INTRODUÇÃO: A relação estabelecida entre fisioterapeuta e paciente é um aspecto fundamental do processo de adesão no tratamento fisioterapêutico e neste estudo foi definida como um processo multifatorial. OBJETIVOS: Investigar a relação entre o fenômeno da adesão na fisioterapia e as características do relacionamento estabelecido entre fisioterapeutas e pacientes. METODOLOGIA: Estudo qualitativo e exploratório, com delineamento ex-post facto, amostra por conveniência de 11 pacientes de 25 a 73 anos com diagnósticos clínicos variados; e quatro fisioterapeutas atuantes na equipe em que esses pacientes foram atendidos. Os participantes responderam a uma entrevista semiestruturada contendo tópicos sobre o processo de adesão na fisioterapia e o papel do relacionamento fisioterapeuta-paciente. A análise qualitativa dos dados seguiu os critérios da fenomenologia-semiótica. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os relatos dos pacientes sugeriram um contexto temático para o fenômeno da adesão focado em duas áreas: a) caracterização da fisioterapia e do bom profissional e b) contraposição entre continuidade e interrupção do tratamento. Os relatos dos fisioterapeutas indicaram um contexto temático focado em três áreas: a) capacidades e habilidades do bom fisioterapeuta; b) adesão à fisioterapia; e c) relacionamento fisioterapeuta-paciente. A redução fenomenológica indicou três focos problemáticos para o fenômeno da adesão ao tratamento na fisioterapia: a necessidade do cuidado integral; a dificuldade na comunicação paciente-terapeuta; e as contingências socioeconômicas do paciente. A interpretação fenomenológica reforçou e relacionou os aspectos encontrados na redução. CONCLUSÃO: O processo de adesão na fisioterapia pode ser caracterizado como multifatorial e o relacionamento interpessoal, entre fisioterapeuta e paciente, como fator essencial ao sucesso da reabilitação e consequente adesão.
Investigações da autoconsciência têm envolvido o uso de escalas na aferição de suas dimensões e relação com cognição e comportamento, como a Escala de Autorreflexão e Insight (EAI), desenvolvida para mensurar a dimensão privada da autoconsciência. O instrumento parte do pressuposto de que autorreflexão e insight, componentes metacognitivos, estariam envolvidos no processo de refletir, avaliar e regular os próprios pensamentos, sentimentos e comportamentos. Esta revisão sistemática procurou entender a relação entre autorreflexão e insight na cognição e no comportamento por meio da análise de estudos empíricos que utilizaram a EAI, publicados entre 2002 e 2017, disponíveis no Portal de Periódicos CAPES, e recuperados a partir dos termos “autoconsciência”; “autorreflexão”; “EAI”, e seus equivalentes em inglês, incluindo também “insight ”. Resultados apontam para uma associação entre insight e reações saudáveis, porém divergem sobre os benefícios da autorreflexão. Essa relação e os aspectos que a influenciam são discutidos.
Background: Neurofeedback (NFB) is a technique based on the principle of operant conditioning. It consists of modeling brain activity patterns to those considered to be deleterious to the organism to improve cognitive performance. Objective: This systematic review aims to present the neurofeedback field overview and results of empirical studies that tested the effects of neurofeedback training on cognitive performance in healthy subjects. Method: A systematic review of neurofeedback studies to increase cognitive performance in healthy subjects available on the Web of Science, BVSalud, PsycINFO, Redalyc, and Scielo databases, published between 2014 and 2020, was carried out. Initially, 192 articles were localized, of which 47 articles were included in order to present the general field overview, 34 empirical studies were included to discuss protocols and outcomes, and 18 trials were included to describe between-subjects effect size. Results: A contemporary trend toward the use of neurofeedback as a tool to improve cognition besides rehabilitation in healthy young adults, older adults, athletes, and the elderly was observed. Neurofeedback training had a large effect on working memory (WM), mood, and sleep quality; a medium to large effect on executive functions; a general medium effect size alongside a wider variation from low to large effect on attention. Conclusions: Although neurofeedback training studies showed promising results, not all studies found significant changes in electroencephalogram (EEG) signals that seemed to be linked to behavioral tests. This raises the question of causality relation between changes in brain activity and behavioral outcomes. Public Significance StatementThe present study provides a systematic review of researches that tested the effects of neurofeedback training on cognitive performance in healthy subjects. There is a fertile contemporary trend toward the use of neurofeedback as a tool to improve cognition besides rehabilitation. Neurofeedback training has shown to be a useful technique to modulate brain activity as well as improve attention, working memory, mood, executive functions and sleep quality.
Aim: This study aimed to evaluate the algal periphytic community structure on substrates with differing surface roughness in early and longer-term colonization; Methods: Periphyton was sampled after 30 days (June 24 to July 24, 2008) and 5 days (July 07 to July 12, 2010) substrate exposure during dry season. Plastic slides were used as artificial substrate. Treatments were smooth surface (control), low roughness, medium roughness and high roughness. Samples were collected for limnological condition and periphyton (chlorophyll-a, AFDM, algal biovolume and density, species richness and diversity) analysis; Results: Periphytic biomass, algal density and biovolume had no significant difference among treatments after 30 and 5 days colonization time. Taxonomic similarity was the lowest among treatments and the greatest difference occurred between control and treatments with roughness surface. Bacillariophyceae biovolume decreased with increasing surface roughness. Adherence forms, algal classes and species descriptors were significantly different after 5 days colonization time, especially in medium e high roughness surface. In the colonization advanced phase only species descriptors differ among treatments. Periphytic algae with pads and stalks for adherence decreased with increasing surface roughness. Conclusion: Substrate physical properties had little or no influence on periphyton biomass accumulation, total density and biovolume in this study, but algal assemblages were sensitive to changes in the microtopography. More studies are needed to increase understanding of the relation substrate-periphyton in tropical ecosystems.Keywords: surface roughness, algae periphytic, biomass, species composition, diversity. Resumo: Objetivos:Este estudo visou avaliar a estrutura da comunidade de algas perifíticas em substratos com diferentes graus de rugosidade na superfície na fase inicial e avançada da colonização; Métodos: O perifíton foi amostrado após 30 dias de colonização (24 junho a 24 julho/2008) e 5 dias (07-12 de julho/2010) de exposição do substrato no período seco. Lâminas de plástico foram usadas como substrato artificial. Os tratamentos foram superfície lisa (controle), baixa, média e alta rugosidade. Foram coletadas amostras para analises das variáveis físicas e químicas e do perifíton (clorofila-a, MSLC, biovolume, densidade algal, diversidade e riqueza de espécies); Resultados: A biomassa, densidade e biovolume algal não apresentaram diferença significativa entre os tratamentos na fase inicial e avançada da colonização. A similaridade na composição de espécies entre os tratamentos foi baixa e a maior diferença ocorreu entre controle e tratamentos com superfície rugosa. O biovolume de Bacillariophyceae diminui com o aumento da rugosidade na superfície. As formas de aderência, classes algais e espécies descritoras foram significativamente diferentes entre tratamentos na fase inicial da colonização, principalmente nos tratamentos de rugosidade média e alta. As espécies descritoras foram diferentes entre t...
RESUMO. O estudo define e discute os conceitos de dado (data) e tomado (capta) em pesquisas cuja base empírica é constituída de quantidades (escalas, questionários, experimentos) e qualidades (descrições e entrevistas). Argumenta-se que dados são essencialmente diferentes de tomados e que a diferença encontra-se nas ligações lógicas entre evidência e interpretação. As ligações lógicas são definidas em termos de tropos de linguagem: similaridade (relações de causalidade), metáfora (relações de representação) metonímia (relações observáveis) e sinédoque (relações imagináveis). Tais ligações delimitam contextos nos quais quantidades e qualidades funcionam como partes móveis de um mesmo todo, sendo, portanto, instâncias reversíveis. Ressalte-se, contudo, que quantidades e qualidades apresentam especificidades lógicas de escolha e de julgamento que devem ser consideradas pelos pesquisadores. O exame das relações lógicas e comunicantes entre evidência e interpretação parece ser um recurso importante na sustentação de julgamentos em qualquer modalidade de pesquisa.Palavras-chave: metodologia; epistemologia; fenomenologia-semiótica.ABSTRACT. This study defines and comments the concepts of given (data) and taken (capta) in empirical researches that are supported by quantities (scales, questionnaires and experiments) and qualities (descriptions and interviews). Our argument is that data are essentially different from capta and that the difference is placed in the logical relations between evidence and interpretation. Also, that logical relations are defined as language tropes: similarity (causality relations), metaphor (representation relations), metonymy (observable relations) and synecdoche (imaginative relations). The logical relations set a limit on contexts in which quantities and qualities work as moving parts from a whole, functioning as reversible instances. However, quantities and qualities preserve their logical specificity, which should be considered by the investigators. The exam of the communicational and logical relations between evidence and interpretation seems to be a useful resource to sustain the judgment decision in any kind of research study.
RESUMO. O artigo apresenta uma análise comparativa e crítica de duas abordagens comunicacionais do fenômeno self: a teoria dialógica e a teoria semiótica. Argumenta-se que as diferenças de ênfase na dimensão espaçotemporal do self em cada teoria implicam duas epistemologias e ontologias distintas. As duas perspectivas trabalham com o signo, que é a percepção de sentido conversacional (ou dialógica) e a funcionalidade (ou pragmática) da expressão. A perspectiva semiótica volta-se para a funcionalidade do fenômeno e recorta um contexto de pesquisa inserido na psicologia dos processos básicos, apoiando-se em uma ontologia evolucionária do self como gerador de signos. A perspectiva dialógica volta-se para a aplicabilidade do conceito e recorta um contexto de pesquisa aplicada direcionada para a psicologia clínica e para as relações interpessoais, apoiando-se em uma ontologia metafórica e romântica e mais preocupada com o diálogo entre as posições do self.
Controvérsias sobre a prática de psicoterapias alternativas por psicólogos vêm provocando inúmeros debates. Estas práticas são criativamente estudadas por meio de entrevistas com terapeutas e clientes a respeito de suas experiências. As questões sobre a eficiência e eficácia das terapêuticas convencionais e alternativas são discutidas, considerando-se os aspectos metodológicos e as implicações epistemológicas dos estudos. O número de pessoas que praticam terapias ditas alternativas e de "centros de terapias alternativas" é consideravelmente grande, e tende a aumentar, bem como suas clientelas. Como exemplo destas técnicas pode-se mencionar: "Cromoterapia", "Florais de Bach", "Terapia de Regressão a Vidas Passadas" (TRVP), e "Psicologia Transpessoal". Em Cursos de Psicologia encontram-se muitos estudantes que são admiradores destas terapias, alguns que já são praticantes e outros que pretendem dedicar-se a essas atividades. Um indicativo desta tendência é o grande número de cartazes anunciando cursos, encontros e serviços nos corredores de nossas universidades, próximo aos cursos de psicologia. Sobre as terapias alternativas, seus praticantes, seus clientes e sua proliferação, não há dados estatísticos disponíveis e tampouco há conhecimento sobre a sua eficiência. Entende-se por eficiência a indicação ou especificação da natureza do benefício obtido por pessoas que se submentem a esses tratamentos (Gomes, Reck, & Ganzo, 1988). Marques (1994) interpretou o movimento das práticas alternativas como tratando-se de efeito da pós-modernidade e das mudanças mundiais na Psicologia. Em seu estudo, emergiram como categorias a mudança de paradigma e a psicologia transpessoal, que reúne alguns dos estudos e investigações relacionados às práticas alternativas. Sabe-se que o campo da Psicologia caracteriza-se pela ausência de um vocabulário comum e de um consenso sobre seus princípios básicos, além de haver um grande número de
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