao distúrbio de voz, foram submetidos à coleta de amostra de fala e exame nasofibrolaringoscópico. Para classificar as vozes, três juízes fonoaudiólogos utilizaram à escala GRBASI e, para pregas vocais (PPVV), um otorrinolaringologista descreveu as alterações encontradas. Os dados foram analisados descritivamente, e a seguir submetidos a testes de associação. RESULTADOS: No questionário, 63,3% dos participantes referiram ter ou ter tido distúrbio de voz. Do total, 43,3% foram diagnosticados com alteração em voz e 46,7%, em prega vocal. Não houve associação entre autorreferência e avaliação da voz, nem entre autorreferência e avaliação de PPVV, com registro de concordância baixa entre as três avaliações. Porém, houve associação entre a avaliação da voz e de PPVV, com concordância intermediária entre elas. CONCLUSÃO: Há maior autorreferência a distúrbio de voz do que o constatado pela avaliação perceptiva da voz e das pregas vocais. A concordância intermediária entre as duas avaliações prediz a necessidade da realização de pelo menos uma delas por ocasião da triagem em professores.
A face humana, com suas estruturas ósseas e musculares, apresenta características próprias e peculiares. Pode ser classificada em três tipos básicos, os quais têm relação com a variação do formato e da configuração craniofacial, tanto no sentido vertical como no horizontal e influenciam diretamente a oclusão dentária, harmonia facial, musculatura orofacial e funções estomatognáticas. Por essa razão, diagnosticar o tipo facial é importante para a clínica fonoaudiólogica. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão de literatura relacionada às características dos tipos faciais e apresentar as pesquisas e os estudos mais recentes sobre o tema. Para atingir tal meta, fez-se um levantamento bibliográfico nas bases de dados LILACS, SciELO, Web of Science e Google Acadêmico, além de livros, dissertações e teses sobre o assunto dos últimos dez anos. Várias pesquisas em campo comprovaram algumas características dos tipos faciais encontradas, principalmente, em referências mais antigas. Alguns aspectos, porém, foram controversos ao se comparar os tipos faciais como a atividade eletromiográfica do músculo masseter, modo respiratório e o comprimento do lábio superior e do filtro. Pôde-se constatar que conhecer o tipo facial e correlacioná-lo às funções estomatognáticas, musculatura e oclusão é um fator importante para a prática clínica, mas o profissional deve ser flexível ao comparar as características do paciente com a literatura. Dessa forma, pode-se evitar determinar uma anormalidade ou atipia quando não for o caso, e ocorrer apenas uma variabilidade ou adaptação.
OBJETIVO: analisar a definição de apoio respiratório, assim como as estratégias de trabalho e benefícios de sua aplicação, segundo a perspectiva de professores de canto e fonoaudiólogos. MÉTODOS: seis profissionais com experiência em voz cantada foram entrevistados sobre questões relacionadas ao apoio respiratório no canto. As respostas foram submetidas à análise de conteúdo e definidas quatro categorias: definição de apoio respiratório, tipo de apoio, estratégias e benefícios. RESULTADOS: os aspectos mais mencionados pelos entrevistados foram: a definição de apoio está relacionada com a participação do músculo diafragma e dos intercostais; o tipo de apoio mais adequado é o intercostal e diafragmático; dentre as estratégias de trabalho, utilizadas para a adequação do apoio respiratório, as mais citadas foram propriocepção corporal, conscientização da musculatura envolvida, equilíbrio do fluxo aéreo, alívio de tensões e correção da postura. Há discrepâncias com relação à utilização da contração abdominal, do uso de objetos de apoio, de imagens mentais e realização de vocalizes. Para os entrevistados, o maior benefício do apoio respiratório está no alívio das tensões laríngeas e melhoria na coordenação pneumofonoarticulatória. Houve pouca concordância sobre a ação benéfica do apoio, principalmente quanto à sua melhoria na emissão cantada. CONCLUSÃO: os resultados apontam para uma convergência da maioria dos entrevistados quanto à definição, estratégias de trabalho e benefícios do apoio respiratório, porém ainda sem consenso.
RESUMOObjetivo: verificar a presença e possível correlação entre alteração vocal e DTM, em professores, a partir de dados de avaliação autorreferida, fonoaudiológica, otorrinolaringológica e odontológica. Métodos: participaram deste estudo, 29 professores de uma escola de rede pública do ensino fundamental e médio do município de Sorocaba -SP. Os professores responderam questionário para levantamento de alteração vocal, e de disfunção temporomandibular (DTM). Foram realizadas quatro avaliações: perceptivo-auditiva; otorrinolaringológica; motricidade orofacial e odontológica. A menção a três ou mais sintomas no questionário determinou "presença" de queixa de voz e de DTM. As avaliações: perceptivo-auditiva e otorrinolaringológica concluíram a "ausência" e "presença" de alteração de voz e de laringe. Nas avaliações da motricidade orofacial e odontológica foi considerada DTM quando registrados três ou mais sinais e/ou sintomas, sendo indispensável à presença de dor. Na análise estatística dos dados, foram empregados: teste de Igualdade de Duas Proporções, teste exato de Fisher e de concordância Kappa. Resultados: dentre os participantes, 82,8% fizeram autorreferência à alteração vocal e 62,1% de sintomas de DTM; 51,7% apresentaram alteração de voz na avaliação otorrinolaringológica e 65,5%, alteração de DTM na avaliação odontológica. Na comparação da avaliação de alteração de voz e DTM foi registrada correlação significante presente na avaliação perceptivo-auditiva da voz e de motricidade orofacial para DTM, e com tendência a significância na aplicação do questionário. Conclusão: os resultados apontam na direção de confirmar a presença de alteração de voz e DTM no grupo de professores pesquisado e correlação entre os mesmos.
Some indexes and orofacial proportions present variations according to facial types and genders. In general, the anthropometric variables in this study are not good predictors to determine facial types.
OBJETIVO: correlacionar os achados cefalométricos com os da análise facial realizada por meio de fotografias para classificar o tipo facial, segundo o sexo. MÉTODOS: participaram 105 adultos leucodermas, 34 (32,4%) homens e 71 (67,6%) mulheres, com idades entre 20 e 40 anos, de uma clínica particular de ortodontia de Belo Horizonte/MG. Os achados da análise cefalométrica para determinação do tipo facial a partir do índice VERT de Ricketts foram comparados com a classificação da face realizada por meio da análise facial clínica baseada na observação de duas fotografias. Para essa análise, participaram três fonoaudiólogos especialistas em motricidade orofacial. RESULTADOS: não houve correspondência satisfatória ao se comparar as duas formas de classificação do tipo facial apresentadas neste estudo. A maioria dos indivíduos masculinos dolicofaciais foi classificada como face média a partir da análise facial, ou seja, quatro entre sete sujeitos (57,14%). Os 11 mesofaciais foram identificados como face média (N=5; 45,45%) ou curta (N=4; 36,36%) e os 16 braquifaciais como face média (N=9; 56,25%) ou curta (N=7; 43,75%). No sexo feminino, observou-se que 11 entre 20, ou seja, 55% dos indivíduos dolicofaciais foram apontados como face média. Dos 26 sujeitos mesofaciais, 16 (61,53%) também foram classificados como face média. Com relação aos 25 braquifaciais, 12 (48%) foram identificados como face curta e 11 (44%), como média. CONCLUSÃO: a classificação do tipo de face apenas a partir da análise facial realizada por meio de fotografias não foi considerada confiável, se utilizada isoladamente, quando comparada à classificação obtida a partir da análise cefalométrica.
OBJETIVO: investigar as possíveis alterações, causadas pelo modo respiratório, na mastigação de crianças com dentição decídua completa, respiradoras orais e nasais. MÉTODOS: participaram da pesquisa 46 crianças (23 respiradoras nasais - RN e 23 respiradoras orais - RO) matriculadas em duas escolas públicas de Educação Infantil de São Caetano do Sul. Foi aplicado um questionário aos pais para coletar dados sobre a respiração das crianças, os quais foram relacionados aos achados da avaliação oromiofuncional que constatou o modo respiratório. A amostra foi dividida nos grupos RO e RN e realizada avaliação da mastigação de pão francês (por meio de observação direta e análise de vídeo-gravação). RESULTADOS: foi encontrada mordida frontal em 91,3% dos RN e 82,6% dos RO; mastigação bilateral alternada em 78,3% dos RN e 87,0% dos RO; movimentos verticais e rotatórios em 95,7% dos RN e 100% dos RO; tempo médio de mastigação de 24,10 seg. nos RN e 15,92 seg. nos RO; volume médio ingerido em 73,9% para ambos os grupos; ausência de alimento no vestíbulo bucal em 73,9% dos RN e 39,1% dos RO; ausência de ruído em 91,3% dos RN e 60,9% dos RO; lábios abertos em 4,3% dos RN e 56,5% dos RO; simetria dos músculos masseter e temporal em 100% nos dois grupos. CONCLUSÃO: houve diferença estatisticamente significante na comparação dos modos respiratórios evidenciando que o modo interfere negativamente na mastigação do respirador oral quanto aos aspectos: tempo mastigatório, sobras de alimento na cavidade oral, postura dos lábios e ruído durante a mastigação.
RESUMOObjetivo: descrever medidas antropométricas faciais de adultos, segundo tipo facial e sexo. Método: participaram 105 adultos leucodermas, 34 (32,4%) homens e 71 (67,6%) mulheres, com idades entre 20 e 40 anos, de uma clínica particular de ortodontia de Belo Horizonte, Minas Gerais. Foram comparados os achados da análise cefalométrica para determinação do tipo de face com sete medidas antropométricas faciais diretas: altura facial anterior-násio ao mentoniano; distância bizigomática-zigomático esquerdo ao direito; altura do terço facial inferior-subnasal ao mentoniano; altura da face média-násio ao estômio; altura do queixo-supramentoniano ao mentoniano; altura da face inferiorestômio ao mentoniano; e altura facial posterior-condílio ao gônio. Resultados: para o sexo masculino, os tipos faciais classificados por meio da cefalometria apresentaram diferenças estatisticamente significantes para os valores médios das medidas antropométricas: altura facial anterior, altura do terço facial inferior, altura da face média e altura da face inferior. Para o sexo feminino, diferenças estatisticamente significantes foram encontradas nas medidas: altura facial anterior, altura do terço facial inferior, altura da face média, altura da face inferior e altura facial posterior. Conclusão: houve dimorfismo sexual para todas as medidas antropométricas obtidas, as quais tiveram valores médios maiores para o sexo masculino quando comparados ao feminino. Os tipos faciais classificados por meio da cefalometria apresentaram diferenças estatisticamente significantes para quatro medidas antropométricas do sexo masculino e cinco do feminino. DESCRITORES:
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2023 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.