Teoria histórico-cultural e intervenções pedagógicas: possibilidades e realizações do bom ensino educação | Santa Maria | v. 39 | n. 1 | p. 129-142 | jan./abr. 2014 Este texto tem por objetivo refletir e socializar práticas educativas e experiências de formação em serviço realizadas em municípios dos estados do Paraná e São Paulo, como desdobramento de pesquisas, projetos e cursos de extensão. A presente elaboração contempla estudos sobre a organização do ensino, e pauta-se na Teoria Histórico-Cultural, que ampara as intervenções pedagógicas para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental. A Teoria Histórico-Cultural é apresentada como referencial teórico para uma proposta de atuar em uma perspectiva de humanização e emancipação. Assim, para que os procedimentos didáticos sejam ricos de significado, a comunicação, a afetividade e a escolha de recursos e procedimentos devem figurar como características essenciais no processo de ensino. PALAVRAS-CHAVE: Teoria Histórico-Cultural, Intervenções pedagógicas, Educação infantil e Ensino Fundamental.This text has the objective of reflecting and socializing the educational practices and experiences of formation in service carried out in cities of the states of Paraná and São Paulo, as deployment of researches, projects and extension courses. The present elaboration contemplates studies on the organization of teaching and it is guided according to the Historical-Cultural Theory, which sustains the pedagogical interventions to Children Education and Basic Education. The Historical-Cultural Theory is presented as a theoretical reference for a purpose of acting in a humanization and emancipation perspective. Therefore, so that the didactic procedures be rich in meaning, the communication, the affection and the choice of the resources and procedures must act as essential characteristics in the teaching process. AbstractResumo
RESUMOEm seus trabalhos sobre o conhecimento humano, Vigotski revela a segunda natureza humana, aquela de cunho histórico-cultural, decorrente de aprendizagens que cada pessoa realiza no decurso de sua vida, por meio da mediação do outro e de condições concretas de vida e de educação. Nesse processo eminentemente social, a criança penetra na vida intelectual da geração adulta e se apropria de capacidades especificamente humanas. Isso significa que, para se trabalhar no plano abstrato, são necessárias formulações de conceitos, entendidos como um ato complexo, dinâmico e interfuncional, construídos por meio da atuação e inserção do indivíduo na cultura, mediado pelas relações com as outras pessoas. Nesse meio, o indivíduo recebe conhecimentos por meio de aprendizados formais e não-formais promotores de subsídios para construção dos conceitos científicos e cotidianos. Para realizar seus estudos sobre o processo de formação de conceitos, Vigotski utilizou um método experimental pautado nos pressupostos filosóficos da teoria marxista do funcionamento dos processos mentais, porque percebia estes processos como em constante mudança e movimento. Assim, o método denominado "Instrumental Cultural e Histórico" diferenciava-se dos estudos experimentais convencionais centrados no desempenho da tarefa em si. O método utilizado por Vigotski preocupava-se com o processo de formação de conceitos e não apenas com recortes estáticos dos processos cognitivos. Depreendemos, em nosso estudo, a constituição da natureza social do homem a partir de processos de apropriação e objetivação de conhecimentos, que torna individuais as conquistas historicamente construídas pela humanidade, dentre as quais tipos sofisticados de pensamento, o que requer discutir a formação de conceitos.Palavras-chave: Vigotski. Epistemologia. Formação de conceitos. Ontogênese. ABSTRACT THE PROCESS OF FORMATION OF CONCEPTS IN A VYGOTSKYAN PERSPECTIVEIn his work on human knowledge, Vygotsky reveals the second human nature, the one * Pesquisadora e pós-doutoranda pelo Grupo de Pesquisa: Diferença, Desvio e Estigma. Doutora em Educação. Mestre em Filosofia.
O cuidado e a educação são ações indissociáveis estruturantes do currículo na Educação Infantil, principalmente nas escolas dedicadas aos bebês e crianças pequenas. Este argumento científico orientou os encaminhamentos de pesquisa bibliográfica dirigida a investigar e compreender o papel e o valor dos momentos de cuidado aos bebês e às crianças pequenas, ofertados pelas Escolas de Educação Infantil, como situações potenciais de aprendizagem e desenvolvimento. A partir da investigação, verificou-se que as ações de cuidado são potencialmente humanizadoras porque podem se tornar profícuas para a relação do bebê com o meio social, configurando condições efetivas para a construção de sua identidade e seu desenvolvimento intelectual e emocional. Nesta direção, estudos reunidos apontam para o papel e o valor dos momentos de cuidado e educação para a aprendizagem do uso convencional dos objetos e apropriações de práticas culturais, envolvendo, dentre outros, o desenvolvimento alimentar e nutricional, e afirmando a unidade cuidar-educar como fundamental para a promoção de uma Educação Infantil humanizadora.
O presente artigo apresenta elementos que compõem a qualidade da educação na faixa etária de zero a cinco anos, oferecida por instituições de Educação Infantil no Brasil, com base nos resultados de pesquisa disseminados em teses e dissertações que enfocam essa temática. Foi utilizado o procedimento metodológico delineado como mapeamento bibliográfico das pesquisas acadêmicas brasileiras vinculadas aos Programas de Pós-Graduação em Educação, os quais focalizam a questão no período entre 1996 e 2012. Os resultados dos estudos fornecem elementos sobre financiamento, formação de professores, família, qualidade do atendimento em redes de ensino, avaliação institucional, percepções sobre qualidade e práticas educativas que permitem discutir sobre a qualidade da Educação Infantil oferecida nas instituições brasileiras. Além disso, considera-se que não convém tomar o conceito de qualidade da Educação Infantil como universal, visto que este se vincula ao contexto, às concepções sobre criança e à sua educação.
RESUMO: Apresentam-se neste artigo resultados das nossas reflexões realizadas junto aos grupos de estudos e pesquisas que integramos, centradas no objetivo geral de sistematizar e analisar teses e dissertações concluídas entre 2005 e 2008, na linha de pesquisa "Educação Especial no Brasil", do Programa de Pós-Graduação em Educação da FFC-UNESP/Marília. Tais reflexões foram realizadas considerando-se que as mudanças, políticas públicas voltadas para as várias áreas sociais, assim como à educação são ou deveriam ser impulsionadas também pelos resultados das pesquisas acadêmico-científicas. Nesse sentido, e após as investigações realizadas, concluímos que as teses e dissertações analisadas foram capazes de apontar e legitimar, pelo existente ou o lacunar, aspectos das lutas que se travaram em Educação Especial no Brasil numa perspectiva inclusiva, as quais culminaram na Política Nacional de Educação Especial e nosso país.
Este trabalho intenciona apresentar reflexões sobre o desenvolvimento da linguagem escrita na Educação Infantil, tendo caráter exploratório com delineamento bibliográfico e de abordagem histórica, amparando-se nas pesquisas do Materialismo Histórico-Dialético e na Teoria Histórico-Cultural, por considerarmos que compete à escola ensinar conhecimentos científicos e promover a apropriação da cultura, a partir de práticas pedagógicas enriquecedoras. Dessa forma, consideramos que essa proposta se justifica mediante sua relevância para a organização de práticas pedagógicas significativas. Ressaltamos que os procedimentos didáticos e o trabalho educativo, são elementos imprescindíveis para a aprendizagem da escrita pela criança. Com isso, vislumbramos os Centros de Educação Infantil na condição de espaços educativos por excelência, onde a criança pode ter seu primeiro contato sistematizado com a escrita e apreender as máximas elaborações humanas.
Este texto apresenta o papel e o lugar da brincadeira no processo de humanização das crianças como um direito fundamental da infância. O objetivo é discutir se o que se concebe (teoria) e se propõe (na prática) como intenção pedagógica contribui efetivamente para a promoção de situações de brincadeira no interior de uma escola pública de uma cidade do interior paulista, a partir de aspectos do currículo na Educação Infantil sob a ótica da Teoria Histórico-Cultural. Retrata aspectos investigativos com um grupo de seis professoras de crianças de cinco anos de idade e os relatos dessas profissionais a partir de um questionário aplicado, somando-se a registros das sessões de observação da prática delas. Os resultados apontam para o valor da apropriação de conhecimentos científicos para a qualificação do trabalho docente com vistas a criar situações propícias à brincadeira como atividade vital para a humanização das crianças.
No abstract
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