RESUMO: Apresentam-se neste artigo resultados das nossas reflexões realizadas junto aos grupos de estudos e pesquisas que integramos, centradas no objetivo geral de sistematizar e analisar teses e dissertações concluídas entre 2005 e 2008, na linha de pesquisa "Educação Especial no Brasil", do Programa de Pós-Graduação em Educação da FFC-UNESP/Marília. Tais reflexões foram realizadas considerando-se que as mudanças, políticas públicas voltadas para as várias áreas sociais, assim como à educação são ou deveriam ser impulsionadas também pelos resultados das pesquisas acadêmico-científicas. Nesse sentido, e após as investigações realizadas, concluímos que as teses e dissertações analisadas foram capazes de apontar e legitimar, pelo existente ou o lacunar, aspectos das lutas que se travaram em Educação Especial no Brasil numa perspectiva inclusiva, as quais culminaram na Política Nacional de Educação Especial e nosso país.
O presente texto discorre sobre a formação contínua de professores em Portugal e sua relação com as políticas de formação e o Movimento da Escola Moderna português, a fim de promover, ainda que de forma incipiente, uma reflexão de seus pressupostos teóricos à luz do enfoque Histórico-Cultural. As políticas de formação contínua foram instituídas em Portugal após a quantidade de professores no país não ser mais um problema, mas sim a qualidade da sua formação. Frente à situação educacional e política do país, o Movimento da Escola Moderna emerge em Portugal na década de 1960, como movimento que tem por finalidade a formação de professores de forma cooperativa e democrática, buscando a reestruturação da formação e da profissionalidade docente. Para tanto, utiliza-se da Autoformação Cooperada, modelo formativo que visa à formação de sujeitos autônomos e colaborativos. Neste texto discutimos aspectos que consideramos críticos no referencial teórico e no modelo formativo utilizado pelo MEM, como a utilização superficial e equivocada da teoria vigotskiana, e o modelo esvaziado de formação. Entendemos que o modelo pedagógico e formativo do MEM volta-se apenas às necessidades imediatas, práticas, dos profissionais em formação, assim como dos alunos que são atendidos em seu modelo pedagógico, não considerando o sujeito concreto e histórico que está além deste sujeito abstrato que tem por objeto em sua formação.
This article has a main goal to present results of the reflection on some aspects of historical challenges for initial and continuing teacher formation in Brazil. Our reflections have been prepared and envisaged in our defenses in processes that must happen under solid offered foundations, centrally, in direct relation to university contexts signed on the tripod teaching, research and extension. However, we consider that the legal aspects that have guided the formation process of teachers in Brazil have favored both the theoretical emptying of these processes, as certain strangeness, by teachers of their own teaching. We believe in the end that the formation process of teachers in Brazil, in a direct relationship with the teaching, research and university extension, should provide training and work conditions so that teachers can take as posture and as conception of the world the search for radical (root) apprehension of the educational phenomenon in its essence, beyond what it is immediately noticeable, in an unveiling effort of the laws that produced such phenomenon.
Este artigo tem por objetivo discutir sobre a temática da Educação de Jovens e Adultos (EJA), que, atualmente, ganha uma forma institucionalizada como modalidade educacional, prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Para tanto, lança-se mão de um amplo retrospecto histórico e de uma breve pesquisa bibliográfica sobre o assunto, a fim de melhor se compreender as diversas propostas e programas de alfabetização de jovens e adultos que emergiram ao longo do tempo. Com isso, busca-se explicitar o descaso e a precariedade a que, historicamente, a EJA foi submetida, bem como destacar a censura governamental imposta aos projetos de natureza emancipadora e crítica nessa área. Espera-se, assim, que a atual institucionalização da EJA intente superar alguns desses condicionantes históricos, sociais e políticos, promovendo uma educação de jovens e adultos que realmente lhes possibilite desenvolver uma relação consciente e não-alienada consigo mesmos e com a realidade circundante, o que sugere a passagem da individualidade em si para a individualidade para si. Palavras-chave: História da Educação de Jovens e Adultos. Alfabetização de Jovens e Adultos. Educação crítica e transformadora.
Este artigo foi tema de discussão no XII SCIENCULT – Simpósio Científico-Cultural, evento ocorrido na UEMS, Unidade Universitária de Paranaíba, em outubro de 2017. Ao inserir o conceito da Pós-Verdade no contexto educacional, é possível perceber que discutir sobre educação tornou-se um clichê. Todos se consideram na condição de falar sobre o tema como se possuíssem domínio de toda a complexidade que envolve a educação, especialmente a escolar. Ao fazer isso, simplificam e vulgarizam a educação escolar. O presente artigo se propõe a provocar reflexão a partir de uma análise crítica do conceito de “Pós-verdade”, especialmente a partir do trabalho de Duarte (2008) no livro “Sociedade do Conhecimento ou Sociedade das Ilusões?”, utilizando como base de referência estudos sobre a Psicologia Histórico-Cultural e a Pedagogia Histórico-Crítica, decorrentes de pesquisas teórico-conceituais realizadas no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Educação da UEMS, unidade universitária de Paranaíba, e de estudos realizados no contexto do GEPPE – Grupo de Estudos e Pesquisas em Práxis Educacional. Conclui-se que a inserção da "Era da Pós-Verdade" no plano da educação escolar produz um esvaziamento da complexidade dos processos de formação humana que nela ocorrem, à medida que desconsidera o processo histórico de caracterização da escola, processo este promovido pelos preceitos ideológicos do modo de estruturação capitalista da sociedade. As pedagogias do “Aprender a Aprender”, ao responsabilizar o indivíduo por seu desenvolvimento e relativizar a importância dos conteúdos científicos e do trabalho educativo, materializam o esvaziamento do conhecimento da realidade promovido pela Pós-Verdade.
Neste artigo defendemos a tese de que o estudo teórico, mediado nas discussões entre os pares e na análise de situações práticas do cotidiano escolar, promove uma atuação docente mais consciente, no que se refere aos objetivos do ensino e às práticas que os materializam. Apresentamos a análise dos dados coletados por meio da pesquisa-ação desenvolvida junto a uma professora do Ensino Fundamental de uma escola estadual de Mato Grosso do Sul, visando propor a efetivação da categoria de atividade conforme preconizada pela abordagem Histórico-Cultural. Os resultados apontam para o desenvolvimento de uma disposição psicológica amplamente favorável ao estudo teórico e à alteração da prática pedagógica, e para o surgimento do germe da Educação Desenvolvente nos alunos e na professora que participaram da Atividade de Estudo.
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